O CASAMENTO HOMOAFETIVO
Por: Karolina Nascimento • 8/5/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.166 Palavras (5 Páginas) • 228 Visualizações
universidade de cuiabá
Cuiabá
2017
VITIANE TRINDADE
CASAMENTO HOMOAFETIVO
Projeto apresentado ao Curso de DIREITO da Instituição UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
CUIABA
2017
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Historicamente, a família era caracterizada como um agrupamento cultural e possui a definição de uma construção social organizada através de regras culturalmente elaboradas onde cada um que a compõem, ocupa um lugar e funções. As famílias clássicas tinham como característica principal o matrimonio (para ser aceita como família pela sociedade, esta característica deveria ser a principal), sendo esta patrimonializada e com grande incentivo a procriação gerar força de trabalho e manter sua unidade de produção dentro da família.
Era, também, hierarquizada e patriarcal onde o homem era o provedor e o chefe da sociedade conjugal e a mulher era a colaboradora para o bem comum da família.Após a revolução industrial, os membros da família tiveram que migrar para as cidades e trazendo a mulher ingressar no mercado de trabalho fazendo com que o homem não fosse a única fonte de subsistência da família.
Com o advindo da Constituição Federal de 1988 , que garantiu igualdade entre o homem e a mulher, passando a resguarda seus direitos de forma igualitária , dando a estes o principio da dignidade da pessoa humana. Definir este princípio é dificultoso ,os autores asseveram que o objetivo da dignidade é no minímo existecial ,vale dizer, o conjunto de direitos básicos mediante os quais o ser humano possa não apenas sobreviver, mas usufruir uma vida relativamente confortável e desenvolver-se o mínimo possível nos diversos aspectos da vida contemporânea.
A Constituição Federal, em seu artigo 226 , especifica o que é família no âmbito jurídico e que esta deve ter proteção do Estado. Já em seus parágrafos 3º e 4º as formas de entidades familiares:
'' §3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre
o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.''
Hoje, podemos dizer que as famílias são constituídas por pais, tanto casados ou vivendo em união estável e filhos, qualquer um dos pais com seus filhos, irmãos. Sendo estes últimos considerados como entidades familiares e, respeitando as diferenças intrínsecas de cada uma delas, efetivar a proteção e prover os meios para consagrar o interesse das partes, conciliando o respeito à dignidade humana, o direito à intimidade e à liberdade com os interesses sociais.
Com este reconhecimento das diferentes formas diferentes de composição familiar, há então um rompimento da conceituação clássica e até então existente .
''A homossexualidade, desde a antiguidade, era considerada um crime, pecado, doença, mas, nos dias de hoje, podemos afirmar que não é nada isso e sim, simplesmente uma outra forma de viver''. (DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. - pg.191) .
Mas a infertilidade nestas relações foi repudiada pela Igreja, fazendo com que essas relações ficassem sempre sob o olhar desconfiado da sociedade.
Devido ao fato da Constituição abordar a proteção , a entidade familiar composto por um dos pais com sua prole, e existente a lacuna sobre a união homoafetiva . Surge a proposta do reconhecimento deste tipo de união , com a devida aprovação , tornou-se possível regularizar e registrar as uniões estáveis , haja vista que está garantida em lei e com todos os seus direitos e deveres.
Agora, os companheiros comumente denominados homoafetivos podem usufruir com plenitude a cidadania, porque os positivistas plantonistas não podem ir de encontro a uma decisão judicial prolatada em sede de controle abstrato de constitucionalidade.
Esse julgamento certamente há de exercer uma influência benéfica no Congresso Nacional, a fim de que projetos de lei sejam aprovados com vistas ao casamento civil e ao indispensável e urgente combate à discriminação. A propósito, segundo os Princípios de Yogyakarta:
“A discriminação com base na orientação sexual ou identidade gênero inclui qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na orientação sexual ou identidade de gênero que tenha o objetivos ou efeito de anular ou prejudicar a igualdade perante à lei ou proteção igual da lei, ou o reconhecimento, gozo ou exercício, em base igualitária, de todos os direitos humanos e das liberdades fundamentais.” [...] (CORRÊA, 2007, p. 12).
METODOLOGIA
A presente pesquisa monográfica será desenvolvida sob o enfoque descritiva. Adotar-se-á a pesquisa empírico-social, com abordagem qualitativa. Realizar-se-á uma pesquisa bibliográfica, com coleta de dados secundários, pautada na legislação, doutrina e jurisprudência nacional.
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de Conclusão de Curso.
ATIVIDADES | 2016 | 2017 | ||||||||||
AGO | SET | OUT | NOV | DEZ | JAN | FEV | MAR | ABR | MAI | JUN | JUL | |
Escolha do tema. Definição do problema de pesquisa |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Definição dos objetivos, justificativa. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Definição da metodologia. |
|
|
|
|
|
|
|
| x |
|
|
|
Pesquisa bibliográfica e elaboração da fundamentação teórica. |
|
|
|
|
|
|
|
| x |
|
|
|
Entrega da primeira versão do projeto. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Entrega da versão final do projeto. | ||||||||||||
Revisão das referências para elaboração do TCC. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Elaboração do Capítulo 1 . |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Revisão e reestruturação do Capítulo 1 e elaboração do Capítulo 2. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Revisão e reestruturação dos Capítulos 1 e 2. Elaboração do Capítulo 3. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Elaboração das considerações finais. Revisão da Introdução. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Reestruturação e revisão de todo o texto. Verificação das referências utilizadas. | ||||||||||||
Elaboração de todos os elementos pré e pós-textuais. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Entrega da monografia. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Defesa da monografia. |
REFERÊNCIAS
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 2ª ed. Revista. Porto
Alegre: Editora Livraria do Advogado, 2005.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil – 1988. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/.
...