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Fraude em Pan American e seu desdobramento

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Por:   •  19/4/2014  •  Seminário  •  587 Palavras (3 Páginas)  •  432 Visualizações

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desastrosas protagonizadas pela Caixa Econômica e o motivos para a saída de sua presidente, Maria Fernanda Coelho. Por Layse Ventura

24 de março, 2011

Após uma série de escândalos e fraudes no banco PanAmericano, chegou a vez de a Caixa Econômica Federal (CEF) reagir. A presidente do banco estatal, Maria Fernanda Coelho, pediu ao ministro Guido Mantega para deixar o cargo, segundo o jornal O Globo.

Apesar de alegar motivos pessoais, sua saída está mais relacionada com a decisão de ter criado o CaixaPar e os negócios desastrosos com o PanAmericano de Silvio Santos.

Em julho de 2010, a Caixa adquiriu 35% do capital do PanAmericano a um custo de R$ 780 milhões — incluindo 49% das ações ordinárias (com direito a voto). Além de ter sido mal negociado — qualquer banco venderia suas ações mais baratas para poder ter o nome da Caixa como sócia — , descobriram tardiamente um rombo inicial de R$ 2,5 bilhões no PanAmericano.

A Caixa Econômica, mesmo sendo uma empresa de capital fechado, deveria ter prestado contas ao público sobre esta decisão desastrosa de comprar parte de um banco falido, segundo a jornalista Miriam Leitão. Afinal, o dono da CEF somos todos nós.

Mas a presidente Maria Fernanda nunca prestou contas sobre o que Miriam Leitão destaca como sendo o “caso mais desastroso feito pela Caixa nos últimos anos”. Resta saber como as fraudes passaram por quatro auditorias diferentes — Deloitte, KPMG, o Banco Fator e a BDO, sendo que as três últimas analisaram especificamente para a operação de venda de participação para a Caixa.

A fraude no Pan-Americano e seus desdobramentos

Em setembro de 2010, o Banco Central (BC) descobriu uma fraude contábil no PanAmericano estimada em R$ 2,5 bilhões. As irregularidades foram descobertas após a instituição comparar os dados divergentes de créditos comprados e cedidos pelo PanAmericano com outros bancos brasileiros.

As fraudes foram feitas com uma manobra perspicaz. O PanAmericano vendia as carteiras de crédito para outros bancos, mas continuava contabilizando esses recursos como parte do seu patrimônio. Como os valores eram pequenos, a maior parte inferior a R$ 5 mil, o banco não precisava informar ao Banco Central os CPFs dos devedores. Sem esses dados, o BC não podia ver que o financiamento de um cliente do PanAmericano aparecia na carteira de outro banco.

O escândalo só veio à tona para o público no início de novembro, quando toda a antiga diretoria do banco foi demitida. O Grupo Silvio Santos fechou um acordo com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para obter os R$ 2,5 bilhões. Em troca, oferecia como garantia os bens do patrimônio empresarial, que incluem o SBT e o Baú da Felicidade.

O FGC é uma entidade privada criada em 1995 e mantida pelos próprios bancos. Sua principal função proteger parte dos depósitos dos clientes dos bancos. Em novembro de 2010, seu patrimônio era de R$ 28 bilhões.

Não tardou e a nova administração descobriu que o rombo do PanAmericano era maior do que os R$ 2,5 bilhões iniciais, chegando ao valor de R$ 4,3 bilhões. Novamente, o FGC estendeu sua linha de crédito para cobrir todo o prejuízo, alegando que o sistema bancário estava em risco caso o PanAmericano quebrasse. Um executivo envolvido na negociação informou ao Globo,

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