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Fichamento: Platão e as Ideias (Rezende,1986: c.2)

Por:   •  11/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.183 Palavras (5 Páginas)  •  1.776 Visualizações

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Universidade Federal Fluminense

FEUFF- Pedagogia

Disciplina: Filosofia da Educação I - SFP00101

Docente: Percival Tavares da Silva                                                        

Discente: Luiza Basílio R.

Fichamento: Platão e as Ideias (Rezende,1986: c.2)

  1. Platão e sua época

“A vida de Platão transcorreu, portanto, numa época em que a liberdade política dera à Grécia — e particularmente a Atenas — excepcionais condições de desenvolvimento econômico e cultural.”

Nessa época em Atenas, foi atingido o regime democrático, onde o apenas os homens se reuniam em assembleia, excluindo mulheres, negros e estrangeiros. A democracia não funcionava corretamente por conta dessa exclusão e baseava o poder apenas na eloquência, através da argumentação e persuasão dos homens mais inteligentes.

A primeira grande influência filosófica de Platão foi Sócrates. Este estimulava o dialogo, as perguntas e indagações, de forma a chegar ao saber, pois afirmava que nada sabia. Derrubava as opiniões frágeis e enganosas, as noções equivocadas e sem base, as ideias aceitas e repetidas.

 Após seu contato com a filosofia, Platão decide desistir do envolvimento na política, focando apenas em passar por um processo iluminador e purificador do tipo socrático. “Antes de agir, é necessário ter consciência da finalidade da ação. Para agir com retidão e justeza, é preciso, antes, saber o que é a justiça; saber o que é essa medida padrão, essa justa medida capaz de medir as ações morais ou políticas, individuais ou coletivas, e revelar se elas são realmente justas. ”

  1. A academia

Platão fundou a academia Platônica em 387 a.C. com o intuito de estudar ciências e filosofias, para haver um preparo político baseado na busca da verdade e da justiça. Nessa época a filosofia de Platão era um resumo de todos os pensamentos de filósofos anteriores, com bastante influência da matemática, principalmente geometria. Platão considerava muito a filosofia como amor a sabedoria e como a procura da verdade.

  1. As         obras de Platão

  1. Diálogos da juventude ou socráticos: São as obras de Platão que de certa forma são homenagens a Sócrates, que são diálogos breves e curtos que abordam temas morais, apenas com o intuito de quebrar opiniões incoerentes. Exemplos: Primeiro Alcebíades (sobre a natureza do homem), Apologia de Sócrates (sobre o julgamento de Sócrates), Eutífron (sobre a piedade), Górgias (sobre a moral segundo os sofistas).
  1. Diálogos da maturidade: São obras onde Platão começa a mostrar sua independência em relação a Sócrates. Exemplos: Mênon (sobre a possibilidade do ensino da virtude), Crátilo (sobre a natureza da linguagem), Banquete (sobre o amor), Fédon (sobre a morte e sobre a natureza da alma), República (sobre a formação do filósofo e a cidade ideal), Fedro (sobre o amor e a alma), Teeteto (sobre o saber e o erro), Parmênides (sobre a teoria das ideias).
  1. Diálogos da velhice: São as obras da última forma de pensamento platônico. Exemplos: Sofista (sobre a definição de sofista e a distinção entre verdade e erro), Timeu (sobre a origem e a constituição do universo), Leis (obra inacabada, sobre questões políticas).
  1. O diálogo socrático

Sócrates dialoga de maneira dramática para causar um confronto entre consciência e opinião pessoal para acordar uma consciência nova sem nenhuma ilusão, e assim atingir o máximo de conhecimento de si mesmo, aprofundando-se em suas próprias ideias que se tornam cada vez mais fundamentadas, dominadas e claras.

  1. Dialética platônica e método dos geômetras

Ao contrário de Sócrates, Platão acredita que o diálogo dever ir além do nível psicológico e consciente, o diálogo deve ser feito entre teses, de maneira progressiva até chegar num nível de conhecimento que se caminha para a verdade. Dessa forma, o sofismo pode ser menos relativista e a consciência pode ser alcançada através de maneiras teóricas. Esse pensamento de Platão é chamado de “dialética ascendente”, que tem como principal método a matemática (método dos geômetras), que significa: “tendo-se um problema, levanta-se uma hipótese para resolvê-lo; se ela parecer satisfatória, passa-se então a verificar se ela se sustenta a si mesma ou se supõe outra hipótese mais geral — e assim sucessivamente. Cria-se, desse modo, uma cadeia de hipóteses interdependentes, que buscam uma sustentação última — portanto, uma não hipótese — que se baste a si mesma e que sustente, no final, como que “do alto”, todas as hipóteses que lhe estão subordinadas. ”

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