Jurisprudência
Por: fernandotaioca • 12/9/2015 • Resenha • 461 Palavras (2 Páginas) • 166 Visualizações
Marginalização
Por muito tempo, se achou que a pobreza e a criminalidade caminhavam de mãos dadas, isto por que uma considerável parte dos delitos acontecia nas áreas mais pobres, onde facções criminosas ligadas principalmente ao trafico de drogas tem uma forte atuação. Grande parte dos integrantes destas facções são jovens que não tiveram a oportunidade de um futuro diferente, nascidos e criados as margens da sociedade, em um ambiente hostil e esquecidos pelo estado. O convívio com esta inversão de valores onde o traficante que faz o papel do Estado acaba corrompendo boa parte dos jovens para o “crime”.
Não há duvida de que a comercialização de drogas nas áreas mais carentes é maior, devido ao desamparo social que sofrem estas comunidades, mas, os crimes patrimoniais são bem menos freqüentes nestas áreas do que nos grandes centros.
Dos chamados crimes contra o patrimônio, o furto de veículos é uma das principais referências para a lógica da violência na cidade. A análise dos números da polícia permite dizer que esse tipo de crime é mais freqüente na área formada por bairros como Perdizes, Lapa e Pinheiros, todos na zona oeste, onde 52,3% das residências têm renda superior a 20 salários mínimos.
Essa mesma área da zona oeste, aliada ao centro e aos Jardins, é responsável ainda pelos mais altos índices de outros furtos (celulares, carteiras, arrombamentos em residências etc.) e roubos (praticados sob grave ameaça, com a utilização de arma, por exemplo). Na classificação da polícia, os Jardins estão na área central.
(Referencia: Folha de São Paulo)
Estes crimes contra o patrimônio geralmente estão ligados com o trafico de drogas, onde o viciado já não tendo como manter seu vicio passa a cometer este tipo de delito para satisfazer sua vontade de usar drogas. A maior parte dos usuários de drogas também vem da classe menos favorecida.
Geralmente o cidadão marginalizado e sem muita instrução ao buscar outro modo de sustento acaba infringindo a lei de alguma forma, e uma das conseqüências destas escolhas é a perda de sua liberdade, e com o sistema carcerário brasileiro não cumprindo seu papel de ressocialização acaba piorando muito as coisas, colocando em circulação nas ruas ex-detentos não socializados e pendentes a retornarem a seus atos criminosos.
A falta de ação do Estado afeta diretamente estas classes menos favorecias, pois são esquecidos em morros e favelas e onde tem uma visão embaciada de sociedade. A marginalização e a pobreza podem não ser a principal porta de entrada para o crime, mas sem duvida influenciam boa parte das pessoas convivem diariamente com elas.
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