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Hegel - Pesquisa Acadêmica

Por:   •  3/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.087 Palavras (5 Páginas)  •  1.764 Visualizações

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QUESTIONÁRIO HEGEL

  1. Quais são as influências de Montesquieu no pensamento hegeliano?

Em Hegel, encontra-se uma concepção histórica das formas de governo, presente também em Vico, e uma concepção espacial e geográfica, presente em Montesquieu. A influência de Montesquieu não pode ser simplificada somente ao nível espacial ou geográfico do desenvolvimento da história, ela toma um caráter mais amplo de significados. A influência de Montesquieu em Hegel refere-se à tipologia das formas de governo, que toma as formas de governo de forma idêntica (despotismo – Oriente; república – antiga; monarquia – moderna).

  1. Qual é o critério para a classificação das formas de governo?

Hegel não emprega mais o critério de “quem” e de “como”. Trata-se de critério muito mais rico de potencialidades explicativas, porque leva em conta a estrutura da sociedade no seu conjunto. As três formas de governo correspondem a três tipos de sociedade: a primeira é ainda indiferenciada e inarticulada, em que as esferas particulares de que se compõe uma sociedade evoluída não emergiram da indistinta unidade inicial; na segunda, começam a surgir esferas particulares, que não chegam a ser completamente autônomas com relação à totalidade (unidade desagregada); na terceira, a unidade se recompõe mediante a articulação das suas diferentes partes (há unidade e diferenciação, e a unidade é perfeitamente compatível com a liberdade das partes).

  1. Qual é a relação entre constituição e espírito do povo?

Entende-se que se a forma de governo é a estrutura política de uma sociedade bem determinada, cada sociedade possui sua própria constituição – e não pode ter outra. Uma constituição não é um chapéu que se possa colocar à vontade sobre qualquer sociedade. “Este curso abstrato, mas necessário, do desenvolvimento dos Estados genuinamente autônomos, de modo que deve nele aparecer, cada vez, uma constituição determinada que não depende da escolha, mas seja a única adequada, em cada caso, ao espírito de povo”. A estreita dependência em que a constituição está do “espírito do povo” é uma tese à qual Hegel retorna muitas vezes.

  1. Quais são as críticas de Hegel à fase do Império em Roma?

Na análise do mundo imperial da antiga Roma, Hegel acentua todos os aspectos que devem servir para pôr em dúvida a sua forma de Estado. Há dois aspectos que devem ser sublinhados: a) Enquanto domínio que abrange uma variedade de povos, o império não possui a determinação característica de todo Estado, que é seu elemento popular (ou nacional); é uma “universalidade abstrata”; prova disso é o fato de que em Roma se dedica um templo a todos os deuses, enquanto os outros povos têm seu próprio Deus e religião. b) Ao conceder título de cidadania indistintamente a todos os súditos do império, este domínio universal os transforma a todos em pessoas formalmente iguais, ligadas exclusivamente por relações de direito privado – e quando só existem relações de direito privado não há ainda um Estado.

  1. Qual é o elemento comum aos estados despóticos?

O caráter determinante do regime despótico é para Hegel a teocracia.

  1. Quando começa a história?

Hegel chama o mundo oriental de “era infantil da história”; com isso quer dizer que na idade do despotismo o homem ingressa pela primeira vez na história. Embora sendo já um mundo histórico, o universo do despotismo oriental não apresenta um verdadeiro desenvolvimento histórico; é um reino da “duração constante” – sem alterações substanciais; uma “história sem história”, uma “história a-histórica”, processo “que não é verdadeiramente um processo”, porque todas as mutações “não produzem qualquer progresso”. A história como processo real, a história “histórica”, só tem começo no Ocidente.

  1. O que representa a raça negra para Hegel?

Para Hegel, o negro é o “homem no estado bruto”, “o homem natural na sua total barbárie e ausência de freios”. Para completar seu pensamento, ele diz: “O resultado é que o que caracteriza a índole do negro é a falta de freios, uma condição que não é susceptível de qualquer desenvolvimento ou educação: ele sempre foi o que vemos hoje. Na imensa energia no arbítrio sensível, que o domina, o momento moral não tem qualquer poder preciso. Quem quiser conhecer manifestações espantosas da natureza humana poderá encontrá-las na África. As notícias mais antigas que temos dessa parte do mundo dizem o mesmo: ela não tem propriamente uma história”.

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