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O Julgamento de Nuremberg

Por:   •  9/6/2021  •  Resenha  •  881 Palavras (4 Páginas)  •  125 Visualizações

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APS: O JULGAMENTO DE NUREMBERG (1961).

O filme “O Julgamento de Nuremberg” é baseado em fatos reais. Trata-se de

julgamento no pós Segunda Guerra Mundial feito por tribunal militar internacional

para julgar quatro juízes que contribuíram com as atrocidades nazistas durante a

Segunda Guerra.

Vale lembrar que a escolha de Nuremberg para sediar tais julgamentos se

tratava de simbologia de escolha pois ali era utilizados pelo Partido Nazista para

elaboração de suas conferências, comícios e passeatas de propaganda. Sendo

assim, ali onde as decisões eram tomadas, também seria o local onde iria purgar e

limpar os crimes cometidos.

Era um desafio, já que se tratava da busca por retribuições destes crimes

apenado pelos quatro juízes e a responsabilidade por eles na qual podia ser

questionada. De um lado se dava olhar para povos judeus que foram as vítimas

dessas séries de crimes à humanidade (holocaustos), porém, de outro, ao povo

alemão representados pelos juízes do terceiro reich.

Apesar da promotoria querer condená-los passa por dificuldades específicas

no caso, pressão políticas sobre a acusação, e também pelo fato dos americanos

começarem a perceber que precisam do apoio do povo alemão na luta contra os

soviéticos na Guerra Fria.

Ao início do filme a promotoria levanta justificativas contra os quatros juízes:

perseguição e eliminação do povo judeu e de todos que foram considerados

inimigos do povo alemão (comunistas e pessoas com deformidades físicas ou

mentais), ou seja, necessidade de recompor os bárbaros crimes cometidos pelos

nazistas, que suscitava de um desejo de vigança; e o fato que o promotor afirma que

os réus destruíram a Justiça ao violar direitos constituicionais e partilhar de crimes

repudiados. Em sequência vem a defesa, dizendo que em tese seus clientes apenas

aplicavam as leis existentes naquele período e que não tinha consciência das

atrocidades cometidas, e ainda que eles não tinham alternativas, senão seriam

traidores perante sua pátria. E por fim, levanta a questão que quem estava sendo

julgado era o povo alemão como um todo, já que eram considerados monstros por

ter permitido poder a Hitler - uma frase interessante citada por uma alemã, a viúva2

Berthot ao juíz que prosseguia o caso, Juiz Haywood, é “arte da vingança que os

vencedores fazem aos vencidos”, para o inimigo o pior e por aliado nada.

Argumentou que os interesses de cada Estado fizeram com que acordos

fossem travados com Hitler, como a Rússia fez com Hitler em 1933. Quanto às

milhares de mortes de civis inocentes em Hiroshima e Nagasaki executado pelos

Estados Unidos? Todos, tinham e deveriam ser julgados.

A estratégia do advogado era desviar a atenção sobre os réus suscitando a

hipocrisia daqueles que se julgavam superiores ao povo alemão (condenar),

colocando em papel de vítima, como por exemplo utilizando o contexto da Primeira

Guerra.

O Promotor coloca em pauta não só as atitudes dos juízes como também o

sofrimento das vítimas do holocausto, onde chega transmitir no tribunal cenas fortes

de judeus mortos tendo seus corpos jogados nas valas.

No filme fica bem evidente que não era um caso fácil, onde não se proferiu

uma decisão usando a base e raciocínio lógico, a emoção perpassa em todo

processo desde das primeiras e últimas palavras da defesa e acusação. Por

exemplo, uma das cenas mais marcantes do filme, onde o réu Ernst Janning, que

não se aguenta no caso Feldstein, e afirma sua culpa e responsabilidades pelos

seus atos e diz que não tinha conhecimentos sobre os crimes, mas deveriam ter,

porém,

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