O TURISMO SEXUAL
Por: mdolla • 8/7/2019 • Seminário • 821 Palavras (4 Páginas) • 178 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO – UFOP[pic 1]
DEPARTAMENTO DE DIREITO – DEDIR
DISCIPLINA DE DIREITO DO CONSUMIDOR – DIR 752
PROFESSORA BÁRBARA H. ABREU VALADARES
TURISMO SEXUAL
Lucéia Camila Coelho Diniz
Ouro Preto-MG
2018
O Turismo Sexual no Brasil
A Organização Mundial do Turismo (OMT) define o turismo sexual como “viagens organizadas dentro do seio do setor turístico ou fora dele, utilizando, no entanto as suas estruturas e redes, com a intenção primária de estabelecer contatos sexuais com os residentes do destino”. Logo podemos entender que se trata de um tipo de turismo onde o motivo principal é o de se envolver em relações sexuais, pelo menos em uma parte da viagem. Este envolvimento sexual é normalmente de natureza comercial.
Historicamente constata-se a existência do turismo sexual em diversos países. No Brasil propagou-se durante muito tempo a imagem de um país que além de culturalmente diverso, com roteiros turísticos repletos de patrimônios históricos e culturais, belezas naturais e hospitalidade, é também o país do futebol, do carnaval e das mulheres bonitas. Para esta última característica a imagem muitas vezes é passada com forte apelo sexual. Mais especificamente na década de 1980 houve grande veiculação de imagens de mulheres seminuas em propagandas de viagens e roteiros turísticos. Hoje embora não seja necessariamente tão explícito, o convite ao turismo sexual ainda existe, mesmo que de forma disfarçada.
Assim, o turismo sexual “democratizou-se” ao longo das últimas décadas do século XX, constituindo atualmente um fenômeno no qual a exploração sexual utiliza-se da infraestrutura turística convencional para se concretizar e hoje o Brasil é uma das rotas preferenciais do turismo sexual no mundo. Tal prática é comprovada em dados estatísticos, no entanto é velada, pois a grande mídia e a sociedade no geral fecham os olhos para este problema, talvez porque ele ocorre principalmente nas regiões do Brasil menos desenvolvidas economicamente e tem como produto na maioria das vezes mulheres pobres e negras. Tal exploração às vezes acomete até crianças e adolescentes, que vivem em situação de vulnerabilidade social e econômica.
Não só agências de viagens e sites de turismo, mas também guias turísticos, taxistas e hotéis são alguns dos são facilitadores e responsáveis por esse tipo de exploração no país. Muitas prostitutas veem no turismo uma oportunidade de ganhar mais dinheiro e às vezes se valem desses facilitadores para superar barreiras, tais como o idioma e assim fazer seus programas, deixando parte do seu ganho com quem intermediou. Turistas de todo o mundo encontram facilmente no Brasil inúmeras maneiras de diversão e foi constatado que os do gênero masculino, a maioria com idade entre 30 a 50 anos, aproveitam suas férias e procuram o Brasil para satisfazerem seus desejos sexuais a baixo custo.
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