Os Crimes em Espécie Resenha
Por: Ana Percario • 30/4/2021 • Resenha • 395 Palavras (2 Páginas) • 98 Visualizações
APS – Direito Penal: Crimes em Espécie
Nome: Ana Paula Percario
RA.: 2087651
Turma: 003206A04
Dos delitos e das penas é um tratado sobre o direito penal e contra a pena de morte. Em uma época
como a iluminista, marcada pela valorização da razão é marcada por reformas culturais, jurídicas e
institucionais em toda a Europa, Beccaria sente a necessidade de criar uma clara harmonia no interior da
diversa disposição hierarquia do conjunto de leis que era vigente naquela época. O autor é contrário à
pena de morte e apresenta teses que justificam o motivo. A primeira é sobre a ilegitimidade: a vida
humana pertence somente a Deus, e um juiz certamente não pode decidir o destino de outro homem. O
homem, estipulando um contrato social, jamais eu aceitará uma condição que permita ao Estado de
matá-lo, pois tal ato iria contra a finalidade original, pela qual, a o Estado foi criado: a proteção e defesa
dos próprios associados. A pena de morte é contrária ao direito natural e sua aplicação significaria uma
contradição do estado social, criado para defender os direitos naturais dos contratantes.
O segundo argumento foca na inutilidade da pena de morte: por um lado, desnecessária perante uma
ordem política e social, por outro, culpada de gerar sensações intensas porem breves.
Um terceiro argumento remonta à meditatio mortis: a pena de morte é em vão, pois a morte é uma
condição que une todos os homens. O verdadeiro sofrimento e castigo consistem no pensamento da
morte de uma pessoa viva. Além disso, o filósofo critica a religião, pois tende à redenção do criminoso
por meio de um arrependimento capaz de assegurar-lhe a salvação eterna.
Beccaria afirma que as penas devem cumprir uma função reeducativa e não repressiva, para favorecer a
seguridade social e a integração social do criminoso arrependido. O objetivo das penas é provocar uma
forma de coerção psicológica na mente dos homens, a fim de dissuadi-los de cometer crimes,
garantindo assim a paz social. Também é criticada duramente, por Beccaria, a prática da tortura, que
inflige sofrimento atroz tanto a criminosos quanto a pessoas inocentes - que se professam injustamente
culpadas para escapar dessa punição - com a intenção de submeter o suposto infrator a falar. O autor
condena esta prática absurda porque os inocentes ocupam uma posição de desvantagem em relação ao
infrator: o inocente, uma vez absolvido, terá sofrido uma injustiça, enquanto se
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