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O NOVO DESENVOLVIMENTISMO

Por:   •  18/11/2019  •  Artigo  •  1.351 Palavras (6 Páginas)  •  234 Visualizações

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Nome: Maria Luiza Fernandes de Souza                                         RA:21126754

Economia Brasileira Contemporânea                                               Profª : Patrícia

O Novo Desenvolvimentismo

O novo-desenvolvimentismo é uma escola de pensamento com origem na economia política clássica, ligadas á visão de Keynes por economistas keynesianos contemporâneos como Paul Davidson e Joseph Stiglitz, de correlação entre Estado e mercado, á visão cepalina neo-estruturalista, que defende a adoção de uma transformação de maneira produtiva que ao mesmo tempo garanta uma equidade social, garantindo uma melhor distribuição de renda, através de um crescimento econômico sustentável, e ao desenvolvimentismo clássico.

A teoria do novo-desenvolvimentismo é histórico-dedutiva, caracteriza o comportamento humano e busca compreender como os países da periferia do capitalismo passaram a buscar o desenvolvimento econômico e realizá-lo após a Segunda Guerra Mundial. Rejeita o método hipotético-dedutivo da teoria econômica neoclássica e não vai de acordo que os sistemas econômicos são regulados pelo mercado. A teoria afirma que, tanto sistemas econômicos nacionais ou internacionais em formação, sendo eles regulados por duas instituições fundamentais - Estado e mercado- são regulados pelo Estado.

Para John Maynard Keynes, é necessário um mercado forte, ou seja, um mercado que abrigue grandes, médios e pequenos produtores, porém, defende a igualdade de oportunidades e acessos, e leva em conta o custo da concorrência entre trabalhadores e empresários. Para ele, com um Estado fraco, monopólios tendem a se estabelecer, impedindo a competitividade e trazendo uma zona de conforto aos empresários. Dessa forma, o mercado seria pouco atrativo, não havendo redução de custos em mercadorias, melhorias na qualidade dos produtos e pouca – ou nenhuma - opção para os consumidores.

Em contrapartida, Keynes avalia que um Estado forte estimularia uma concorrência e influenciaria de forma impactante em variáveis econômicas mais relevantes, como o desemprego e a distribuição de renda e de riqueza. Dessa maneira, a alternativa novo-desenvolvimentista aos males do capitalismo seria a constituição de um Estado que regule a economia, devendo ser constituída por além de um mercado forte, tendo também, um sistema financeiro funcional, voltado para o financiamento e não para a atividade especulativa.

Portanto, na visão novo-desenvolvimentista a concorrência é necessária, pois estimula a inovação, tornando o capitalismo dinâmico, estabelecendo riquezas e remunerações diferenciadas aos indivíduos levando em consideração suas próprias habilidades, assim, com o mercado forte haverá predominância  pela redução de custos e de preços, melhoria na qualidade de serviço, produtos e redução do desemprego, levando em consideração que os menores ou menos eficientes também poderiam trabalhar, produzir e fazer parte do mercado.

O projeto novo desenvolvimentista busca formas de proteção da conta capital do nosso balanço de pagamentos, essas alternativas devem ser buscadas com o objetivo de reduzir os efeitos de choques internos ou externos da taxa de câmbio, devendo-se focar em adquirir medidas políticas que diminuam a grande volatilidade da taxa, mas que ao mesmo tempo a mantenha atraente para as exportações.

Entre essas condições do novo desenvolvimentismo, existem outras também a ser consideradas como: a ordem pública ou a garantia da propriedade e dos contratos; a educação pública; a promoção da ciência e da tecnologia; os investimentos na infraestrutura econômica; e uma taxa de câmbio que torne competitivas as empresas que utilizam a melhor tecnologia disponível no mundo. Além do desenvolvimento econômico, o Estado democrático deve garantir a segurança, a liberdade individual e a proteção do ambiente.

O novo-desenvolvimentismo surgiu como uma reação à ortodoxia neoclássica dominante, visando explicar as grandes dificuldades que não somente os países periféricos, mas também  os de renda média e os pré-industriais, vêm encontrando para se desenvolver e realizar suas melhorias. Essa herança vem do desenvolvimentismo clássico, que surgiu no Reino Unido nos anos 1940 com o nome de development economics, e, na América Latina, com o nome de estruturalismo latino-americano, pois definiu o desenvolvimento econômico como “mudança estrutural”. Seu objetivo era disseminar o desenvolvimento econômico dos países subdesenvolvidos ou periféricos, que não haviam ainda realizado sua revolução industrial e capitalista. 

A principal contribuição do desenvolvimentismo clássico no plano econômico, foi a forte proteção à indústria nacional que permitisse o modelo de industrialização baseado na substituição de importações. Os economistas previam a possibilidade de uma doença holandesa no longo prazo na taxa de câmbio, mas preferiam enfrentar esse problema com tarifas elevadas, com taxas múltiplas de câmbio e, no Brasil, entre 1967 e 1990, com subsídios às exportações de manufaturados.

Desta forma, a crise do desenvolvimentismo clássico começou no final dos anos 1960 com o surgimento da teoria da dependência, que foi uma reação aos golpes militares que ocorreram na América Latina por aqueles anos. A crise aprofundou-se a partir dos anos 1970, quando volta a ser dominante na universidade a teoria econômica neoclássica e torna-se definitiva, a partir dos anos 1980, quando a mesma  teoria econômica e a ideologia neoliberal tornam-se dominantes. Nos anos 1990, as reformas neoliberais são adotadas por todos países da periferia do capitalismo, exceto os países do Leste Asiático e a Índia. O pensamento mudou, e as novas palavras passaram a ser desnacionalização, privatização e desregulamentação.

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