O OLHAR DA PSICOLOGIA SOBRE O FILME

            O OLHAR DA PSICOLOGIA SOBRE O FILME.

O transtorno bipolar do humor já foi retratado em outros filmes, mas aqui temos outras particularidades, não só deste diagnóstico, mas de outras formas de reagir aos conflitos existenciais. O foco da trama é a história sobre Pat, que acabou de sair da clínica psiquiátrica, onde foi internado por ter batido no amante de sua esposa.

 Ele descobriu que era um bipolar não diagnosticado, porém se recusa a se medicar além de estar obcecado com a ideia de reconquistar sua esposa, ele tem que enfrentar o preconceito, o medo e o desprezo de vizinhos e amigos. Durante sua jornada de recuperação, conhece uma garota chamada Tiffany, que também se encontrava em uma etapa difícil da sua vida, após se tornar viúva, ela desenvolve compulsão sexual, adquirindo um comportamento promíscuo que lhe traz má fama aos olhos das pessoas a sua volta. Para ambos houve um conflito insuportável como agente provocador do desequilíbrio, ponto que tanto os atrai quanto repele a ambos. O pai do Pat (protagonista) é um senhor de meia idade viciado em apostas, que acredita seriamente que alguns resultados de jogos são influenciados pela presença ou não de alguém na sala ou acontecimentos importantes que ocorram simultaneamente ao jogo. Além de arriscar a estabilidade familiar com apostas, ele apresenta alguns sintomas de TOC, o descontrole emocional é frequente, porém não é restrito ao protagonista.

 Ao abordar os sintomas da bipolaridade, são evidentes os episódios de euforia quanto os de depressão. O filme de fato, reproduz os sentimentos internos de diferentes personagens e aos poucos identificamos mania, obsessão, compulsão, euforia, descontrole e depressão, isso acontece durante o processo de Pat, que através do encontro com Tiffany, Pat vai lentamente se descobrindo interessante destacar a importância da arte, a dança durante o processo, que se revela terapêutico para ambos.

Em algumas cenas Pat está vestido em saco plástico preto (saco de lixo) podemos perceber que isso é uma fuga da realidade, o lixo é a exteriorização do que ele sente por dentro.

OBS: Pat descobriu que era um bipolar não diagnosticado, porém se recusa a se medicar. Isso indicar negação que é um mecanismo de defesa porque aparece por trás de muitos dos outros. Quando você usa a negação, você simplesmente se recusa a aceitar a verdade ou a realidade de um fato ou experiência.

A negação pode impedi-lo de incorporar informações desagradáveis sobre o “EU” e sua vida e com isso ter consequências potencialmente destrutivas.

A capacidade de negar partes desagradáveis da realidade é a contrapartida  da “alucinatória dos desejos” Anna Freud chamou isso de chamou esse tipo de recusa de reconhecimento do desprazer em geral “pré-estádios da defesa” .

Expiação: Quando uma pessoa infringe um padecimento físico, emocional ou social para “pagar” algum pensamento ou ação que considerou inaceitável.

Negação e Expiação são baseadas na linha de abordagem da Psicanalise Freudiana (Freud).

Anna Freud – Foi uma Psicanalista é filha de Freud, Anna que forneceu a aparência mais clara e abrangente aos mecanismos de defesa, tais como Negação, Repressão e Supressão, tornou-se conhecidos que  hoje eles são usados frequentemente na linguagem cotidiana.