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OBSOLESCENCIA PROGRAMADA, UM MAL A SER COMBATIDO OU UMA NECESSIDADE DE EVOLUÇÃO

Por:   •  30/5/2017  •  Resenha  •  1.046 Palavras (5 Páginas)  •  319 Visualizações

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OBSOLESCENCIA PROGRAMADA, UM MAL A SER COMBATIDO OU UMA NECESSIDADE DE EVOLUÇÃO.

Atualmente, vivemos a plena era da obsolescência programada, muitos, provavelmente não tenham ouvido falar neste nome, e, possivelmente, os que já ouviram falar sobre o tema não tenham tido a consciência ou ligado o nome ao seu significado e o que é pior, desconhece como isso influência em nossas vidas e afeta o meio ambiente. Em termos pratico, obsolescência programada significa tornar obsoleto, perder a utilidade, associa-se ao mercado tecnológico, pois de tempos em tempos aparecem novos produtos, mais sofisticados, mais econômicos, mais modernos. E com isso ganhar cada vez mais mercado, lubridiar os nossos olhos, fazer com que cada dia seja necessário ter mais objetos, adquirir um ritmo desenfreado assim como as industrias, que a cada dia lança mais e mais novidades, tornando aquele produto de ontem ultrapassado perante um novo, que as vezes muda somente a cor.

         Tal termo (obsolescência programada) fora criado em meados da década de vinte, quando um grupo de empresários ligados à fabricação de lâmpadas incandescentes, se reuniram em Genebra, capital da Suíça, com a finalidade de reduzir a durabilidade desse produto, pois as lâmpadas incandescentes daquela época duravam cerca de duas mil horas, com isso, tornou- se um marco, um símbolo. Verdade seja dita é que de forma geral, no início do século passado (1900), os produtos eram fabricados para se ter uma enorme durabilidade, e isso agregavam qualidade e valorização deles (produtos industrializado), sendo a sua principal propaganda. Assim, nos dias atuais os engenheiros fabricam cada aparelho já com tempo definido para sua utilização, fazendo com que as pessoas tenha que substituir, não apenas porque lançou um com designer diferente ou mais sofisticado, mas, porque aquele  bem não funciona mais. A industrias ao lançarem novos produtos tiram o antigo de linha, e em muitas das vezes não se consegue mais nem a peça para a reposição de um item que estraga. Obrigando indiretamente o consumidor a comprar um novo e não reparar o antigo.

No entanto, voltando à questão dos fabricantes de lâmpadas incandescentes, eles estavam incomodados com a longevidade deste produto, pois queriam aumentar os seus lucros e um produto que tinha a vida útil prolongada assim, não era viável. Diante disso, de forma secreta criaram um Cartel e articularam entre si metas que todas as fabricantes de lâmpadas daquela época deveriam seguir e se algum não seguisse, seria imposto a ele pesadas multas por esse Cartel, por não seguir ás determinações que consistia em reduzir gradativamente o tempo de vida útil da lâmpada incandescente que deveria passar de cerca de duas mil horas, para algo em torno de mil horas. Iniciando- se assim, o advento da obsolescência programada que tanto afeta as pessoas e meio ambiente.

Outro marco preponderante da obsolescência programada foi à década de trinta, após a grande depressão econômica que arrasou a economia dos Estados Unidos, com a quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929, e arrastou também a economia de vários países capitalistas. Com isso, principalmente nos Estados Unidos, as filas de desempregados eram enormes, a economia estava um caos, os produtos encontravam-se encalhados em portos, fábricas e nos comércios, acarretando enormes prejuízos financeiros. De um investidor imobiliário, Bernard London, de Nova Iorque, surgiu uma proposta ousada para que se tornasse obrigatória à troca dos produtos, que tivesse um prazo de validade, uma vida útil limitada e que os consumidores fossem obrigados a troca- los em uma agência do governo, para serem destruídos. Tal proposta, tornando a obsolescência programada obrigatória e sendo tratada abertamente em público, tinha como objetivo o reaquecimento da economia. Assim, acreditava o mentor da estratégia que as pessoas passariam consumir mais, as fábricas passariam produzir mais e, dessa forma todos sairiam ganhando, haveria mais empregos, mais arrecadação para o governo e o lucro das empresas aumentariam na mesma proporção. Entretanto, a ideia de tornar a obsolescência programada obrigatória foi enterrada, sendo completamente esquecida.

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