Fichamento de “Comentários Sobre a Primeira Década de Tito Lívio”

Fichamento de “Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio”, de Maquiavel

        No livro Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio, Nicolau Maquiavel, ao contrário de seu outro livro “O Príncipe” (que é basicamente um guia de como agir para um monarca), ressalta uma visão muito mais republicana. Ou seja, trocam-se as formas de governo, porém, o seu estilo continua igual. Por isso, entende-se que o autor continua a exemplificar suas teorias com diversos acontecimentos históricos passados. Ao invés de sintetizar uma monarquia, o foco agora é explicar uma república. Ele visa promover nesta obra promover um debate a cerca dos conceitos de liberdade e virtude cívica.

        O livro começa com simples conceitos sobre a formação de cidades, as cidades formadas por naturais e por estrangeiros e os motivos que levam a essas formações. O surgimento das Republicas se dão após a formação de cidades. A partir disso, Nicolau faz da história romana uma base sólida para sustentar os argumentos que serão descritos a seguir no livro. Para o autor, os homens são naturalmente maus, são invejosos e ambiciosos e é a partir da existência de leis que eles se tornam bons. As leis servem para manter a ordem e garantir a liberdade individual de cada um. Um ponto interessante acerca dessa visão é: Se algo dá certo sem a intervenção da lei, então isso torna a última inútil. Porém, para prevenção, a existência do sistema de leis é necessário.

        A seguir, Maquiavel comenta sobre os interesses que se opõem em qualquer governo, os da aristocracia e os do povo. Sobre o último, é comentado que quem deve ter a guarda da liberdade é quem tem menos desejo de tê-la, pois se dada aos poderosos, esses desejarão manter seu domínio. Além disso, um instrumento importante para a manutenção da liberdade em uma república é o direito de acusação. Ou seja, esse direito provoca medo nas outras pessoas que estariam pensando em atentar contra a república, além de impedir que se tenha como ídolo alguém que já tenha atentado. Sobre as repúblicas, ele também afirma que apenas um homem deve redigir as leis que irão regir o Estado. De maneira geral, ele mostra a importância das repúblicas e as características gerais de uma.