Estudo sobre a filosofia de René Descartes
Por: Ruifonseca • 27/5/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.664 Palavras (7 Páginas) • 335 Visualizações
Unip.
Disciplina: Filosofia
Profº.: Juarez
Estudo sobre a filosofia de René Descartes..
Estamos no século XVII e a Europa passa por profundo é o final do Renascimento o período em que se desenvolve uma crítica mais amadurecida ao pensamento metafísico da Escolástica que se valia da transcendia na busca de explicações.
Descartes (1596 – 1650) é um jovem burguês de classe alta da sociedade Francesa daquela época certamente não tinha muito de lutar para garantia sua própria sobrevivência que precise trabalhar no sentido moderno da palavra. Ele frequentou os melhores colégios da época que eram os colégios dos Jesuítas (La Flèche - França) onde se ensinava a Escolástica. Depois estudou Direito, Filosofia e como ele mesmo conta e ao mesmo tempo que ele gostava dessa cultura clássica da sociedade da sua classe social ele se sentia satisfeito.
Assim que a idade me permitiu sair da sujeição dos meus preceptores abandonei inteiramente os estudos das letras e resolvendo não procurar outra ciência que aquela que poderei se encontrada em mim mesmo ou no grande livro do mundo empreguei o resto da minha juventude em viajar em ver cortes e exércitos conviver com pessoas de diversos temperamentos e condições.
Ao mesmo tempo ele era testemunho da grande crítica que se fazia da escolástica tanto que foi no encontro que ocorreu na nunciatura apostólica em Paris. Foi solicitado a Ele que Ele porque como jovem tão brilhante não construiria uma nova filosofia que na opinião do Cardeal de Paris fechasse a boca dos livres pensadores que estavam criticando a Escolástica e foi isso que motivou Descartes a construir uma nova filosofia que salvaguardasse as verdades da escolástica mas ao mesmo tempo livrasse a filosofia de todos aqueles embaraços que a Escolástica ainda trazia como herança da idade média.
Descartes passa então a construir uma Filosofia com dois desafios possivelmente irreconciliáveis a busca da verdade e a defesa de valores escolásticos. Assim, como Descartes os filósofos da época não eram ateus, mas buscavam mostrar que a Natureza tinha suas leis próprias que deveriam ser conhecidas e ter uma certa autonomia como relação a Deus. É importante observar que os pesquisadores e novos filósofos dessa época em geral todos eram matemáticos. Vai chegar ao ponto que Leibniz (1646 – 1716) vai dizer O mundo foi escrito por Deus em linguagem Matemática.
O tempo de Descartes foi marcado pela chegada na Europa do naturalismo de Aristóteles e da Matemática Árabe pelo Mercantilismo e pelos avanços da Tecnologia.
De um lado a união do Naturalismo Aristotélico que estava chegando e chegada da matemática árabe que vai possibilitar sobre tudo através da Álgebra e também desenvolvimento muito forte também geometria e a chegada do mercantilismo com a suas novas exigências como a entrada em cena de pessoas empreendedoras (mercadores, navegadores, grandes comerciantes) que vai provocar o desenvolvimento das cidades, desenvolvimento dos portos e a chegada de novas tecnologias que aumenta o poder do homem de agir sobre a natureza. Tudo isso, vai configurando um cenário onde nós vamos entender muito bem o surgimento do pensamento de Descartes.
A pergunta de Descartes é: Onde está a verdade? Ou Existe um conhecimento verdadeiro? Para buscar as respostas Descartes coloca tudo em Duvida. Não importando de Onde? Ou de Quem? venha o conhecimento. Tudo deve ser passível de Dúvida, já que todos sabemos que os nossos sentidos podem nos enganar.
É importante destacar a imensa contribuição que representou para posteridade essa atitude de Crítica ou de postura Crítica. Esse jeito até simplório que ele fala da necessidade de pôr as coisas em duvidas isso é, de aceitar já de cara como verdadeira tudo aquilo que o mestre falou ou por que foi o filosofo que falou foi o teólogo ou foi o papa, bispo ou foi o professor. Isto é de uma importância muito grande.
Ao fazer esses questionamentos de forma radical, Descartes chega a conclusão de que existe uma coisa da qual se pode ter certeza, Quando duvido estou vivendo um ato de Pensar.
Ou seja, De uma coisa eu tenho certeza de que pelo menos estou duvidando, consequentemente no ato de duvidar que ele vai generalizar então, no ato de pensar. Se eu Penso, pelo menos eu existo como um ser pensante. (penso, logo existo = Cogito ergo sum) Para Descartes essa é uma verdade clara e distinta com plena evidência. Descarte passa então, a procura outros conhecimentos que estejam de acordo com esses critérios de clareza e distinção.
Chega a uma segunda verdade: a extensão dos corpos. (Aí eu penso, bom mas de todo os outros conhecimentos que eu tenho a respeito dos corpos, respeito do mundo que que sobra)
O que é evidente para mim, só tem uma conclusão é a extensão. A Respeito dos corpos ou da verdade material podemos colocar tudo em questionamento: a cor ou a forma por exemplo, menos uma coisa são corpos extensos, pois se tirarmos a extensão o próprio objeto do conhecimento é eliminado. O que Descartes está mostrando com isso, que o meu conhecimento é um conhecimento baseado que é obra única e exclusivamente da minha razão natural que por enquanto não há nenhuma extensão interna da Fé por exemplo, eu não preciso de fé, eu preciso de quando eu trabalho com minha razão natural, vou descobrir que ela pode se enganar demais, que ela pode estar sobre carregada de informações ilusórias, mas ela tem duas é dois conteúdos básicos e inquestionáveis.
Penso, logo existo – Extensão dos corpos.
Com base nestes dois critérios Descartes reconstrói, vai reconstruir a solidez do conhecimento em duas linhas. Ele vai resgatar a Metafísica, então cumprindo aquele pedido dos cardeais, dele reconstituir a filosofia tradicional e vai lançar também as bases da ciência. Da ciência moderna. Descartes reconstrói a metafísica dizendo que as ideias do pensamento e extensão são inatas no ser humano e que alguma força superior deve ter dotado o homem dessas ideias.
Agora que o mundo exista e para que o eu ser pensante exista, eu preciso aí sim, da intervenção divina. E aí Descartes vai fazer apelo ao famoso argumento de Santo Anselmo (1033 – 1109) – Eu sou capaz com meu pensamento de pensar um ser absolutamente perfeito que é DEUS. Eu Penso Deus, ainda não sei se ele existe, mas eu sou capaz de pensa-lo, mas se ele é absolutamente perfeito como eu penso, ele tem que existir, por que, se ele não existisse, ele teria uma imperfeição por sua vez Deus garante a substancia do pensamento e a substancia da extensão, ou seja, Deus garante a existência da alma e a existência do mundo.
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