Fichamento sobre Edmund Burke
Por: Gustavo de Oliveira • 23/6/2017 • Abstract • 308 Palavras (2 Páginas) • 256 Visualizações
Autor analisado: Edmund Burke
KINZO, Maria D’Alva. Burke: a Continuidade contra a Ruptura. In: WEFFORT, Francisco (org.). Os Clássicos da Política. V. 2. São Paulo: Ática, 2001, p. 13 – 45.
Tema: Burke: a continuidade contra a ruptura
Edmund Burke, expoente do conservadorismo, calcou sua obra basicamente na defesa da continuidade dos princípios constitucionais que regiam a Inglaterra no século XVIII, arguindo em favor da economia de mercado, do constitucionalismo inglês, das instituições locais, dos princípios liberais consagrados na Revolução Gloriosa, da religião cristã e da ferrenha crítica à Revolução Francesa.
O autor em questão advoga como elemento central de sua tese em prol do conservadorismo que a experiência histórica dos homens, seu legado e recursos conquistados devem ser levados em consideração quando da ação política e social. A partir disso, Burke defende a Constituição Inglesa como sendo um alicerce que reúne as boas marcas da ação humana na história da Inglaterra e que ele compreende como fruto da “progressiva experiência dos homens”.
Crítico das abstrações, Burke, não obstante a presença de ideias metafísicas em sua obra, via na composição do sistema social e político inglês a manifestação de experiências concretas entre os homens que os levaram a sensatamente constitui-lo. Sob essa ótica, o autor julgou ruim e desarrazoada a Revolução Francesa, em vista de que, principalmente, ela era imbuída de um espírito racionalista e idealista que pôs abaixo uma ordem sócio-política desconsiderando e deslegitimando toda a bagagem histórica que formara a França durante séculos. Com isso, é conclusivo ressaltar a proeminência de Edmund Burke como autor fundamental do pensamento conservador e seu papel na crítica ao idealismo revolucionário que ele acreditava perigosamente minar o status quo.
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