Livro Primeiro: Crenças antigas
Por: Silvana Fernandes • 16/4/2017 • Resenha • 6.564 Palavras (27 Páginas) • 482 Visualizações
Livro primeiro: crenças antigas
- Crenças sobre a alma e sobre a morte
Na história da grécia e de roma havia a crença de que a vida não poderia acabar simplesmente na morte, a morte era vista como uma mudança de vida.
A ideia de que a alma subia para o céus era do ocidente, então, nas crenças dos povos italianos e grgos antigos, a alma não saia de próximo ao corpo, sendo eneterrada junto com o corpo, mantinha-se a ideia de que por esta ali o homem ainda tinha suas necessidades, sendo enterrados com ele seus objetos pessoas e animais. Um corpo sem alimento não te m forças, sendo assim o tumulo também recebia alimentos, que por um buraco no chão chegavam até o corpo para saciar sua fome.
Com a crença de que a alma se prendia ao corpo surgiram os sepultamentos, para que a alma fixasse sua moradia subterrânea. Se a alma não recebesse uma sepultura seria uma alma errande e poderia perturbar os vivos, ocorria então o sepultamento para que a alma descansasse, assim, não receber um sepultamento era temido, tanto que nas cidades antigas a lei punia com a privação da sepultura.
- O culto aos mortos
Sabendo que os mortos precisavam de seus alimentos, os vivos dedicavam-se a esta tarefa, assim enraizou-se uma verdadeira religião da morte com seus rituais. Os mortos eram sagrados, seriam tratados como um deus e seu tumulo como um templo. Este seria o mais antigo culto entre os homens, existente mesmo antes do culto de adoração aos deus indra ou zeus.
Iii. O fogo sagrado
A casa do grego e do romano tinha um altar com fogo, o fogo era por eles adorado, sendo protetor e provedor para a família, refugio. Se o fogo apagasse na casa, ali deixava de existir deus. Na grécia o homem não poderia se aproximar do fogo sem antes purificar-se. Porém o fogo adorado era diferente do elemento física, era um fogo puro, que somente poderia ser produzido por rituais e especiais tipos de madeira, que daria ao homem sabedoria e pureza de coração.
Todo esse ritual lembra o culto aos mortos, quando, dentro de um lar se mantinha um fogo acesso para honrrar, parecendo que o fogo poderia manter a vida ou representar sua alma imortal. Essa religoão sempre foi ativa, sendo enfraquecida somente pelo cristianismo.
Iv. A religião doméstica
No que diz respeito ao culto aos mortos, o ritual não poderia ser feito por pessoas que não fossem da mesma família, até mesmo tocar sem querer o tumulo de alguem que não fosse familiar obrigada ao ato da purificação. O culto aos mortos era um verdadeiro culto aos antepassados sendo que o morto não poderia passar sem seus familiares vivos e vice-versa, pois as rezas pediam força e sabedoria aos que ficavam. Não eram permitido que pssoas que não fossem da família participassem, sendo os rituais feitos dentro das asas. Assim, se formavam fortes laços familiares, sendo que os rituais de cada família só eram pertencentes aquela família, não existindo outro sacerdote além do pai.
A religião era manifesta no berço familiar, sendo manifesta de geração para geração. O enterro dos mortos era feito próximo a casa, quando não dentro da casa, assim, os familiares, tidos como os deuses da família, estariam sempre presentes guiando a família. Ao nascer o filho era responsável em adorar seus deuses e faria parte desta lista ao morrer.
Esse princípio era passando somente para o sexo masculino, de varão para varão, o mulher só poderia participar por intervenção do pai ou marido e depois da sua morte não recebia os mesmos rituais fúnebres. Surgem daqui outras consequências no direito privado e na constituição da família.
Livro segundo: a família
- A religião como principal elemento constitutivo da família antiga
Iii. Dá continuidade da família. Celibato proibido. Divórcio em caso de esterilidade ponto. Desigualdade entre filho e filha.
todo envolvimento familiar que o culto aos mortos e a religião formada pelos hebreus e gregos mostra é o alicerce do direito doméstico entre os antigos. A lei romana cuidada para que não se interrompe-se nenhum culto doméstico, é assim que a religião ao formar a família garante sua continuidade. Família desaparecido é um culto morto.
O casamento era um contrato para dar continuidade a família que poderia ser anulado se a mulher fosse estéril. Se o homem fosse estéril poderia o irmão substituí-lo e a criança seria considerada como filho do marido e continuaria os cultos. O nascimento de uma filha mulher não satisfaz a finalidade do casamento pois, uma mulher não podia continuar um culto, somente os meninos, por este motivo era sempre esperado somente um menino.
Pouco tempo depois do nascimento, o pai reunia família, chamava testemunhas e fazia seus sacrifícios para apresentar a criança para ser os deuses domésticos. Essa cerimônia tinha finalidade de purificar as crianças do pecado e a iniciar no culto doméstico. A partir desse momento a criança estava inserida em sua religião participando de seus rituais. A criança é reconhecida como da família somente depois de participar do laço do culto.
IV. Da adoção e da emancipação.
A necessidade de continuar com culto familiar foi o princípio do direito da adoção, como último recurso para a família este é um meio de escapar da desgraça de sua extinção. Quando se recebia um filho precisava iniciá-lo em seu culto apresentando aos seus deuses, seguindo os rituais e a oração pelo pai, dali para frente o filho adotivo participaria do novo lar. O vínculo do culto substituía qualquer parentesco.
Adoção também estava relacionada com a emancipação pois havia uma renúncia ao culto da família que o adotado tivesse nascido.
V. Do parentesco. Do que os romanos entendiam por "agnação".
O ritual em volta do fogo e o culto aos mortos, era uma função somente para a linhagem masculina da família, passada de varão para varão. O filho não teria durante sua vida outra religião nem outra família somente a do pai, sendo assim o princípio do parentesco não estava no ato material do nascimento mas sim, no culto passado de varão para varão. Era inadmissível que o culto fosse feito por mulheres. Somente a laços de sangue não bastavam para estabelecer um parentesco é indispensável que haja o “laço do culto”. Na índia, grécia, e roma o parentesco pelo culto não era mais o único admitido, conforme a religião perdeu força, as linhagens de sangue e o parentesco pelo nascimento são reconhecidos em direito.
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