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“FICHAMENTO de Economia Política”
Aluna Jéssica Pinheiro da Silva Moura Turma 2° semestre de Direito (noturno)
Livro: A ECONOMIA POLÍTICA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS.
Autor(es): | Robert Gilpin |
Editora: | Universidade de Brasília |
Data da publicação: | 2002 |
Coleção: | Relações Internacionais |
Introdução: - As transformações ocorridas atualmente fizeram com que a economia e a política se tornassem mutuamente mais relevantes do que no passado, reforçando a ideia de que o nosso entendimento de suas interações sempre foi inadequado, simplificado e limitado pelas “fronteiras” impostas por essas duas disciplinas.
- Os fatores econômicos sempre foram de suma importância nas relações internacionais. Podendo afirmar que a economia política das relações internacionais sempre existiu e com uma grande importância, podendo ser a causa de guerras econômicas da antiguidade.
- Há um crescimento na interdependência das economias nacionais, em virtude do aumento dos fluxos de comercio, do intercambio financeiro e tecnológico.
- As mudanças na organização humana e na consciência humana elevaram os temas econômicos ao nível mais alto das relações internacionais.
- No estudo para se compreender a realidade política e econômica foi feita uma divisão em dois níveis: O primeiro consiste em ter uma visão prática da realidade da economia política internacional contemporânea, buscando entender como a interação do Estado com o mercado, está transformando as relações internacionais nas últimas décadas do século XX. O segundo nível é um estudo teórico, que procura integrar o modo que os estudiosos têm interpretado a economia internacional, de modo geral e em áreas especificas.
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Capítulo 1: A natureza da economia política. - O impacto da economia de mercado global sobre as relações entre os Estados é muito relevante, e o modo como estes procuram influir nas forças do mercado para maximizar suas vantagens.
- Podem elencar três temas interligados de suma importância.
- O primeiro é o modo como a interdependência no mercado afeta a política internacional e é afetada por ela, particularmente pela presença ou pela ausência de uma liderança política.
- O segundo tem haver com as mudanças econômicas e políticas, a qual provoca uma intensa competição entre os Estados pela localização global das atividades econômicas, em particular nos locais de maior importância da indústria moderna.
- O terceiro é o efeito do mercado mundial sobre o desenvolvimento econômico e o conseqüente esforço dos Estados para controlar ou pelo menos para ter condições de influenciar as regras e ou só regimes que governam o comércio, o investimento externo e o sistema monetário internacional, assim como outros aspectos da economia política internacional.
- Por trás dos temos aparentemente técnicos do comércio e das finanças internacionais há temas políticos que influenciam profundamente o poder, a independência e o bem-estar dos Estados.
- Embora o comércio possa trazer benefício mutuo para o comprador e para o vendedor, todos os Estados pretendem que seus ganhos sejam desproporcionais maiores do que a vantagem que o comércio lhes traz; E quer utilizar a tecnologia para obter o maior acréscimo de valor a sua contribuição à divisão internacional do trabalho.
- Todos os Estados querem ter influencia no processo decisório das regras do sistema monetário internacional. Em todos os segmentos dos assuntos econômicos internacionais, os temas econômicos e políticos entrelaçam-se.
- Os pesquisadores e outros indivíduos diferem, contudo, a respeito da natureza dessas relações entre os temas econômicos e políticos. Embora possamos identificar muitas posições distintas, quase todas tendem a recair em três perspectivas, ideologias ou escolas de pensamentos contrastantes: o liberalismo, o nacionalismo e o marxismo. No próximo capítulo vamos avaliar as forças e os limites de cada uma delas.
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Capítulo 2: Três ideologias da economia política - A análise precedente das ideologias econômicas conduz-nos a três afirmativas de caráter geral.
- A primeira é a de que a distribuição global ou territorial da atividade econômicas, especialmente nos campos da indústria e da tecnologia, constitui uma preocupação fundamental do Estado moderno. Por trás das discussões técnicas sobre o comercio, os investimentos externos e as finanças mundiais há ambições nacionais conflitantes, e a questão fundamental: “quem deve produzir o que e onde”.
- Um segundo ponto é o de que a divisão internacional do trabalho decorre tanto da eficiência relativa dos países como das políticas que eles adotam; embora os Estados possam ignorar o mercado, e o façam, procurando influenciar a localização das atividades econômicas, isso tem um custo. No longo prazo o mecanismo dos preços transforma as eficiências nacionais e as relações econômicas internacionais.
- Em terceiro lugar, em conseqüência dessas mudanças e do crescimento desigual das economias nacionais, a estabilidade inerente ao sistema internacional de mercado ou capitalista é muito problemática.
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