Leviatã, livro Escrito por Thomas Hobbes
Por: raphaelapazi • 26/10/2015 • Seminário • 602 Palavras (3 Páginas) • 519 Visualizações
Leviatã, livro escrito por Thomas Hobbes, na época da revolução tomada do poder político pelo revolucionário Oliver, na Inglaterra. Nesse momento o país deixa de ser um regime monárquico e passa a ter um governo político de caráter republicano.
Em 1651, tendo a frente o governo militar contrariando forças monárquicas, Hobbes começa a analisar o poder político na Inglaterra que estava sofrendo uma revolução, a mudança da natureza para o estado político. Compara então o Estado usando uma metáfora de um grande monstro bíblico (leviatã). Em sua análise comparativa descreveu que não há poder sobre a terra que não se possa comparar, em análise elabora seu entendimento político do momento histórico.
O filósofo viveu épocas de grandes modificações, ideologias políticas entre a nobreza e a burguesia, dispostas ao domínio do poder do Estado. Deste modo, a reflexão de Hobbes foi dirigida a busca da solução do conflito, desejando a construção da paz pela política social, em defesa do contrato social.
O estudo em seu livro Leviatã foi uma análise do comportamento humano, do homem em seu estado de natureza, e a definição de um novo caminho, quando o homem constrói um estado positivo, ou seja, o estado artificial, o que ele denomina de “Leviatã”.
A primeira grande conclusão de Hobbes: Os homens em seu estado natural são egoístas, perigosos e propensos a agredir a outros homens numa perspectiva insaciável, impossibilitando desse modo o desenvolvimento da sociedade política. Estabelecendo a guerra de todos contra todos, vencendo sempre os mais fortes, a velha expressão “o homem é o lobo do homem”. Assim, os homens seriam condenados por eles mesmos a uma vida de animal, pobre e breve, sendo que nesse estado não existiria a ideia do que é justo ou injusto, legal ou ilegal, apenas o poder da força.
Os homens vivem de acordo com suas paixões e seus interesses, o desejo de uns dominarem os outros em uma interminável guerra. No entanto justificava Hobbes certa vontade racional, o homem percebe que não pode viver para sempre nesse estado porque seria o fim de todos, seria necessário renunciar certos direitos, transferindo o poder individual para um poder maior e mais legítimo, o que foi denominado por ele mesmo de estado artificial.
Nesse momento nasce o homem artificial por meio de um pacto necessário e voluntário firmado entre os homens, tendo como ideia fundamental a própria proteção. A fim de querer sair do estado de natureza.
A base do Leviatã é o contrato social entre os homens.
O Estado é a força absoluta capaz graças a sua legitimidade de levar a paz para o conjunto da sociedade, auxílio para os homens para a defesa de seus direitos. Porém, o contrato não é realizado com o detentor do poder, mas entre os homens que renunciaram o poder particular em benefício do direito estabelecido em benefício da paz.
Hobbes em O Leviatã reflete duas formas de poder: Monarquia e democracia. Ele prefere a forma do governo monárquico, em que o interesse público coincide com o privado, o que não é hoje permitido pelo estado moderno.
Como Hobbes gostava da monarquia seu livro foi uma defesa a esta forma de Estado, em “O Leviatã” o soberano poderá garantir a igualdade perante a lei.
Seu fundamento: O poder absoluto não é a ausência de arbítrio, desse modo através da legalidade realizará os interesses individuais. Isto é possível quando o Estado consegue estabelecer a harmonia entre as pessoas na sociedade.
É nesta análise que o Leviatã deixa de ser a metáfora do monstro bíblico e passa a efetivação do estado humano civilizado. No fundo a formulação do seu livro sistematizou uma crítica da tomada do estado pela burguesia, nascente daquele período histórico.
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