O Índio na Sociedade Brasileira
Por: Edson Pereira • 26/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.203 Palavras (5 Páginas) • 326 Visualizações
Aluno: Edson Pereira da Silva
RGM: 126176.2
Disciplina: Direito Civil V
Atividades de Complementação de Carga Horária / Conteúdo (ACCH)
O INDIO NA SOCIEDADE BRASILEIRA
O índio historicamente deu testemunho de muita civilidade dentro da sua cultura dos seus atos, da preservação do meio ambiente, sua organização social, política, valores e relações, sempre extraindo da natureza o necessário a sobrevivência, entre tudo respeitando as diferenças naturais.
Darcy Ribeiro, antropólogo, escritor e político brasileiro, enfatiza em seus estudos sobre as tribos brasileiras a importância dos mistos que a historiografia oficial tem criado acerca dos índios, mostrando exatamente que eles são detentores de qualidade, de que são verdadeiramente civilizados dado o clima de respeito, harmonia, cultura dominante, ensinamentos.
Os índios legaram demasiadamente em nossa vida alimentar, na gastronomia e na farmacopeia e sobre tudo este sentimento de respeito para com o outro, que infelizmente a sociedade urbana, industrial se encarregou de destruir este sentimento de empatia de respeito de parceria de cooperação.
É necessário que se diga exatamente o contrário destes preconceitos que tem sido criado acerca dos índios na sociedade.
Trazendo ao fato atual, somente pelo sistema de educação nacional ainda é muito débil deixando muito a desejar, os nosso educando e educadores faltam colocar nos seus atos pedagógicos cotidianos os ensinamentos mais amplos da colonização, mais crítica da realidade do mundo verdadeiro. Esta fantasia que é implantada quando pequenos, transforma o futuro, a sociedade vive de uma forma muito equivocada, enganada com preconceitos e receios.
Hoje está distancia geográficas que vivemos dos índios nos traz uma visão que somente é mostrada pela mídia, sendo muitas vezes uma visão mercantilista distante da realidade do índio que luta pela terra, luta pelos seus espaços que um dia foram totalmente seus e hoje morrem em pró a estas ideias de reaver o que foram seus.
Lutam hoje pelas coisas básicas como a educação de suas crianças em suas próprias línguas.
Hoje se tem uma abertura dos governos neste sentido de facilitar a educação indígena, a saúde, o transporte e todos os aspectos básicos, mas a muito a que se conquistar.
Uma situação do nosso cotidiano urbano se dá no dia do índio, onde as crianças de escolas públicas ou privadas se vestem como índios, com cocares e pinturas nos rostos e dançam como índio fossem. Esta criança lá na frente vai ter uma visão muito complicada sobre a cultura indígena no Brasil, sendo o correto aplicar de forma categórica os dados indígenas, quantas tribos, onde estão localizadas, a diversidade cultural socioambiental, as riquezas religiosas.
O índio, o povo brasileiro de então, é visto como mero figurante a ser escravizado ou cristianizado sem voz nos destinos que os civilizados impõem. Selvagens, nativos, identificam os primeiros habitantes do Brasil (de cunho estritamente ideológico). O índio é estritamente inferior. Toda a sua cultura e conhecimento são tratados como primitivismo mental ou de decadência de uma raça. De pronto, uma condicionante de absoluta inferioridade mental, religiosa, política e cultural.
Os portugueses não vieram ao Brasil fazer turismo. Vieram com o nítido empenho em roubar, pilhar a terra e escravizar seres humanos na sequência lógica do processo colonizador. A história desse processo se faz utilizando a mesma ideologia. Os bandeirantes, por exemplo, nunca são o que são: bandidos, ladrões de terra e escravizadores de tribos inteiras que capturam ou matam, cortadores de orelhas que pacificam o País.
É preciso criar o mito de que alargaram as fronteiras e povoaram o interior. Os padres são seres santificados que deram a vida por Cristo, levando à cruz as almas rudes dos gentios. Nunca são uma força de ocupação ideológica e geopolítica, desarticulando a cultura indígena e servindo ao opressor. “A violência da colonização explicada pela ideologia do vencedor e justificando o genocídio dos indígenas induz a ver nestes os verdadeiros primeiros habitantes do Brasil, uma representação do atraso, e, nos que matam e pilham, as forças do progresso”.
Os portugueses, chegando ao litoral brasileiro, encontraram cerca de 1,5 milhão de índios. Imediatamente começou a guerra. A traição é começada pelo invasor desde o primeiro momento. Os tupinambás tornam-se guerreiros ferozes. Os tamoios aliam-se aos franceses. A todos só interessava o que tinha na terra e não a terra em si. Desse modo, o Brasil era uma propriedade dos que invadem, negando o direito à resistência e aliança a quem o defendia.
É sabido que os tamoios praticavam a antropofagia não como canibalismo. Era um ritual de crença cultural no qual as virtudes dos guerreiros vencidos lhes eram transmitidas através da ingestão de suas partes. Fazia mais justiça aos vencedores vê-los como rudes e de selvajaria indomável. Comeram o bispo. É preciso estigmatizá-lo enquanto ocorre o processo de tomada de terra e pratica-se o genocídio.
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