PEÇA PROCESSUAL
Por: Dhayky • 8/3/2017 • Trabalho acadêmico • 1.234 Palavras (5 Páginas) • 245 Visualizações
COPIA E COLA
KROKOSCZ, Marcelo. Autoria e plágio: uma orientação a luz do tema para, professores, pesquisadores, estudantes, editores e quaisquer interessados na arte de produzir.
São Paulo: Atlas, 2012.
O livro Autoria e Plágio é uma obra feita pelo escritor, palestrante e pesquisador Marcelo Krokoscz, o qual se dedica a anos ao estudo sobre originalidade, autoria e plágio no processo de criação científica, para conscientizar, alertar e envolver o leitor em uma nova forma de pensar e produzir. Possuindo, também, bacharelado em teologia e filosofia, sendo Mestre em Educação, doutorando atualmente pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Krokocz leciona sobre Metodologia Científica no Centro Universitário FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado).
Krokoscz criou essa obra, dividida em seis capítulos, a fim de orientar, dando maior suporte didático aos mestres da área, como autores, professores, instituições, pesquisadores e também estudantes que buscam um aprendizado mais objetivo e bem informativo para a realização de seus projetos, como também de dissertações, teses, artigos, relatórios, livros e toda obra a qual destina-se a pesquisas e apresentações, conduzindo os autores e futuros autores a um melhor resultado, com todas as regras respeitadas para que a obra seja finalizada com sucesso e em conformidade com as exigências que se pede, dentro dos padrões exigidos pela ABNT. Krokoscz, em seu primeiro capítulo “O que é plágio?”, conta a origem do plágio, sendo reconhecida desde a antiguidade, no século II a. C. onde usava-se a expressão latina plagium para referir-se a um crime que se dava pelo sequestro de uma pessoa para torna-lá escrava, para diversas causas como comerciais e pessoais. Ao que tudo indica foi o poeta Marcus Valerius que fez a associação entre o termo usado para o referido crime com o termo usado para cópias de pesquisas, rotulando o autor que copiou de plagiário. Tempos mais tarde a reivindicação do poeta Marcus Valerius passou a ser adquirida nos códigos jurídicos da época, chamados de direitos autorais, sendo hoje percebida no artigo 5, parágrafo XVII da Constituição Federal de 88.
A definição, salientada pelo livro de Krokoscz, define o plágio como “qualquer conteúdo, (artístico, intelectual, comercial e etc), que tenha sido produzido ou já apresentado originalmente por alguém e que é reapresentado por outra pessoa como se próprio fosse ou inédito”. Entretanto há uma diferença entre as áreas acima citadas, pois na área artística e comercial o direito autoral é protegido mediante lei que assegura a legitimidade do autor verdadeiro, sendo indagada as cópias as quais foram reproduzidas igualmente ao do autor inicial. Porém nas obras as quais abrangem conteúdos intelectuais, como ideias, textos, trabalhos e afins, o plágio ocorre não por causa da realização igual da mesma obra, mas porque os créditos não foram dados a quem lhe são de direito.
Em “Por Que Acontece Plágio?” Krokoscz cita alguma das causas que levam a o pseudo-autor cometer o plágio em seu trabalho acadêmico. Krokoscz dá maior ênfase a facilidade do pesquisador encontrar artigos e projetos prontos na internet, a qual faz busca rápida e prática aos que procuram a informação, pois grande parte dos acadêmicos hoje em dia buscam a praticidade para a elaboração, devido a rotina que encurta seu tempo, dando o famoso “jeitinho brasileiro” termo usado para quem improvisa uma solução por meio da esperteza. Krokoscz conta também que nem sempre o plágio ocorre por vontade do pesquisador, por não atentar os reais nomes dos autores que se deve, negligenciando, concluindo que sempre a responsabilidade será recaída sobre o redator. O uso adequado das regras da escrita do texto a qual se desenvolve é de suma importância para o conhecimento do leitor. Por fim Krokoscz enfatiza dizendo que o plágio se consuma mesmo com a desinformação do suposto autor, pois mesmo o pesquisador não sabendo deverá suportar o ônus e o fator plágio não desconfigura.
No capítulo III sobre os “Tipos de Plágio no Âmbito Educacional” Krokoscz diz que “nas publicações brasileiras que se referem ao plágio acadêmico ainda não existe um consenso sobre as modalidades nas quais ele se apresenta”, porém se busca no referido livro classificações do padrão internacional, pelas melhores universidades do mundo, para a aplicação. O plágio divide-se em plágio direto e plágio indireto. O plágio direto diz respeito ao redator que criou sua obra copiando, literalmente, palavra por palavra do conteúdo do autor sem sua permissão, capturando suas ideias, textos, imagens e outros. O plágio direto é caracterizado principalmente pela incapacidade do redator de interpretar o conteúdo alheio para a criação do seu próprio, com suas palavras e suas ideias. Mas o plágio direto também ocorre por simples comodismo, objetivando uma conclusão rápida do conteúdo, sem a necessidade de pesquisar e filtrar as obras opostas. Já no plágio indireto o que ocorre são as ideias usurpadas do conteúdo original, sendo escrita, em sua forma literal, diferente, porém com as mesmas intenções da fonte a qual pesquisou-se. Além do que, no plágio indireto não cita-se o verdadeiro autor, deixando claro e subentendido que a autoria é de exclusividade daquele que a apresenta. No mesmo capítulo Krokoscz fala sobre o plágio consentido, que o autor real do conteúdo permite que segundos use sua criação bruta para apresentar-se como sua até mesmo com intuito de prejudicar terceiros. Existe dois tipos de Conluio, sendo entre colaboradores, uma vez que o criador da obra cede gratuitamente seu conteúdo para outrem, para que este use o referido a seu favor, ludibriando quem possui competência para avaliar o projeto ali exposto. E também conluio comercial, que dá-se pela compra de conteúdo, sendo então feito por profissionais da área, dificilmente possuindo plágio, e vendidos para acadêmicos e quaisquer interessados, tendo este como seu.
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