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Fichamento do texto: SEN, Amartya - A ideia de justiça

Por:   •  10/7/2018  •  Resenha  •  1.867 Palavras (8 Páginas)  •  268 Visualizações

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Mestrado do Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil

Professor: Paulo Schier

Aluno: Gabriel Vargas Ribeiro da Fonseca  

Fichamento do texto: SEN, Amartya. A ideia de justiça. Parte III

PRINCIPAIS CITAÇÕES:

“O “véu de ignorância” rawsiano na “posição original” é um dispositivo muito eficaz para fazer as pessoas verem além de seus interesses no próprio benefício e seus objetivos pessoais.”

“...as ações de um país podem influênciar seriamente as vidas em outros lugares”.

“ O uso de Adam Smith do observador imparcial se relaciona com a argumentação contratualista de uma forma semelhante aquela na qual os modelos de arbitragem justa (pontos de vista sobre o que pode ser solicitado por qualquer) se relacionam com os modelos de negociação justa .”

“A esse entendimento geral é preciso adicionar eventual importância do exercício da razão pública como forma de estender o alcance e a confiabilidade de valores.”

“É difícil então imaginar convincentemente como as pessoas na sociedade podem pensar, escolher ou agir sem serem influenciadas de uma maneira ou de outra pela natureza”.

“A renda ou riqueza é uma forma inadequada de julgar a vantagem”.

“ Uma pessoa com grave deficiência não pode ser considerada em maior vantagem apenas porque tem uma maior renda ou riqueza do que um vizinho forte e são”.

“... Pessoas diferentes podem ter oportunidades completamente diferentes para converter a renda e outros bens primários em características de boa vida e no tipo de liberdade valorizada na vida humana”.

COMENTÁRIOS

A vida que as pessoas levam é objeto de estudo de muitos socialistas. Mesmo sendo, na maioria das vezes, utilizados critérios econômicos, essa perspectiva vai muito além do uso de objetos estatísticos inanimados.

A abundância econômica e a liberdade substantiva acabam divergindo muitas vezes. Mesmo que seja necessário ser livre para viver adequadamente, muitos desprovidos economicamente acabam tendo privações dentro de alguns grupos.

Todos devem ter a liberdade para escolher como levar a vida, este é um aspecto valioso para a qualidade de vida de cada pessoa.

Porém essa liberdade também faz com que aumentem as preocupações, os compromissos e as responsabilidades.

Durante séculos as pessoas lutam pelo direito à liberdade. Essa liberdade não é apenas geográfica como sugerido muitas vezes.

Nos EUA, por exemplo, os grupos de afro-americanos não têm tantas chances quanto os nativos e pessoas de outros grupos sociais.

A liberdade nos dá a chance de escolher como queremos levar a nossa vida e seguir nossos objetivos e ideais. Podemos realizar as ideias que valorizamos e queremos muito, além da total certeza de que não estamos sendo forçados a nada.

A liberdade de um indivíduo, portanto, não pode afetar a oportunidade de outros, além de suas escolhas sempre terem alguma consequência como, por exemplo, pessoas que decidem levar uma vida de crimes, terá a liberdade caçada por afetar a liberdade de outros.

Existem duas linhas de pensamento sobre os recursos. A primeira que se dá na capacidade individual para uma pessoa fazer o que ela valoriza. A segunda que fala sobre as oportunidades, se alguém tem mais oportunidades o outro ficaria em desvantagem.

É muito importante que uma pessoa tenha a capacidade de realizar as coisas que valoriza, porém a liberdade também diz respeito a ser livre para realizar o que quiser. A capacidade está relacionada ao aspecto de oportunidade da liberdade.

Para as capacidades existe uma abordagem muito mais abrangente que traz informações sobre as vantagens individuais.

Sobre as desigualdades de capacidades, nota-se que atualmente não existe um estudo ou uma política pública que vise combatê-la. Simplesmente os estudos e políticas centralizam-se em oferecer a liberdade a esses cidadãos, o que pode tornar ineficaz muitas delas.

Isso pois, as capacidades se concentram na vida de cada ser humano e não nos objetos apenas de conveniência. A abordagem propõe um deslocamento nos meios de vida até as oportunidades reais na vida.

A vantagem é avaliada não apenas pela situação financeira de uma pessoa. O autor cita o exemplo de alguém com uma condição financeira alta, mas contrai uma doença crônica grave: ele não deve ser considerado com grande vantagem apenas pela sua vida financeira.

As capacidades e fundamentos devem ser diversos, pois tratam de diversos aspectos da vida e da liberdade.

A tradição utilitarista tem o objetivo de reduzir todas as coisas valiosas a algum tipo de magnitude de utilidade. Qualquer problema na avaliação social não poderia escapar da acomodação de valores e existe grande diversidade dentro do próprio conceito de utilidade.

Apesar da capacidade que todos os indivíduos têm dentro de uma sociedade, isso não impede que existam conflitos gerados pelas diferenças entre as pessoas. A abordagem das capacidades de cada um, não exige uma subscrição das políticas sociais que visam igualar todas as capacidades, mas não estabelece um plano adequado para lidar com os conflitos.

Há uma grande variedade no funcionamento da vida dos indivíduos. A capacidade que interessa neste caso é a capacidade de realizar diversas formas de funcionamento para que possamos julgar sobre o que realmente devemos valorizar.

A abordagem das capacidades não está ligada aos objetos materiais, como na questão econômica, onde os bens são avaliados para garantir o sucesso pessoal.

A capacidade pessoal não é apenas o que uma pessoa está fazendo e sim o que ela é capaz de fazer realmente e é este o detalhe considerado para esta avaliação.

O pensamento neste caso consiste no que as pessoas fazem e não no que elas poderiam fazer. O autor cita o exemplo de um homem que escolhe ficar em casa ao invés de ceder a alternativas.

Para realizar uma avaliação refletiva é necessário que se tenha um raciocínio sobre uma importância relativa. Para entender a avaliação da razão pública deve-se gerar uma importância relativa deste exercício da razão pública.

As capacidades são atributos pessoais e não de um grupo, como exemplo um grupo de jogadores de determinado país que ganha um jogo, mas a capacidade vem de cada jogador em particular, cada um com uma habilidade específica que faz o time ser bom e derrotar o adversário.

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