MENTES PERIGOSA - O PSICOPATA MORA AO LADO: UMA ANÁLISE DOS DISTÚRBIOS PSÍQUICOS

FACULDADES UNIFICADAS DE FOZ DO IGUAÇU – UNIFOZ

CURSO DE DIREITO – CRIMINOLOGIA

MENTES PERIGOSA- O PSICOPATA MORA AO LADO: UMA ANÁLISE DOS DISTURBIOS PSÍQUICOS

THALITA SIMONÍ LISIK POSSATO

1º SEMESTRE

2018

1. INTRODUÇÃO

Criminosos com alguma psicopatia são os mais difíceis de capturar, justamente por serem motivados por fatores complexos e não sentirem as emoções básicas. Psicopatas, por exemplo, não sentem empatia, medo, amor, entre outros. Por isso, para identificá-los, precisa “pensar como eles”.

As psicopatias são enumeras e muitas vezes são confundidas até pelos profissionais da área. Pois muitos sintomas se concentram em mais de um tipo de transtorno, assim, tornando mais confuso o diagnóstico.

O objetivo do presente trabalho é analisar sob o aspecto criminológico, os distúrbios psíquicos que afetam indistintamente homens e mulheres. As melhores pesquisas sobre os psicopatas são as feitas em penitenciárias^[1]. Com base nos estudos de Cleckley, o psicólogo canadense Robert Hare, dedicou anos da vida profissional reunindo características comuns de pessoas com este perfil, até conseguir montar, em 1991 um sofisticado questionário denominado escala Hare e que se constitui no método “mais confiável” na identificação de psicopatas. Porém, alguns especialistas no assunto dizem que o PCL (psychopathy chekclist) já está ultrapassado por ser um instrumento de perguntas e respostas. Talvez um bom substituto para o PCL seria a prancha de Rorschach, porém na internet já existe e isso pode ser usado pelos próprios psicopatas, diz Rosangela Monteiro.

A pouco tempo atrás existia a convicção de que a capacidade humana de distinguir o certo e o errado era algo aprendido nas relações interpessoais. Nas últimas pesquisas sobre o cérebro humano e de análise de comportamentos animais revelam que a espécie humana adquiriu a capacidade de avaliação moral com a própria seleção natural, tudo indica que está contido no DNA. Pode-se concluir que a psicopatia apresenta dois elementos causais fundamentais: uma disfunção neurobiológica e o conjunto de influências sociais e educativas que o psicopata recebe ao longo da vida.

2. DESENVOLVIMENTO

1.Transtornos

1.1 Histeria

        Histeria é caracterizada pelo poder da autossugestão. Caso o indivíduo acredite que está cego, mesmo com todos exames mostrando que sua visão se encontra em perfeito estado, ele não enxergará nada. A histeria também pode ser coletiva, vide o caso de 1518, Estrasburgo, França. “Uma mulher, chamada Frau Troffea, começou a dançar pelas ruas, sem música ou motivo aparente. Após uma semana, cem pessoas haviam se juntado a ela e, passado um mês, já eram 400 histéricos dançarinos. Em algumas semanas, os mais fracos começaram a morrer de ataque cardíaco e derrame”.

1.2 Neurose

        Basicamente identificado por pessoas pessimistas. Geralmente, trabalham, estudam, levam uma vida “normal”, porém sempre com uma visão pessimista dos fatos. Há, no entanto, a neurose de compensação, ela geralmente manifesta-se em veteranos de guerra, vítimas ou parentes de vítimas de acidentes que esperam por um desfecho favorável aos prejuízos do acontecimento. Um exemplo de neurose pode ser encontrado no filme: “ Manhatam” e “Noiva Neurótica”.

1.3 Psicose

        Conhecido como transtorno mental maníaco-depressivo, o famoso bipolar também entra nessa classificação. As características de humor são estanques, muita euforia, manias, etc. As fases podem durar meses (diferente dos Borderlines^[2]).

Os Borderline apreciam viver no limite, no conhecido “fio da navalha”. ^[3]Bipolares na fase eufórica não tem sono, apresentam comportamento provocativo, negam que algo está errado e podem matar por raiva. Na psicose nunca ocorre o suicídio de fato, quando ele acontece é por alucinação, exemplo, o indivíduo acredita poder voar e pula de um prédio. Na fase depressiva, apresenta tristeza, falta de energia, irritabilidade e dor crônica. O Bipolar pode incluir sintomas psicóticos: ouvir vozes, sentir bichos andando pelo corpo e ver objetos ganhando vida própria.

        Em caso de suicídio o enforcamento é o mais utilizado, em segundo lugar, a precipitação (pular) e em terceiro a arma de fogo. E essa, é considerada um facilitador, mas se não há uma, ele poderá usar até o fio do carregador de celular para tirar sua vida.

        O esquizofrênico é taciturno, mas com medicação ele fica muito parecido com o bipolar. No filme “Mr. Jones” pode-se visualizar as fases de euforia, maníaca e depressiva. Já no filme “O lado bom da Vida”, os dois personagens estão na mesma fase. Observando a casa desses indivíduos podemos ver na organização da mesma um reflexo de sua mente.

Esquizofrenia é a divisão do EU. Observe moradores de rua, eles conversam sozinhos, conversam com postes, etc. Esquizofrenia é uma doença crônica e ainda de causa desconhecida. Estuda-se que um dos fatores é a falta de dopamina e problemas morfológicos do cérebro. Os fatores de risco são: uso de drogas, álcool, vírus, contato com toxinas, doenças autoimunes, pais com idade avançada, etc. Tem delírios paranoides, não apresenta emoção, incapazes de sentir prazer e retêm muita raiva.

        Volta-se na importância de conhecer todas essas psicopatologias. Um caso de esquizofrenia: uma moradora de rua, matou outros diversos moradores de rua. Quando a perícia observou as fotos gerais das cenas dos crimes, percebeu que a esquizofrênica aparecia em todas a fotos. Ela é diagnosticada como esquizofrênica – serial killer. Matou em série, mas por alucinação. Existe também o serial killer missionário esquizofrênico. (Este, acredita ter recebido uma missão de eliminar certo tipo de pessoas). Em “Seven” pode-se entender melhor esse tipo de esquizofrênico.

1.4 Ansiedade

        A ansiedade permeia todos as outras psicopatologias. A pessoa morde as bochechas, tira seus cabelos e pelos, gagueja, meche em um acessório, exemplo, anel, até ferir-se. A ansiedade é dissocial, pois a pessoa não consegue concentrar-se em outra coisa. Ela é uma questão muito física.

1.5 Transtornos dissociativos (conversão)

        Os sintomas aparecem por motivos de: traumas, amnésia, despersonalização, múltiplas personalidades.

1.6. Múltiplas personalidades

        No livro “Sybil “ escrito pela jornalista estadunidense Flora Rheta Schreiber e publicado em 1973, trata sobre uma mulher chamada Shirley Ardell Mason, nascida em 25 de janeiro de 1923 na cidade de Dodge Center, no estado de Minnesota. Sua história é o mais famoso caso de personalidade múltipla já registrado. Um filme foi feito em 1976, baseado no livro. Em 2007 o filme ganhou uma nova versão. Essa é uma história verídica em que Sybil (que tem múltipla personalidade, dezesseis exatamente), e sua mãe era psicopata. A mãe matou todos os filhos homens que teve e mandava o marido enterrar no jardim. Torturava Sybil com enema enquanto introduzia objetos como: facas, calçadeira e ganchos na vagina da filha. Depois a amarrava ao pé do piano e tocava por horas, mantendo a menina com o enema.