Análise Do Filme "Laranja Mecânica" E Sua Relação Com A Psicologia
Artigo: Análise Do Filme "Laranja Mecânica" E Sua Relação Com A Psicologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: isaborgheti • 8/8/2014 • 811 Palavras (4 Páginas) • 850 Visualizações
Baseado no livro de Anthony Burgess e produzido em 1971, o filme conta a história do jovem Alex de Large. Líder de uma gangue, fissurado por pornografia e, usando seus próprios termos, por “ultraviolência”. A escolha do nome do personagem, faz referência a Alexandre, o Grande mas também vendo sua origem do latim, A-lex significa “sem lei”, ou seja, aquele que não é governado. E, pode-se perceber que, por agir sempre de acordo com seus instintos violentos e agressivos, nem ele se governa.
O termo “laranja mecânica” vem de uma expressão inglesa: “tão bizarro quanto uma laranja mecânica”, que se refere a pessoas aparentemente normais, mas que são manipuladas como fantoches. O que se encaixa perfeitamente no sentindo do filme que visa demonstrar uma sociedade de adolescentes egoístas, sarcásticos e mal criados, cujos pais ou aqueles que deveriam tomar conta destes estão ocupados demais com outras coisas ou exercem apenas atos manipuladores e repreensivos. Ainda assim, todos são manipulados e alienados pelo governo.
Não tão diferente do que pode ser observado hoje, ainda que na história tudo seja retratado de forma clara e explícita.
E é exatamente isso que o livro/filme quer retratar. Faz uma séria crítica à quanto pessoas podem ser más, manipuladas e “cegas” quanto ao mundo que as cerca.
Ao passar da história o protagonista, Alex, acaba preso por assassinato, após sua própria gangue, cansada de sua liderança autoritária, armar contra ele. Já na prisão, oferecem a ele a oportunidade de participar do “estudo Ludovico”, onde “o mal seria transformado em bem” e assim ele estaria curado e livre em menos de um mês.
Estudando as escolas da Psicologia, pode-se perceber que tal tratamento é um exemplo de psicologia behaviorista.
Os olhos do prisioneiro estavam impedidos de fecharem-se por conta de cabos de aço, e a sua frente passavam em uma tela cenas contínuas de violência extrema. Alex ingeria “vitaminas” que eram, na realidade, remédios induzindo seu mal estar. Assim, seria feito uma associação cenas de horror – mal estar, condicionando o paciente do experimento a não voltar a cometer crimes, pois isso lhe faria passar mal.
Saindo da visão behaviorista, podemos perceber também, que em pró da correção do comportamento de Alex ele também acaba por ser agredido e humilhado por “homens da lei”, o que a meu ver é um tanto paradoxal. Sabemos que esta é a realidade na maior parte, se não de todos, os presídios. São muitas às vezes em que os direitos humanos ficam esquecidos e tende-se a corrigir mau comportamento com violência não só física mas também moral.
Não só este, mas muitos outros pontos do filme podem e devem ser discutidos. A história contém além de grande conteúdo de estudo psicológico (como por exemplo: o que levou os jovens a agirem de tal forma?), conteúdo moral, filosófico e sociológico.
Devo citar o fato de que o tutor judicial de Alex esperava por sua melhora, não visando o bem estar deste, mas sim o sucesso que poderia ser obtido com seu trabalho. Apesar de que, em tese, ele deveria trabalhar para a recuperação e reajustamento do protagonista, o que o tutor realmente desejava era reconhecimento.
Os pais de Alex ilustram perfeitamente uma sociedade vil e manipulada. E não
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