Politica e teoria doss estudos
Por: fernandakelli • 27/9/2015 • Dissertação • 1.311 Palavras (6 Páginas) • 320 Visualizações
POLITICA E TEORIA DOS ESTUDOS
Trabalharemos com uma referência para a política que atravessa a história do pensamento que é ao mesmo tempo antiga e contemporânea: Finalista (nomenclatura antiga) Funcionalista (nomenclatura contemporânea).
Problema: Como organizar a cidade? Qual a melhor maneira de organizarmos a cidade?
Para Platão, para organizarmos a cidade devemos ter uma referência: a República.
Para Aristóteles, a referência não é estritamente política, mas a ordem cósmica.
Para Aristóteles, uma cidade é boa ou não se está em harmonia ou desarmonia com o cosmos.
Cosmos: uma ordem universal muito maior do que está ou aquela cidade grega.
O entendimento do cosmos era uma condição da reflexão sobre a cidade e sua parte constitutiva.
O sentido da vida do homem se encontrava na harmonização da mesma com o resto do cosmos.
No meio do caminho, entre a vida particular e o universo como um todo, estava a cidade.
Era necessário uma alinhamento com o cosmos e a cidade
Problema: Como saber se nossas escolhas estão em harmonia com o cosmos?
A natureza subsiste numa harmonia constante com o cosmos, através do encadeamento dos fenômenos naturais. Ex.: Vento.
Nós podemos ter outra conduta diferente da natureza e estarmos em desarmonia com o cosmos.
Identificar os atributos de nossa natureza particular: conhecer a si mesmo.
Buscar uma adequação entre a particularidade do nosso de ser com a universalidade do resto. Ex.: Cachorro Said.
Alinhamento com o Cosmos:
Conformação física – Forma do ser
Afetos – Desejos, alegrias, habilidades
Finalidade - Lugar natural do ser
Desalinhamento com o cosmos:
A desconformidade física
O lugar errado
Vive mal.
A cidade ideal: onde conseguimos realizar o alinhamento ou harmonização da natureza – corpo e a natureza cosmos
Eudaimonia – Bem Supremo – Felicidade
Para Aristóteles é preciso parar os encadeamentos em algum lugar.
Deus – causa de si mesmo – motor imóvel que move todas as coisas.
PARA ARISTOTELES
Aristóteles parte de um todo ordenado (Cosmos), para fazer o estudo das partes.
Para ele as partes objetivam uma verdadeira participação no todo.
É necessário a identificação da finalidade das partes para que o todo funcione.
Para Aristóteles as partes têm que cumprir a sua finalidade (teleologista ou finalista).
Télos (finalidade): qual o papel no todo? Para que serve?
Convicção: todas as coisas têm uma finalidade.
Para Aristóteles a finalidade antecede a existência de cada um. Temos um objetivo cósmico.
Perguntas que nos acompanham: qual é a nossa participação no todo? Qual é a nossa finalidade? O que o universo espera de nós?
Para Aristóteles o universo é um todo ordenado onde as partes participam e possuem a sua finalidade.
Sobra para nós o conhecimento de si mesmo.
Aristóteles: “A Política” - apresenta a melhor maneira de governar a cidade.
Monarquia – Tirania Aristocracia – Oligarquia Democracia – Demagogia
O que esperar de uma cidade? Qual o melhor governo? O que está por trás? Qual governo realiza a vida eudaimonica?
É na cidade que conseguimos encontrar a eudaimonia.
Estar na cidade não é uma possibilidade, mas uma condição para cumprir o meu papel no universo
Pertencer e conviver, agir e interagir numa cidade é a condição para a minha descoberta eudaimonica.
Para Aristóteles nós somos animais políticos.
A chance de encontrarmos o nosso lugar no cosmo é a partir da convivência e da interação com os demais
O papel do ser humano na sociedade é ser sociável, interativo e integrativo.
Para Aristóteles a causa final é mais importante que a causa inicial.
As coisas existem para uma finalidade.
No final do século XIX, a biologia ao estudar o corpo humano descobre que algumas partes do corpo não cumprem a sua função por si mesmas, mas precisam se associar a outras partes para assim cumprirem a sua finalidade.
Com a nova visão dos biólogos a respeito do corpo humano surge a ideia moderna de sistema:
Sistema é um todo, cujas partes são funcionalmente interdependentes e complementares
- A finalidade das partes no todo não será mais definida pelo Cosmos, mas pelo ser humano (cientista).
- É o ser humano que identifica e aponta a finalidade de cada ser.
- E faz associações de funcionalidades: Ex.: Sistema digestório: estomago e intestino
No final ou ao longo do séc. XIX, tentou-se aplicar às ciências humanas o rigor das ciências exatas e bilologicas.
Positivismo – Auguste Comte
Tendência: trazer os conceitos das ciências extas e biológicas para as ciências humanas.
- Houve uma importação do conceito de sistemas pela Escola de Chicago, nos EUA.
- Encontra-se nos coletivos humanos a mesma complementariedade funcional que encontramos no corpo humano e nas máquinas
- Ex.: As instituições que funcionam com partes interdependentes – Empresas
Análise sistêmica: limites, rapidez e eficácia.
A finalidade de uma coisa é analisada externamente.
Ex.: Colírio – finalidade – olho.
Romance – finalidade – leitor.
Filme – finalidade – espectador
Livro – finalidade – leitor
- Sistema Político: Séc. XX – David Easton.
- 2. Input: a) Demandas – explicitas (reivindicações, pedidos, solicitações); b) Suportes 1. Black Box – Estado – Poderes: Executivo, Legislativo e Executivo.
- ou apoios – implicitos
- 3. Output: a) Decisões; b) Ações.
- 4. GateKeeper: a) Institucional (organiza as demandas e a endereça ao Estado – triagem – sindicatos, partidos políticos, Igrejas, Associações de moradores de bairros). B) Cultural (limites).
- 5. FeedBack – cíclico.
- Quanto melhor funcionar o GateKeeper, melhor funciona o sistema
Problemas da Sociedade Brasileira:
- 1. Não temos uma forte tradição sindical;
- 2. As instituições não estão preparadas para fazer a triagem das demandas da população e o encaminhamento das mesmas;
- 3. A população vota nos candidatos sem saber o que os mesmo juridicamente estão autorizados a fazerem;
- 4. Os candidatos prometem fazer o que está fora das suas possibilidades jurídicas;
- 5. Ignorância das competências dos candidatos e dos poderes.
5 Exemplos de mal funcionamento do Gatekeeper Cultural: (sugestões populares para a elaboração da Constituição de 1988 – 100 mil)
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