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O PRÍNCIPE DE MAQUIAVEL

Por:   •  6/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.777 Palavras (16 Páginas)  •  307 Visualizações

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O PRINCÍPE DE MAQUIAVEL


Nicolau Maquiavel inicia sua obra citando como funciona os principiados. Segundo ele um principiado pode ser:
• Hereditário: quando o Príncipe é descendência antiga, ou,
• Novo. O novo por sua vez se caracteriza de duas formas: Completamente novo (que não possui nenhum tipo de descendência) ou por apêndices do Estado soberano.
Nicolau usou para exemplificar essa modalidade de “novos principados” o príncipe Francisco Sforza, de Milão (completamente novo) e o Rei da Espanha, de Nápoles (apêndice do Estado).
Maquiavel procura também demonstrar como governar o principado sem correr o risco de perdê-lo.
Segundo Nicolau, no principado hereditário, manter o poder é mais fácil do que nas outras modalidades, basta manter as formas de governo de seus antecessores. As chances de perder um principado hereditário são pequeníssimas e caso isso aconteça, retomá-lo não exige grande dificuldade.
Segundo Maquiavel, as maiores dificuldades estão nos principados novos. Para ele os príncipes “novos” têm uma necessidade natural e ofender seus súditos com armas e injúrias, fazendo destes seus inimigos. Por mais forte que seja o exército de um príncipe, ele sempre necessitará da ajuda dos habitantes para entrar em uma província.
Nicolau usa o exemplo de Luis XII, Rei da França, que ocupou rapidamente Milão, mas, na mesma rapidez, o perdeu.
Para um novo príncipe manter com tranqüilidade o poder em um Estado que conquista, basta eliminar completamente os herdeiros do príncipe que o controlava. A grande dificuldade está quando se conquista uma província ou Estado de costumes e línguas diferentes das suas, é preciso muita habilidades também sorte para manter o poder. Uma das maneiras mais fáceis seria se a pessoa que conquista essa província vivesse lá, para desfazer com as desordens que surgem logo no inicio. Outra forma também de manter o poder com mais segurança seria a de instituir colônias, que não dão gastos e são mais fiéis ao Estado, sendo mais fáceis de controlá-las. Outro pequeno empecilho do governo de um príncipe são as pessoas menos potentes, pois, quando um estrangeiro, muito potente, entra em uma província, todos os menos potentes unem-se a ele devido à inveja que os mesmos têm dos que eram mais do que os mesmos. O príncipe deve então, imediatamente, tentar conseguir o apoio destes, para que eles não lhe causem problemas.
Os Romanos, nas províncias que conquistaram, sempre lidaram bem com essas questões, formaram colônias, entreteriam os menos potentes para que estes não ganhassem força, enfraqueceram os mais potentes e não permitiram que a fama dos estrangeiros se espalhasse. Os romanos procuravam prever os males que nasciam e remediálos antes que se tornassem incuráveis.
Considerando as dificuldades de manter o poder sobre um Estado recém-conquistado, podemos ficar impressionados com Alexandre o Grande, que logo após tornar-se senhor da Ásia e ocupar a mesmo, morreu. O mais esperado seria uma rebelião do Estado, mas, os sucessores de Alexandre mantiveram o poder sem nenhuma dificuldade, exceto as que nasciam entre eles próprios.
Todos os principados dos quais se tem memória são governados ou por um príncipe e todos os outros como servos, ou, por um príncipe e por barões. Estes barões possuem estados e súditos próprios, porém, os barões também são súditos do príncipe, que é o poder maior do Estado.
Quando os Estados estão acostumados a viver com suas próprias leis, há três maneiras para manter o poder no mesmo.
A primeira maneira seria aniquilá-los, outra, seria residir neles ou ainda, deixar as pessoas viverem com suas leis, retirando uma renda e criando um governo interno de poucos para manter o consenso.
Na verdade a maneira mais segura de conquistar uma cidade com costumes e leis diferentes é destruí-la, caso contrário, certamente ela destruirá seu conquistador.
O grau das dificuldades de um principado conquistado por um príncipe novo depende muito das virtudes do mesmo. Aqueles que se tornam príncipes por suas virtudes, conquistam o principado com dificuldade, mas o mantém com muito mais facilidade. Isso acontece, pois introduzir novas leis e costumes, pois, os que se beneficiavam com os antigos, certamente tornar-se-ão inimigos e sempre que tiverem a oportunidade de atacar, com certeza o farão. Por isso deve haver extremo cuidado ao implantar inovações em estados que prezam os antigos costumes.
Quem se torna príncipe pela sorte não mostra trabalho e demonstra dificuldade para se manter na posição. Conseguem alcançar os objetivos, mas quando chegam ate ela não sabe o que fazer. Nas cidades de Jônia e Helesponto na Grécia muitos destes foram transformados em príncipe por Dario em troca de dinheiro.
Nesses casos para se tornar possível a acessão ao poder era preciso acima de tudo sorte, pois essas pessoas não sabem comandar, são pessoas comuns quesempre viveram no anonimato, não tem raízes solidas fazendo com que assim a primeira tempestade os derrubar. A não ser que o possível príncipe tenha tanta virtude e que a sorte de ter conquistado o reinado o ajude a governar.
Dois exemplos destes príncipes de sorte e valor são Francisco Sforza, cidadão comum com inúmeros valores e César Borgia que adquiriu poder graças a influencia do pai.
Alexandre VII lutou pela grandeza de seu filho César, por isso enfrentou muitas dificuldades, mesmo sabendo que ele não poderia governar.
Agátocles chegou a ser rei da Siracusa, tendo sempre vida criminosa. Seu governo manteve-se pela violência. Em um dia qualquer convocou o povo de Siracusa alegando que precisava tratar de assuntos importantes, todos os senadores e as pessoas mais ricas foram assassinadas por seus soldados. Depois deste episódio não houve mais nenhuma oposição sobre seu governo, mesmo sendo derrotado por duas vezes pelos cartagineses deixou uma parte de seus soldados empenhados em fazer sua segurança à outra foi mandada a invadir a África e assim a dominou.
Durante o pontificado de Alexandre VI o caso de Oliverotto de Fermo, órfão que foi criado por um tio e educado para seguir na careira militar, após a morte de seu tio em pouco tempo tornou-se primeiro homem da milícia e com a ajuda de alguns cidadãos ocuparam Fermo. Oliver Otto convidou seu tio Fogliani e toda asociedade mais importante de Fremo para um banquete, e se pôs a falar sobre o papa Alexandre e seu filho César. Várias pessoas que estavam ai presentes contestaram dizendo que aquele assunto deveria ser tratado em local privado, no mesmo instante soldado que estava escondido no local e mataram os que estavam presentes.
Como todos os que poderiam prejudicar seu reinado estavam mortos. Formou um novo governo e consolidou uma nova organização civil e militar, após um ano tinha autoridade absoluta sobre a cidade de Fermo e era temido por todos os vizinhos. Foi difícil derrubá-lo do poder, mas se deixou enganar por César Borgia e naquela ocasião foi assassinado.
Ao invadir um estado o conquistador deve definir todas as crueldades que serão necessárias tomar e praticá-las todas de uma vez, assim o povo esquecera com mais rapidez e o mesmo não precisara andar sempre armado temendo que algo aconteça. Se cometidas todas ao mesmo tempo as injúrias ofenderão menos o povo e assim obterá maiores benefícios em seu reinado.
O cidadão que se torna soberano pelo favor de seus concidadãos é o chamado governo civil, atingem esse governo por meio de opinião popular ou aristocracia. Essa governança nasce do desejo de subtrair a opressão dos poderosos e da tendência destes últimos para dirigir e oprimir o povo, surgindo assim uma de três conseqüências: o governo absoluto, a liderança ou a desordem. O governo é instituído pelo povo ou pro aristocracia. Quando os ricos não conseguem resistir à opressão da massa unense e escolhe um componente para se tornar príncipe, já os povos não conseguindo derrotar os ricos procuram escolher um representante que possa os proteger com sua autoridade. Quem chega ao poder por meio dos ricos tem mais dificuldade de se manter no governo do que quem é escolhido pelo povo, pois este esta rodeado de semelhantes.
Quem chega ao poder pelo favor popular tem dificuldade em satisfazer a nobreza por meio da conduta justa, mas consegue com facilidade satisfazer a massa.
Os nobres pertencem a duas categorias, comportando-se de modo a compartilhar da sorte do soberano devem ser respeitados e estimados; os que se mantêm afastados devem ser observados por dois critérios: uns agem assim por covardia e outros agem com propósitos definitivos e objetivos ambiciosos. Quem se torna príncipe pelo favor do povo precisa manter sua estima pelo povo, pois a única coisa que ele deseja é não ser oprimido e quem chega ao poder pelo apoiado pelos nobres deve fazer exatamente o contrario.
Quando um príncipe consegue se manter por si próprio com abundancia de dinheiro e homens pode reunir um exercito suficiente para defender-se de quem quer que o ataque, de outro modo quem precisa sempre do poder alheio não conseguira combater seus inimigos, e são forçados a se refugiarem, permanecendo na defensiva.
Na Alemanha o povo só obedece ao imperador por vontade própria, o príncipe que é o senhor de uma cidade poderosa não se faz odiar e não poderá ser atacado.
Nos Estados eclesiásticos todas as dificuldades se situam no período que precede a sua conquista, por mérito ou por sorte. São pelos fortes costumes religiosos que os príncipes conseguem se manter no poder independente da sua conduta ou modo de vida, eles pode ter Estados sem defendê-los e súditos sem governá-los e mesmo assim seus Estados não são tomados.
O papa que era rei da Itália foi expulso e quem passou a governar foi Carlos que antes era rei da França. Suas preocupações principais eram: evitar a invasão por estrangeiros à Itália e impedir que os governantes existentes estendessem seu domínio. O papa e os venezianos precisavam ser vigiados com cuidado especial.
Dentre todos que sentaram no trono de Pedro, foi Alexandre VI quem melhor demonstrou o quanto um papa pode dominar pela força e por dinheiro. Depois dele veio o papa Júlio que dominou toda Romana. Decidiu também tomar a Bolonha, derrotar os venezianos e expulsar os franceses da Itália.
As principais bases que os Estados têm, sejam velhos, novos ou mistos, são as boas leis e as armas.
As forças que o príncipe utiliza para manter seu estado são as próprias, as mercenárias ou as mistas. Sendo as últimas inúteis eperigosas, porque não são unidas ao príncipe, sem fé, indisciplinados. Quem depende dessas forças apenas adia sua ruína quando adia um ataque, pois, essas tropas não dão suas vidas ao soberano em troca de um modesto salário. Estas tropas sempre são de má qualidade, os capitães ou são grandes militares, e assim aspirarão sua glória, ou não são nada e levam o Estado a ruína. Por isso quem deve estar à frente da tropa é o príncipe em pessoa ou uma pessoa de confiança da republica para assumir esse posto.
As forças militares auxiliares são tão inúteis quanto às mercenárias. Se perderem está anulado, se vencerem será seu prisioneiro. O maior perigo nas tropas auxiliares é o valor, pois, não é você que as paga e organiza como é o caso das tropas mercenárias, mas sim um terceiro. Por isso, muitos príncipes, preferem perderem com suas forças a vencer com o auxílio das outras numa falsa vitória, pois não terá nenhuma segurança sem sua tropa. Forças próprias são compostas por súditos, cidadãos ou mesmo servos, os outros são mercenárias ou auxiliares.
O principal objetivo de um príncipe não deve ser outro, a não ser a guerra. Quem a despreza pode levar seu Estado à ruína, ao contrário de quem a domina. Uma forma de praticar a arte da guerra são as grandes caçadas, lá é que o corpo se habitua a natureza, que conhece os montes, fazendo com que o príncipe conheça seu país e seus meios de defesa, podendo formular hipóteses e armar estratégias. Portanto, um príncipe nunca, em tempos de paz, pode deixar em pensar em guerra se pretende se tornar vitorioso.
Nicolau também analisa como um príncipe deve comportar-se diante súditos e amigos. O príncipe deve ser realista, ver as coisas de seu principado como a pura verdade e não imaginária. Quem não presta a atenção em como vive pode provocar sua ruína. Também diz ser necessário aprender ser mau para quando precisar, puder assim ser. As qualidades muitas vezes vão lhe valer injurias ou elogios. Mas o mais importante é que o príncipe saiba praticar suas qualidades para assegurar seu poder e evitar os defeitos que possam acabar com seu governo.
Segundo Maquiavel, é bom ser considerado liberal. Mas poderá ter uma idéia contraria, pois o liberalismo pode consumir os recursos do Estado, assim causando um aumento de tributos. Portanto um príncipe tem que economizar para não roubar de seus súditos; poder se defender; não empobrecer; ser desprezível ou tornar-se um ladrão. Mas, ao príncipe que vive a frente de seus soldados e a riqueza é alheia, é bom e necessário ser liberal.
Todo príncipe deve desejar que seus súditos o tenham como piedoso e não por cruel. Cesar Bórgia foi considerado cruel, mas sua crueldade reconciliou Roma, devolvendo ao estado a paz e a fidelidade.
Todo príncipe deve ser poderoso, em tudo o que faz sem temer seu próprio poder, com prudência e benevolência. Porem nasce a duvida se é melhor ser amado ou temido. O ideal seria ter as duas opções, mas em realidade pode-se dizer que os homens são ingratos e volúveis; quando precisam de você, existe uma importância, porém quando não precisam, esquivam-se. Quando se faz temer, firma-se um compromisso ético e os homens, por medo de punição, não o abandonam jamais.
Quando um príncipe estiver à frente de um exército, devera se preocupar em manter esse exército unido para qualquer obstáculo. Jamais devera se preocupar em ser temido ou amado.
Os locrenses abatidos por um legado de Cipião, por este não foram vingados, pela sua natureza complacente. Prova disso, um senador foi à tribuna para falar, que a exemplo de Cipião muitos homens sabiam como não cometer os crimes, e não como puni-los.
O príncipe é louvável quando honra a sua palavra, puser os príncipes pouco se preocupam em cumprir suas promessas. Existem dois métodos de combater as falhas: um é o método dos homens, que são as leis; já o segundo método é o dos animais, a força. O príncipe devera saber cumprir suas regras, pois muitos dos príncipes foram confiados ao centauro Quirão, para serem educados. Todo príncipe precisa saber valer-se de sua natureza animal.
Nem toda promessa de um príncipe devera ser cumprida,quando esta pode voltar-se contra si, podendo comprometê-lo. Podem, por inúmeras razões, defender-se por não cumpri-la.
Um exemplo, seria Alexandre VI, jamais pensou em não iludir os homens, pois conhecia muito bem a vida publica e sempre encontrou argumentos ao seu favor.
Não é necessário o príncipe possuir todas as qualidades de um príncipe, saber fingir que as conhece já esta bom. O príncipe deve sempre passar uma boa impressão, saber colocar as palavras corretamente, pois dessa forma, mesmo não sendo o correto, ninguém vai questioná-lo sobre o assunto. Deve-se ter todo o cuidado para não agredir a sua própria reputação.
Sempre apresentar firmeza, grandeza, e coragem a impressão é importante, não pode demonstrar ódio, desprezo, fraqueza. As conjurações não devem intimidar o príncipe, pois príncipes prudentes terão o povo satisfeito.
A França é o reino com melhor constituição dos tempos, há liberdade e segurança do Rei. A primeira é o Parlamento e a sua autoridade. Dessa forma o Rei será poupado de uma possível acusação da parte dos grandes quando favorecer o povo.
Enquanto os outros principados tinham que combater a ambição dos grandes e a insolência do povo, os Imperadores romanos tiveram a terceira dificuldade, suportar a crueldade e a concupiscência dos seus soldados. O povo prezava a paz, já os soldados, a arrogância, e a crueldade, ficava difícil para o soberano satisfazer o povo e o exercito.
Para não contrariar o exercito os soberanos optavam em ficar do lado do exercito temendo que estes se voltassem para si. Como o príncipe quer garantir seu poder, devera sempre averiguar qual a melhor opção para si, se o povo, os grandes ou os soldados.
Os contrastes e qualidades de Cômodo, de Severo, de AntonioCaracalla e de Maximino, podem formar a idéia de que eram cruéis e rapaces, eles faziam de tudo para satisfazer os soldados, não pouparam o povo de nenhuma arbitrariedade, todos tiveram um fim desgraçado, menos Severo.
Severo teve ações grandes e favoráveis e soube valer-se dos personagens da raposa e do leão. Como o Imperador Juliano era indolente, Severo persuadiu a milícia em que era capitão na Ilíria e tomaram o caminho de Roma, e se vingarem do assassino de Pertinax, o qual fora eliminado pela guarda pretoriana. Contudo partiu com seu exercito em direção a Roma , entrando na Itália , sem que houvesse a noticia de sua partida chegado em Roma, Severo foi eleito Imperador por um senado ,com temor, e Juliano assassinado.
No poder Severo, descobriu um feroz leão e uma raposa astuta, com isso reverenciado por todos sem ser odiado pelas milícias. Sua altíssima reputação escudou-o contra o ódio do povo.
Seu filho Caracalla, também foi um homem de muitas qualidades, porem muito cruéis e acabou sendo assassinado por um centurião de suas próprias fileiras.
Já Antonio não maltratava apenas aquelas pessoas do qual necessitava, mandou ate matar seu irmão. Também estava de guarda capaz de destruí-lo e o matou.
Cômodo tinha o poder nas mãos, passando para seu filho Marco que era cruel e bestial que acabou como alvo de uma conspiração, que acabou com a sua morte.
Maximino também foi Imperador, não por muito tempo. Sua origem era humilde, mas tinha fama de ser muito cruel.
Para os príncipes exceto para o Grão-turco e para Sultão, há maior necessidade de satisfazer o povo que as tropas, sendo que o poder maior estava no povo.
O Grão–turco mantinha muitos cavaleiros e infantes, já o Sultão tinha o reino inteiro nas mãos dos soldados.
O desrespeito e o ressentimento foram à principal causa das ruínas dos Imperadores.
Para manter o poder alguns príncipes desarmaram a população, outros edificaram fortalezas. Nunca foi visto ninguém desarmar seus súditos, pois estes podem com suas armas tornam-se fieis e seguidores. Desarmando-os mostra-se que ha desconfiança para com eles.Então somente os soldados podiam portar armas.
Num principado solidamente não existem divisões, somente em tempo de paz esta tem valia. Os príncipes novos encontraram lealdade nos homens, com isso a adesão dos satisfeitos no reinado era maior, e os que não estavam satisfeitos se tinham como inimigos.
O príncipe que teme mais a população do que o estrangeiro deve construir fortalezas, já aquele que teme oestrangeiro não deve se preocupar com isso.
As grandes ações é que tornam um príncipe estimado. É o caso de Fernando de Aragão o rei da Espanha. Tornou-se o Rei maior da cristandade. Ele lança-se contra Granada, adquirindo reputação. Sustentou os exércitos com o dinheiro da Igreja e do povo. Para manter seu poder optou por crueldade , espoliando os marranos e expulsando-os do seu reino.Também atacou a África,Fez a campanha na Itália e assaltou a França. E seu povo mantinha a ânsia do sucesso de Fernando.
Era mais proveitoso manter-se neutro, nem inimigo, mas nem amigo do príncipe. Aquele que não é teu amigo te solicitara a neutralidade, evitando o perigo. Porem um príncipe não deve aliar-se a outro mais forte para atacar terceiros, pois a vitoria pode te tornar prisioneiro deste.
O príncipe deve estimular os cidadãos para exercerem atividades quaisquer e oferecer-lhes recompensas para aqueles que realizam as coisas, para o crescimento de sua cidade ou estado.
O Príncipe tem que escolher os seus ministros, o príncipe tem que ser inteligente na sua escolha e observar as pessoas que estão ao seu redor, esse pode ser o primeiro erro, a escolha de um mau ministro. Existem três tipo de cabeça – uma que consegue entender sozinha as coisa, outra que sabe distinguir oque os outros entendem, e por fim, uma que nem por si compreende nem sabe discernir o trabalho dos outros, com tudo oministro deve se encontrar entre os dois primeiros casos, porque no terceiro o seu trabalho acabaria se tornando dispensável.
Para que um ministro seja reconhecido como bom, ele deve sempre pensar no Estado e no príncipe, jamais tirar aproveito pessoal ou algo que venha a prejudicar a corte. Já o Príncipe para manter um bom ministro necessita tratá-lo bem fazendo o rico e honrado, mas sempre da maneira correta para não despertar um desejo maior por parte do ministro. Dessa forma acaba havendo uma dependência entre as partes, pois erro de qualquer uma delas, um dos lados acabaria sendo prejudicado.
As cortes estavam cheias de aduladores, sendo assim acabava correndo o risco em cair em desconsideração, os homens tinham que entender que não ofenderiam o príncipe em falar a verdade, porém se falassem muitas verdades faltariam com respeito, dessa forma surgem os homens sábios, onde que somente eles poderiam falar a verdade a respeito, mas só oque o príncipe perguntava. Um príncipe deve ser aconselhado sempre que necessário, mas deve ter paciência ao ouvir os conselhos. Há uma regra importante, que um príncipe não será aconselhado se ele não for sábio, caso contrario só terá sucesso se entregar – se nas mãos dos homens sábios, mas sempre tendo muito cuidado para eles não o enganar.
Um príncipe novo sempre terá mais sucesso quem um príncipe ou principado mais velho, porque eles acabam obrigando bem mais do que uma antiguidade do sangue. Os príncipes que vieram a perder o seu posto nunca pensaram que poderia lhe acontecer algo assim, mas quando chegou à hora de se defender para não perder o poder pensaram em fugir antes de permanecer e defender – se e depois de tudo isso seria absurdo achar que o povo o chamaria de volta ao poder.
Os atos são dirigidos por Deus e pela fortuna, e é também ligados a sorte, a fortuna acaba se tornando a escolha da metade de nossa vida, a outra metade conseguiu domina – lá de outras maneiras.
Com os príncipes acontece que uma hora estão no poder, outra hora acabam ficando sem ele, por que eles se baseiam muito na fortuna, onde esquecem que ela possui variações, assim acabam se prejudicando. Por várias maneiras, qualidades com pequenas diferenças fazem com que apenas um chegue ao verdadeiro sucesso, porque apenas uma maneira vai diretamente ao que se deseja. Mas se soubessem mudar de acordo com o tempo, sempre alcançaria o desejado com êxito.
Observando todas as coisas escritas no livro, se a Itália promovesse um novo príncipe, ele poderia introduzir nova ordem para alcançar seus propósitos e para reconhecer um príncipe a Itália teria que chegar ao ponto que chegou, sem ordem alguma, pedindo ajuda a Deus que colocasse alguém que soubesse mudar tudo oque havia acontecido que tivesse o poder de levanta – lá após todas as crueldades dos estrangeiros, pois uma nova geração de guerreiros e alterações de estratégia fariam a grandeza de um novo príncipe.

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