O JEITINHO NA SOCIEDADE BRASILEIRA

                   O JEITINHO NA SOCIEDADE BRASILEIRA

                                                                                                   Aline Cristina da Silva^[1]

              No presente trabalho iremos abordar: O mapa social do jeitinho, tendo como experiências nossa pesquisa de campo sobre o jeitinho, e como referência para a elaboração do trabalho, o texto do antropólogo Roberto Damatta “O Que Faz o Brasil, Brasil?”.

              Como relata o texto, e a experiência em que tivemos com a pesquisa, o jeitinho é universal, milhares de pessoas praticam ou já praticaram o jeitinho uma única vez, é como um vicio incontrolável. A palavra jeitinho uma expressão brasileira, não consta no dicionário, sendo entendida como uma habilidade, facilidade, malandragem, improviso, um ato praticado para se dar bem ou passar por cima de algo. A maioria dos entrevistados confessam que já deram um jeitinho para seu próprio beneficio, sem imaginar que estariam prejudicando outros.

              Muitos dos entrevistados confessaram que já deram um jeito, já encontraram alguma solução para improvisar, flexibilizar algo, como: furar a fila, que já é algo praticados por todos em áreas públicas e particulares, pagamento de propina, casos de doenças, emergências, e exploração aos servidores públicos, todas essas situações citadas tem um único objetivo, obter vantagens ilícitas, assim concluindo  que não é ético agir em beneficio próprio em detrimento dos demais, não enxergamos mais a nossa noção de cidadania brasileira, de justiça, igualdade e liberdade, não há participação real da sociedade, falta consciência, até onde sabemos que esse jeitinho deixa de ser um favor e nos leva a corrupção? , quem recebe um favor certamente terá de retribuí-lo de algum modo, como agradecimento ou obrigação, havendo uma reciprocidade. Como mostra o texto as pessoas dão jeitinho umas paras as outras, já a corrupção ultrapassa todos os parâmetros de injustiças, praticando desigualdades entre classes e pessoas.

              A questão é que não sabemos da onde veio esse jeitinho, se é algo próprio da cultura brasileira ou da educação familiar, até onde vai a nossa malandragem? Já mencionamos que o jeitinho pode ser um jogo de cintura, um molejo, para beneficio de si próprio, mais qual o momento sabemos que ele ultrapassa os limites morais?

              A maior parte das pessoas tem dificuldade em imaginar uma nação onde não existam dominadores e dominados, poderosos e oprimidos. Ela foi dividida em culturas diferentes, religiões diferentes, nações diferentes, costumes e princípios diferentes. Olhando a humanidade como um conjunto, é fácil perceber o quanto ela tem para evoluir, a justiça deve buscar o direito básico de toda a igualdade entre cidadãos, pois todos são iguais perante a lei, a melhor forma de combater a injustiça é a conscientização e o comprometimento das pessoas.Todo cidadão pode contribuir de alguma forma, pode ser na sua comunidade, principalmente na criação de novas leis, não para ficar somente no papel, mais fazê-las serem cumpridas, exercer a cidadania. Iremos  trabalhar num mesmo objetivo, num mesmo sentido, tem que solucionar os conflitos, e trazer soluções, conscientizando a população de que a justiça começa pela mudança de hábitos já dentro de casa, assim teremos mais qualidade de vida. A garantia é, uma sociedade determinada a respeitar as leis e a igualdade,e sem nunca nos esquecermos fazer aos outros aquilo que gostaria que fizesse com você.