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Formulario para atividade avaliativa aulas 04 e 05

Por:   •  20/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.200 Palavras (5 Páginas)  •  370 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

DISCIPLINA: ÉTICA (UCS0103)

Estudantes:

Nome:

Trabalho sobre análise de um Dilema Moral (A ação afirmativa em questão) desenvolvido durante as aulas 4 e 5

  1. Colocação do problema: dilema moral sob investigação ética.

O debate sobre cotas raciais como forma de ingresso nas universidades é um tema conflituoso, pois dividem opiniões acerca do tema tratado, tornando-se um dilema. Considera que a raça da pessoa não justifica ela entrar de forma diferente na Universidade. Uma ação somente será válida se puder ser universalizada, então, entende-se que o direito a cotas deve ser igual a todos que, de alguma forma, não possuem o sustento necessário para pagar a Universidade.

A questão a ser analisada neste trabalho é se a adoção de cotas raciais seria, de fato, uma boa política para concretizar a integração dos negros. Entender porque uma pessoa deve “ceder” aquilo que conquistou com seu mérito a uma pessoa de determinada raça apenas devido à ancestralidade dela.

O dilema moral neste caso é que muitos defendem que o Brasil seja um país com igualdade entre as raças e que estes tenham oportunidade nas universidades, porém para aqueles que são contra o sistema de cotas, defendem que essa busca por igualdade nas universidades seja feita de forma desigual, uma vez que, cor da pele não define capacidade, tão pouco conhecimento. Desqualificando tantos outros estudantes que se esforçaram e perderam a vaga para outro aluno que foi beneficiado, mesmo ficando em posição inferior a sua.

  1. Primeira etapa de investigação: apresentação da teoria ética e dos argumentos da posição assumida.

Por mais que a sociedade queira que todos estejam inclusos em seu meio, acreditamos que as oportunidades devem ser as mesmas para todos, pois dessa forma o mérito dependerá do esforço de cada um. Defendemos o utilitarismo, o qual defende que uma ação para ser correta deve trazer felicidade, o sistema de cotas não se mostra justo, uma vez que certos grupos de pessoas acabam por terem benefício sobre as outras na hora de disputar uma vaga, sendo esta, uma ação condenável pela ética utilitarista, uma vez que, causa não só a felicidade do beneficiado pelas cotas, mas pela infelicidade de tantos outros que perderam a oportunidade de ingresso na universidade por uma política egoísta Dessa forma, acreditamos que o sistema de cotas não é correto, pois todos devem ter as mesmas oportunidades quando da disputa de uma vaga.

O sistema de cotas não é justo, pois acaba beneficiando também negros com maior poder aquisitivo, enquanto existem estudantes que não se encaixam no sistema de cotas e que verdadeiramente não possuem condições de pagar e se manter em uma universidade, tiveram a educação básica na rede pública, concorrerão a uma vaga de forma igualitária, mas poderá perder a vaga apenas por ter a pele clara.

O certo é incentivar a educação como um todo e não tratar a entrada universitária e no mercado de trabalho de uma 'minoria' como compensação, demérito, miscigenação, ineficiência e divisão social por assim, continuará havendo injustiça. Uma vez que, para o ingresso dos mesmos são valorados pelo conhecimento individual e não a cor da pele.

  1. Segunda etapa de investigação: apresentação da teoria ética e dos argumentos contrários à posição defendida pelo grupo.

Para Kant as utilidades não podem ser mais importantes do que os direitos. Ele espera que a razão em si, dite conceitos de equidade, imparcialidade e justiça, que não é apenas a felicidade que está em jogo na sua teoria.

O objetivo das cotas é corrigir  injustiças  provocadas  pela  escravidão  na sociedade brasileira e proporcionar aos negros a oportunidades de ter acesso à educação superior e consequentemente a uma boa colocação no mercado de trabalho.

Com as cotas é possível a melhor integralização dos negros na sociedade, uma vez que, o mesmo sempre foi marginalizado, com menos recursos e menos oportunidade, tanto na educação quanto na busca por um trabalho. A maioria é pertencente de baixa classe social, reflexo de um passado de luta e de descriminalização.

Kant defendia a equidade, que todos tivessem as mesmas oportunidades e as cotas vêm para mudar essa história, para que aos que hoje tiveram chance, amanhã tenham uma sociedade melhor. E no futuro os estudantes que entraram em uma universidade por meio de cotas, sejam grandes profissionais  com  melhor  renda  e integralizados a uma sociedade que uma vez o rejeitou.

  1. Conclusão: refutar os argumentos contrários e confirmar a posição teórica assumida.

 Podemos considerar que existe igualdade perante a lei, porém isso não se traduz em igualdade de acesso a escolas e universidades. Sabemos ainda que na história do nosso país algumas raças e etnias sofreram marginalizações, como os afrodescendentes e indígenas, porém, entendemos que as ações afirmativas, como as cotas, não permitem que todos tenham as mesmas condições de acesso, uma vez que se está priorizando o acesso a certos grupos sociais em detrimento de outros.

Atualmente tem-se implantando vários sistemas de cotas raciais com a justificativa de promover a igualdade racial, mas igualdade está ligada muito além da cor ou etnia, se trata de um conceito social que merece ser analisado de forma que demonstre as verdadeiras oportunidades dos indivíduos na sociedade. A justificativa dos privilégios às minorias encontra-se principalmente no contexto histórico mostrando que no passado, essas classes eram menos privilegiadas e que a sociedade ainda mantém preconceitos, porém, o mais adequado seria avaliar a condição, estado e circunstância da pessoa em questão de forma ampla e geral, não levando em conta apenas a raça ou etnia a qual pertence.

A ética defendida é a utilitarista, que é considerada uma doutrina de vida, tem boas intensões para a busca de uma felicidade global e baseado no tema discorrido na aula 4, sobre o apoio às minorias na entrada do mercado de trabalho e nas universidades, podemos concluir que todos deveriam ter as mesmas chances, os mesmos direitos, mas também o cumprimento de regras e deveres perante a sociedade, analisando-se de forma mais amplas as condições de cada indivíduo e não apenas sua raça ou etnia, pois assim não estamos universalizando a ação tomada.

Podemos ver também, as cotas como uma espécie de preconceito contra pessoas de raças e etnias diferentes. Ter cotas reservadas pode parecer que os indivíduos beneficiados por elas tenham capacidade inferior em comparação aos demais, por terem tal beneficio. Sendo considerado como preconceito disfarçado em oportunidade. Isso também não seria justo com os demais, que da mesma forma estudaram e passaram em melhores colocações, porém perderam a vaga, pois estas estavam reservadas aos alunos que diferem apenas pela cor da pele/etnia e não pelo conhecimento, causando assim, sua infelicidade. Sendo estas condutas reprovadas pelo utilitarismo.

Gostaria de salientar também que, compensar o passado de escravidão, quando vivemos em um país miscigenado é tirar a vaga de alguém que foi aprovado por mérito, dar prioridade a alguém pela cor da pele é o pior racismo que existe, pois elas aumentam a identificação racial num tempo que a raça existente é a humana e ao invés de mitigar, as cotas aumentam o preconceito, ferindo a dignidade humana defendida por Kant.

“Injustiça não justifica injustiça. O erro não acerta outro erro. Dois errados não fazem um certo. A única cota que o Brasil precisa é a cota de responsabilidade”.

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