O POVO BRASILEIRO DARCY RIBEIRO

O POVO BRASILEIRO

DARCY RIBEIRO

É notório no trabalho de Darcy Ribeiro, que existe uma preocupação com o futuro do Brasil, observando o desenvolvimento muito rápido após guerra, o autor vê a necessidade de ordenar as nossas necessidades para que tenhamos no futuro um Brasil com boa qualidade de vida.

Os europeus já tinham conhecimento da existência do Brasil no século XI e só posteriormente Portugal resolveu oficializar a descoberta no ano de 1500, levando o Brasil a ter uma cultura sincrética, como origem os invasores europeus, índios e negros africanos, o que resulta em um povo novo, mas com matrizes diferenciadas, mas com comportamento igual , sem apego ao passado.

O nascimento do Brasil para de uma utopia europeia, pois o Brasil já tinha uma população de índios em torno de 8 milhões, que provavelmente veio do oeste da Amazônia espalhando se pelo o Brasil e retornando a Amazônia em um prazo de 10000 anos.

As aldeias são uma unidade social e auto-suficiente, os tupinambás tiveram um contato mais próximo com os europeus, seus maiores gostos eram pela guerra e pela festa. Os tupis tinham referencias fortes dos seus povos.

Eles tinham uma linha muito tênue entre a realidade e o sonho, acreditavam em paraíso e em espíritos, suas atividades eram rodeadas de espíritos, como o espírito da guerra, espírito da colheita, espírito das águas e etc.

Os tupis construíam malocas únicas que viviam cerca de 600 pessoas em espaço aberto e sem entrarem em conflito, reconheciam autoridades as quais denominavam de morubichabas.

Outros aspectos interessantes são as separação dos casais que se davam de forma simples e sumária, bastava um queres, embora o caso do adultério e tratado de forma mais rígida, com espancamento feito pelo homem.

As mulheres tinham os seus afazeres e os homens os seus, eles não entendiam e nem recebiam ordens, mas tinham consciência plena da obrigação para a manutenção da sociedade indígena.

De todos os relatos apresentados só posso concluir que os europeus , o pele branca, invade uma cultura milenar, que apresenta aspectos sólidos de uma sociedade equilibrada e que visava o bem estar do individuo e tinha como meta viver e viver bem, mas o pele branca impõe os seus costumes através de invasões territoriais e de castigos com a tentativa de escraviza-los, tentativa essa frustrada devido a forma de pensar do silvícola. O homem branco perde uma grande oportunidade de aprender com essa cultura, principalmente no que tange ao aspecto social.

O homem branco na sua ambição simplesmente absorve os conhecimentos indígenas, referentes a sua medicina homeopatica e a sua cultura agrícola.