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Desenvolvimentismo

Por:   •  22/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.721 Palavras (7 Páginas)  •  258 Visualizações

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       CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIBRASIL

   RAFAEL PEREIRA TELEGINSKI CORREA
                  
Engenharia Civil, Noturno, 2º período, turma         

                    DESENVOLVIMENTISMO

                   O Desenvolvimentismo no Brasil – Era Vargas, J.K. e Ditadura Militar

        

                                                CURITIBA

                                                      2015

Introdução ao desenvolvimentismo e ideias do desenvolvimentismo brasileiro.

Se traduz pela teoria econômica que se baseia no crescimento Estatal, se centrando na industrialização e infraestrutura, seguindo a linha do keynesianismo, o qual prega a intervenção do Estado na economia para seu crescimento.  Desta maneira, gera-se um aumento de consumo, levando a um bom desenvolvimento do país. A teoria se foca em uma chamada “política de bons resultados”, é uma resposta aos desafios e oportunidades criados pela Grande Depressão dos anos 30, a qual teve início nos Estados Unidos com a recessão, ocasião causada pelo preço das ações desabando, provocando a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, causando endividamento significativamente alto dos investidores da Bolsa que venderam bens para investimento na bolsa no momento em que a economia estadunidense estava em alta. A quebra na economia dos Estados Unidos foi avassaladora. Afetou a Europa, e também, o Brasil, fazendo com que as vendas do café para o exterior, (nosso principal produto de exportação na época), despencassem. A quase falência da cultura do café fez com que as tensões políticas aumentassem quando uma junta militar deu a posse a Getúlio Vargas, líder da Revolução de 30 (Revolução a qual culminou o Golpe de 30, depondo o presidente da época, Washington Luís, impedindo a posse do presidente eleito, Júlio Prestes, colocando então, Vargas no poder). O desenvolvimentismo no Brasil se dá a partir do governo de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.
Introduzindo a Era Vargas (1º governo, 15 anos ininterruptos, 1930-1945) no desenvolvimentismo no Brasil, pode-se nomear Getúlio Vargas como o governante nacionalista, sempre
dentro de uma ótica, a qual valoriza a ação do Estado, a iniciativa local e o nacionalismo, o qual fez com que o Brasil tivesse um salto no desenvolvimento nacional devido ao modelo econômico desenvolvimentista adotado, juntamente com a industrialização coordenada pelo Estado, o qual interferia diretamente. A indústria brasileira ganhou seu primeiro forte impulso durante o primeiro governo de Getúlio, o qual teve o objetivo de efetivar a industrialização, privilegiando as indústrias nacionais para que não ocorresse novamente a dependência da Europa, ou qualquer continente. A indústria brasileira se beneficiou com o fim da Segunda Guerra Mundial, por conta da escassez de bens ocasionados pela quebra das indústrias européias, fazendo com que os países europeus se voltassem ao Brasil para importar produtos industrializados. .Os incentivos de crescimento de Vargas para o Brasil foram além. No período de seu governo criou a  Justiça do Trabalho, instituiu o salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho,  os direitos trabalhistas como: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas. Desta maneira, deu-se o grande incentivo as pessoas buscarem um trabalho, e quem já trabalhava na indústria, que se dedicasse a ela. Houveram também grandes investimentos na infraestrutura brasileira, no qual, Getúlio cria a Companhia Siderúrgica Nacional, a Vale do Rio Doce, a Hidrelétrica do Vale do São Francisco e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Todas as criações citadas foram realizadas durante seu 1º governo. Após o golpe militar de 1945, Getúlio é tirado do poder, e volta em 1950 (2º governo com duração de 3 anos e meio) através de eleições democráticas. Vargas não teve um 2º governo com sucesso como o 1º, quando retomou o poder encontrou uma instabilidade econômica devido a mudanças da economia feito pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra, o qual governou de 1945 a 1950, dificultando assim, suas ações. Porém, ainda continua com sua política nacionalista, criando a Campanha “O petróleo é nosso”, resultando na criação da Petrobrás. Novamente, boas consequências da criação de um órgão de Vargas: com a criação da Petrobrás, houveram grandes desenvolvimentos das indústrias que se ligavam à produção de derivados do petróleo, como borracha, plástico, tintas, entre outros. Seu governo cessa em 1954, com seu suposto suicídio, tomando o poder o então presidente João Café Filho, com um governo curto de 1954 a 1955. Café Filho governou um país cheio de instabilidades econômicas, agora causadas pelo suicídio de Vargas. Queda na balança comercial e a alta da inflação foram alguns dos problemas enfrentados por Café Filho, o qual procura equilibrar a economia do país através da limitação do crédito, redução dos gastos do governo, retenção automática dos impostos de renda sobre os salários, entre outras medidas. O governo de Café Filho deu abertura ao que seria feito no próximo governo, o de Juscelino Kub: o início no desenvolvimento do capitalismo no Brasil. Café Filho coloca como Ministro da Fazenda, Eugênio Gudin, o qual segue a teoria da política econômica liberal, dá abertura e liga a economia do Brasil ao capital estrangeiro. Nota-se claramente que essa política é contrária a pregada por Getúlio. Vargas defendia o nacionalismo industrial, e Café Filho rompe com o paradigma imposto por Vargas, e parte para a abertura monetária a fim de que surja o capitalismo no Brasil.  Em 1954 Juscelino Kubitschek lança sua candidatura, e em 1955 é eleito pela maioria dos votos. Em 1956 JK dá início ao seu governo, e com o Brasil de cara nova: o desenvolvimento brasileiro tomará novos rumos. Partindo do ponto de vista desenvolvimentista, JK se beneficiou de avanços graças ao governo de Vargas, facilitando a realização de seus objetivos. Juscelino continua a ideia de Café Filho em relação a abertura do Brasil para o capital internacional, atraindo assim, olhares das indústrias internacionais para instalação em território brasileiro. Em seu governo montadoras de veículos internacionais como Ford, General Motors, Volkswagen e Willys se instalam no país. Com as novas indústrias estrangeiras no Brasil, aumentam então as oportunidades de emprego, atraindo assim, trabalhadores rurais à cidade. Este movimento faz aumentar o êxodo rural, com a migração de nordestinos para a região sudeste, onde se concentravam as indústrias automobilísticas. Ao tomar posse, JK apresenta ao povo o plano “cinqüenta anos em cinco”, o qual pretendia o rápido desenvolvimento do país em 5 anos. Ou seja, o que não havia sido desenvolvido em 50 anos, seria em 5, de seu governo. O plano tinha o objetivo de investir nas áreas essenciais para o desenvolvimento de um país, como rodovias, aeroportos, hidrelétricas, e demais infraestruturas, e também a indústria.  A construção de Brasília  contou pontos positivos para o governo de JK, atraindo mais nordestinos para trabalhar no centro-oeste, na construção na nova capital do Brasil. J.K. adotou o "Modelo Tripé", o qual se baseava na participação do Estado, com infraestrutura, a Iniciativa Privada Nacional, com produção de bens de consumo não-duráveis, e a Iniciativa Privada Externa, com bens de consumo duráveis, como automóveis e tecnologias. Juscelino pôde construir hidrelétricas, criando a Furnas, construiu rodovias adotando o modelo “Rodoviarista”, criou a Usiminas e investiu na área industrial. Com a grande expansão, amplia-se a dependência financeira de países de fora, causando também uma dependência na área da tecnologia. Com o rápido desenvolvimento do Brasil, os investimentos na infraestrutura foram altos, para tanto, os empréstimos tão altos quanto. Enquanto Vargas limitava a participação estrangeira em território brasileiro, JK deu a abertura, e na intenção de facilitar a instalação de indústrias estrangeiras em solo brasileiro, acabou por facilitar a saída de dinheiro do Brasil para fora, fazendo a dívida exterior dobrar durante seu governo. Depois do governo de JK, passaram-se vários presidentes, durante os anos o país foi marcado não só pela crise econômica, como também a política.
Com a chegada dos militares ao poder, logo criaram o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG), que visava combater a inflação, realizar mudanças estruturais que pudessem novamente permitir o crescimento que havia reduzido drasticamente com a crise política e econômica pós-JK. Balanceando a política, as indústrias estrangeiras retornaram ao Brasil, e a economia deu sinais de estabilidade. Porém, os sinais foram se tornando nulos e agora os sinais eram de recessão. Delfim Netto, encarregado pela economia do país, objetivou investir nas empresas nacionais, nas áreas de siderurgia, petroquímica, energia... Finalmente as medidas surtem efeito, e o investimento nacional rende grandes lucros. Desta maneira, a industrialização gera novamente milhões de empregos. Acontecia então o “Milagre Econômico”. Durante a Ditadura Militar, o crescimento do PIB do Brasil batia recorde, entre 7% e 13% ao ano.

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