O FURTO PRATICADO EM ATENDIMENTO À NECESSIDADES BÁSICAS PODE SER ETICAMENTE JUSTIFICÁVEL?

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ALUNOS RESPONSÁVEIS PELO PRESENTE TRABALHO DA DISCIPLINA DE ÉTICA

Jonas da Silva
Lucas Luiz Arcari
Marcilene da Assunção Silva
Peter Schopel Belettini
Rosangela Bertuol Noer Rothe

O FURTO PRATICADO EM ATENDIMENTO À NECESSIDADES BÁSICAS PODE SER ETICAMENTE JUSTIFICÁVEL?

Esse é realmente um grande dilema encarado da perspectiva da ética, pois vivemos num mundo em que é cada vez mais difícil adotar uma teoria filosófica única para explicar e entender todas as ações humanas, adotando como sendo uma verdade absoluta frente a complexidade das pessoas e dos sistemas em que vivemos.

Para entender melhor este dilema é importante saber que a origem das leis no mundo sempre foi carregada de misticismo, paixões , emoções e de grandes desigualdades, e que a ética desde seus primórdios de alguma forma não se encontrava dentro das leis.

O furto praticado para saciar as necessidades básicas sempre existiu, e sempre analisada semelhante ao furto comum, justamente por nossas leis terem sua origem em dogmatismos religiosos, ficando bem claro nessa passagem bíblica que afirma que: “Não sereis injustos em vossos juízos: não favorecerás o pobre nem terás complacência com o grande; mas segundo a justiça julgarás o teu próximo.
Levítico 19:15

Na Teoria Universalista aplicada a esse caso de desespero de uma mãe frente à necessidade de sua família, e a sua impotência em resolver suas necessidades básicas, nos coloca num dilema, que essa teoria parece ser injusta visto que nesta teoria uma pessoa para agir de forma ética um dos princípios é não agir com inclinações, no entanto não agir com inclinação quando se tem 10 filhos passando necessidade em sua casa é impossível. No segundo princípio da Teoria Universalista é do Imperativo categórico, que se conceitua por agir de forma que nossas ações se tornem verdades universais, mas agir de maneira que nossas ações se tornem verdades universais,  frente uma sociedade com tantas desigualdades é impossível estabelecer esses padrões éticos

Assim sendo, o direito de propriedade e a ética Universalista somente poderá prevalecer enquanto não atinja os direitos básicos da dignidade da pessoa humana.

Mas entendemos qualquer orientação ética precisa assegurar certos direitos fundamentais ou naturais, mas sem abrir mão de um mínimo ético, de uma reserva básica de direitos que devem ser assegurados igualitariamente para que, a partir daí, se possa construir uma idéia de justiça e ética.

Na Teoria do Utilitarismo é mais justo compreender o comportamento da mãe desesperada, pois nessa teoria é voltada para o bem-estar das pessoas, onde esse bem-estar deve ser maximizado, e o sofrimento minimizado, sendo assim o fato da mãe buscar o bem-estar mínimo de sua família é justificável, mas não poderá ser aceitável de forma indiscriminada pois será necessário sempre olhar cada caso observando o princípio mínimo da dignidade humana  a ser preservado.

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