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ORIGEM DA CRIMINOLOGIA: ETMOLOGICAMENTE

Por:   •  14/8/2016  •  Resenha  •  10.013 Palavras (41 Páginas)  •  941 Visualizações

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ORIGEM DA CRIMINOLOGIA

 ETMOLOGICAMENTE

                

                        A palavra “Criminologia” é um hibridismo, ou seja, o termo advém da junção de 02 (dois) vocábulos de idiomas diferentes, quais sejam:

“Crimen” (latim) = Crime

                “Logos” (grego) = Estudo

Palavra Híbrida (hibridismo = palavra latina + palavra grega).

                 Assim sendo, o termo Criminologia etimologicamente significa estudo do crime.

 HISTÓRICO

                A Criminologia historicamente é dividida em 04 fases, a saber:

                1 – Período da Antiguidade (Precursores da Antropologia Criminal);

                2 – Período da Antropologia Criminal;

                3 – Período da Sociologia Criminal;

                4 – Período da Política Criminal.

                1 – Período da Antiguidade.

                Historicamente, neste período, a Criminologia não apresenta nada de tão visível e sistematizado que possa afirmar sua existência, entretanto registram-se várias passagens de pensadores sobre assuntos variados relacionados com o que seria mais tarde Criminologia, vejamos alguns deles e suas contribuições:

 

        Código de Hamurabi (século XVII e XVI a C) – tratava das responsabilidades distintas entre delinqüente rico e delinqüente pobre, e este diploma legal também possuía dispositivos que puniam os crimes de corrupção praticados por altos funcionários públicos.

        Homero (século IX a C) – autor das obras mundialmente conhecidas “Ilíada” e “Odisséia” que tratavam da guerra de Tróia e da volta do rei Ulisses para a sua casa, a ilha de Ítaca, respectivamente. Nestas obras o autor usava o texto para vários tipos de crimes e crueldades praticadas naquela época.

        Esopo (século VI a C) – afirmou que “os crimes são proporcionais à capacidade dos que o cometem”.

        Alemão de Crotão (século VI a C) – provavelmente o primeiro a dissecar animais e analisar os autores dos delitos estudando suas características físicas e morais.

        Confúcio (551 a 478 a C) – seu nome era Kung Fu Tze – mestre Kung. Preocupou-se com o comportamento criminoso, é dele as seguintes frases:

                “Tem cuidado de evitar os crimes para depois não ver-te obrigado a castiga-los”.

                “a menos que as desigualdades sociais se apóiem em uma base verdadeira e moral, o governo do povo é impossível”.

                “por natureza todos os homens são quase iguais..., não existe no mundo hoje ordem social moral de nenhuma classe”.

        Protágoras (485 a 415 a C) – diferentemente da maioria dos pensadores da época definiu a pena como sendo prevenção e não com castigo pelo mal praticado, lançando assim as bases para a teoria relativa da finalidade da pena.

        Sócrates (470 a 399 a C) – tratou da ressocialização do preso dizendo “que se devia ensinar aos indivíduos que se tornavam criminosos como não reincidirem no crime, dando a eles a instrução e a formação de caráter de que precisavam”.

        Hipócrates (460 a 355 a C) – considerado o “Pai da Medicina”, o grande médico grego, nascido na ilha de Cós afirmava na sua obra “Aforismos” que “todo vício é fruto da loucura”, nesse diapasão entendia que o crime sendo um vício também provinha da loucura, criando assim as bases da inimputabilidade ou da irresponsabilidade penal.

        Contribui intensivamente para desmistificação da Medicina lutando pela separação desta da religião, da filosofia e da magia que naquela época eram profundamente interligadas. Também foi o iniciador da corrente biologista da Criminologia.

        Isócrates (436 a 338 a C) – o célebre pensador afirmou que “ocultar o crime é tomar parte nele”, fundamentando o princípio da co-autoria.

        Platão (427 a 347 a C) – filósofo grego, entendia que o criminoso era um enfermo que deveria ser tratado se possível, senão deveria ser expulso do país. Compreendia que os fatores econômicos eram as causas dos crimes, fez referências ao furto famélico (furto daquele que tem fome, do faminto), dizia “o ouro do homem sempre foi motivo de seus males” e a miséria era um fator criminógeno (in  A República).

Referia-se ao delinqüente (criminoso) como sendo produto do meio e as más companhias poderiam influenciar as pessoas mais ingênuas e inexperientes transformando-as em criminosos (in A República).

        Diógenes (413 a 327 a C) – filósofo grego que desprezava as convenções sociais e as riquezas,é dele a frase “viver como a natureza”.

        Aristóteles (384 a 322 a C) – discípulo de Platão dizia que o homem é um ser social, o mais social de todos os seres em virtude de pode se comunicar. Referia-se a superpopulação como a causa última do delito, pois no seu entender quanto maior o número de pessoas maior seria a luta pela sobrevivência e para se conseguir o aumento das riquezas (in A Política).

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