NOMOFOBIA: O EXCESSO DE INFORMAÇÃO E OS RELACIONAMENTOS DIGITAIS
Por: Diully Haar Garcez • 29/3/2020 • Resenha • 842 Palavras (4 Páginas) • 131 Visualizações
RESENHA
NOMOFOBIA: O EXCESSO DE INFORMAÇÃO E OS RELACIONAMENTOS DIGITAIS1
Diully Haar Garcez2
Resenha sobre o “Capítulo III – Nomofobia: os impactos da era digital” da Dissertação de mestrado, “Nomofobia: o excesso de informação e os relacionamentos digitais”, de André Senador.
O capítulo III da dissertação de André Senador, aborda dois temas de bastante relevância, de um lado temos o exagero do uso do mundo virtual, que acabou gerando transtornos psicológicos em indivíduos que não podem/conseguem ficar desconectados com o ambiente virtual, seja por meio de celulares, smartphones, computadores, até mesmo simples ligações telefônicas. E por outro lado temos a liberdade de andar com um celular sem estar conectado em uma tomada, o que André chama de “autonomia digital”, mas também existe o fato de que apenas 51% da população mundial tem acesso à internet (Agência Brasil – 2019)3, ou seja, nem todos tem a mesma oportunidade de estar interligado ao mundo, de possuir informações sobre tudo e qualquer coisa, em qualquer lugar, de ter comunicação.
Qualquer coisa em exagero, tende a fazer mal, e com a tecnologia isso não é muito diferente. Com a crescente utilização exagerada dos smartphones, das redes sociais, e internet, foi preciso nomear essa dependência digital, e então foi nomeada de “NOMOFOBIA”, que consiste em um mal-estar e ansiedade ao ficar off-line, ou seja, não ter a disponibilidade de acesso ao celular, ou smartphone, ou a conexão com a internet, é o que afirma André Senador. Esse medo irracional de ficar desconectado, acaba por gerar grandes prejuízos socias, até mesmo dentro do convívio familiar. Da mesma forma que a internet nos conecta ao mundo, trazendo diversas informações, e da mesma forma que faz as relações sociais com pessoas distantes ficarem mais próximas, torna a relações das pessoas que estão por perto mais distante, só observarmos dentro de nossas casas, as ações dos indivíduos que nos rodeiam em relação a conexão com a internet, smartphones e/ou computadores.
André afirma na sua tese, que os principais problemas encontrados em um dependente de internet, foi a “depressão, privação do sono, perda de interesse em atividades sociais, produtividade reduzida no trabalho e até problemas físicos”, ou seja, o uso exagerado da internet já vem causando transtornos na vida das pessoas que a utilizam. É um ambiente virtual tão viciante, que faz com que as pessoas não consigam mais controlar a suas compulsões por comunicação/informação, ficar conectado. Essa dependência virtual se tornou tão séria, que está sendo comparada a dependência química4.
O lado bom, é que já há muitos grupos de apoios e tratamentos, até mesmo no Brasil, onde Clínicas de São Paulo, já trabalham a psicoterapia em grupo, e individual em casos necessários, para pessoas que são dependentes do uso de telefones celulares e da internet, desde que se encaixem em 5 dos 8 critérios para ser caracterizado como dependente. (SENADOR, André, p.59)
Senador, também fala sobre a liberdade, autonomia e independência que o uso dos celulares, smartphones, e até mesmo a conexão com a internet, trouxe ao indivíduo. Afirma ele, que “a internet proporciona esse alcance, e a comunicação digital vem apresentar um universo de possibilidades”. O uso da internet e dos meios
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