Familia Medieval e Familia Moderna
Por: MirianBu • 3/5/2016 • Trabalho acadêmico • 349 Palavras (2 Páginas) • 1.326 Visualizações
Resumo do Texto : Da Família Medieval á Família Moderna
Mirian Bueno Parmeggiani
RA: 2012703
Na França do século XIX, e ainda hoje, os homens, ao menos, reúnem-se nos cafés. Ele é o único ponto de encontro acessível a qualquer momento, regular como um hábito. A sociedade dos séculos XVI e XVII era uma sociedade sem cafés, a taberna era um lugar de má fama, as pessoas de bem não a freqüentavam. Não havia outros lugares públicos além das casas particulares, ou ao menos, algumas delas, as grandes casas.
As casas dos ricos abrigavam, além da família propriamente dita, toda uma multidão de criados, empregados, clérigos, caixeiros, aprendizes, auxiliares, etc. Isso aconteceu do século XV ou XVII em quase toda a Europa ocidental. Sozinhas, elas formavam um verdadeiro grupo social.
A primeira família moderna foi a família desses homens ricos e importantes. É ela que vemos representada na rica iconografia familiar do século XVII. Foi para ela que os moralistas educadores escreveram seus tratados e que os colégios se multiplicaram.
A casa grande desempenhava uma função pública. Nessa sociedade sem cafés, ela era o único lugar onde os amigos, clientes, parentes e protegidos se podiam encontrar e conversar.
Não havia locais profissionais, nem para o juiz, nem para o comerciante, nem para o banqueiro, nem para o negociante. Tudo se passava nos mesmos cômodos em que eles viviam com sua família. Nenhum deles tinha uma destinação precisa, com exceção da cozinha, e, ainda assim, muitas vezes se cozinhava na lareira da maior sala. As instalações da cozinha não permitiam muitos refinamentos, e, quando havia convidados, compravam-se pratos feitos no vendedor de assados das redondezas.
Vivia-se em salas onde se fazia de tudo. Nelas se comia, por exemplo, mas não em mesas especiais: a famosa “mesa de jantar” não existia. Na hora das refeições, armavam-se mesas sobre cavaletes dobráveis. Nessas mesmas salas onde se comia, também se dormia, se dançava, se trabalhava e se recebiam visitas. Conseqüentemente, era preciso colocar cortinas em trono da cama, cortinas que se abriam ou fechavam à vontade, para defender a intimidade de seus ocupantes. Pois raramente as pessoas dormiam sozinhas.
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