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Os Clássicos da Política

Por:   •  29/5/2018  •  Resenha  •  2.264 Palavras (10 Páginas)  •  225 Visualizações

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Sadek, Maria Tereza, Os Clássicos da Política. Vol. I Capítulo 2 Nicolau Maquiavel: O cidadão sem fortuna, o intelectual de virtù – editora Afiliada, 13ª edição.

Maquiavel ora é apresentado como mestre da maldade, ora como o conselheiro que alerta os dominados contra a tirania.

Não há tirano que não tenha sido isto como inspirado por Maquiavel.

Maquiavel, fingindo dar lições ao Príncipes, deu grandes lições ao povo.

As desventuras de um florentino

Maquiavel nasceu em Florença no ano de 1469, em uma época que se tinha uma península constituída de pequenos Estados com regime político, desenvolvimento econômico e cultural diferentes.

Mas nos últimos anos do século a desordem e a instabilidade se tornaram incontroláveis. Os domínios da igreja passaram a ser governados por Alexandre VI, um papa que era guiado por ambições sem limites.

Apenas com 29 anos ouve-se falar de Maquiavel onde ele passou a execer um cargo público. No mesmo ano que iniciou sua carreira pública, o Governante para o qual Maquiavel trabalhava foi deposto e Maquiavel passa a ocupar o cargo de Segunda Chancelaria. Quando a família do Governante deposto consegue recuperar o poder, Maquiavel foi demitido e no ano seguinte foi considerado acusado de fazer parte da fracassada conspiração contra o governo de Médicis.

Por isso Maquiavel foi preso, torturado, condenado a pagar uma multa e mais tarde a república o considerou sendo seu inimigo. Diante da situação vivida, Maquiavel adoece e morre.

A verdade efetiva das coisa

Maquiavel tinha uma predestinação para falar do Estado. Seu ponto de partida e de chegada é a realidade concreta (o realismo). Essa é a sua regra: ver e examinar a realidade tal como ela é e não como se gostaria que ela fosse.

O problema central da sua análise política é descobrir como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos.

A ordem deve ser construída pelos homens para se evitar o caos e a barbárie. O mundo da política não leva ao céu, mas sua ausência é o pior dos infernos.

Natureza Humana e História

Maquiavel estuda a história na busca pela verdade efetiva. Assim ele sustenta: “aquele que estudar cuidadosamente o passado pode prever os acontecimentos que se produzirão em cada Estado”.

Ou seja, a história se repete indefinidamente já que não obtemos meios para “domesticar”! a natureza humana.

Anarquia x Principado e República

A desordem provem do seguinte fator: há duas forças dentro de um território: uma parte do povo não quer ser governado e oprimido e a outra parte quer oprimir o povo e impor a eles suas vontades.

Dessa forma, podemos dizer que o problema político é encontrar um mecanismo que imponha a estabilidade nas relações.

No principado, quando uma nação se encontra ameaçada de desfazer-se é necessário um governo forte para impor ao povo algumas limitações para que não ocorra o caos.

Virtù x fortuna

Para os antigos a fortuna era visto como uma força maligna inexorável mas pelo contrário, sua imagem era de uma deusa boa. Essa deusa possuía bens que todos os homens desejavam: a honra, a glória e o poder.

Como se tratava de uma deusa que era uma mulher, para atrair suas graças era necessário que o homem possuísse virtù para ser beneficiado com os presentes da deusa.

Essa visão foi derrubada pelo cristianismo que via a fortuna como um poder cego, inabalável.

A virtú política vem do pragmatismo, da racionalidade, na busca de resultados. A ação racional visa resultados (fins).

Maquiavel afirma que o poder se funda na força, mas que é preciso virtù para mantê-lo. Para se alcançar o fim desejado não importa o que tenha que fazer. Faça o que tenha que fazer mas não conte aos seus súditos. Os meios empregados nunca deixarão de ser julgados honrosos, e todos o aplaudirão.

Texto de Maquiavel – O príncipe

Capítulo I

Classifica-se o Estado em dois tipos: repúblicas e principados.

Os principados podem ser hereditários ou fundados recentemente, que podem ser de todo novos ou anexações.

A república não é explicada na capítulo, somente citada.

Capítulo II

Nos Estados hereditários, constata-se uma menor dificuldade em manter o Estado uma vez que basta conservar nele a ordem estabelecida por seus antepassados e que os súditos estão acostumados à família que está no poder.

Capítulo III

Expõe a dificuldade em se manter no poder quando se trata de Estados novos, uma vez que os homens gostam de mudar de senhor visando uma melhoria, o que acaba os levando a levantar em armas contra os atuais senhores que estão no poder.

Para se manter em um Estado novo, deve-se observar alguns pontos: é necessário que se tenha o apoio do povo daquele território para poder dominá-lo;

Uma vez que se tenha o apoio do povo, o território será dificilmente perdido.

Capítulo IV

Não haverá o caos se a linha política for mantida.

No que diz respeito a conquistas, o Estado dirigido por um único soberano é difícil de conquistar e fácil de manter. Já o Estado governado por muitas pessoas é fácil de conquistar e difícil de conservar.

No primeiro tipo citado, para conquistar o Estado, basta aniquilar o príncipe e sua família, ao passo que no outro não basta apenas estes, mas também os nobres.

Capítulo V

Quando um país é conquistado e o mesmo é regido por leis próprias, há três modos de mantê-lo: arruiná-lo, habitá-lo, ou permitir que continuem vivendo com suas próprias leis, mas pagando tributos e organizando um governo composto por pessoas fieis.

Capítulo VI

Aqueles que se tornam príncipe por seu valor conquistam seus domínios com maior dificuldade, todavia os mantêm mais facilmente;

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