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RESENHA - AS CONTROVÉRSIAS DE VALLADOLID: Aristóteles, os índios e a guerra justa

Por:   •  6/3/2017  •  Resenha  •  426 Palavras (2 Páginas)  •  1.254 Visualizações

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Aluna: Nicoly K. Paiffer Oliveira

Turma:Direito Diurno II

Linguagem Forense

A Controvérsia de Valladolid(1550): Aristóteles, os índios e a guerra justa.

Juan Ginés de Sepúlveda nasceu por volta do ano de 1490 na cidade espanhola de Pozoblanco, nas proximidades de Córdoba. Estudou em Salamanca e Alcalá e, posteriormente, viajou à Itália, onde estudou a filosofia aristotélica, em Bolonha, com o grande filósofo renascentista Pomponazzi (1462-1525). Com o passar do tempo, tornou-se um especialista em Aristóteles e um dos maiores expoentes do humanismo filosófico da Espanha.

Bartolomé de las Casas nasceu em Sevilha, 1474, faleceu em Madrid, 17 de julho de 1566. Foi um frade dominicano espanhol, cronista, teólogo, bispo de Chiapas (México) e grande defensor dos índios. É considerado o primeiro sacerdote ordenado na América.

A tensão que era que a Espanha estava invadindo as Américas no século XVI, expulsando assim os índios, e se discutia a respeito da legitimidade dessa ação. Quando em 1550 o imperador Carlos V convocou Frei Las Casas e Juan Ginés de Sepulveda para discutir a respeito da legalidade e legitimidade das conquistas do reino.

Hoje um debate público que ficou conhecido como Controvérsia de Valladolid, em referencia a cidade onde foi realizado. Nesse debate havia um júri composto por figuras de destaque do pensamento espanhol.

No Debate Público, Sepúlveda era a parte ativa, e Las Casas procurava debater sua tese. Ele defendia que as guerras feitas contra os índios eram justas, se utilizando de argumentos etnocêntricos afirmando que os Espanhois eram superiores, mais sábios, religiosamente corretos. Seus argumentos se baseavam em Aristóteles e em trechos da bíblia. Aristóteles afirmava em seu livro Política que os bárbaros deviam ser escravizados, e Sepulveda afirmava que os índios eram bárbaros.

Em contrapartida, Las Casas alegava que as guerras contra os índios não só não eram convenientes, mas iníquas e contrárias à religião cristã. Las casas recorreu diversas vezes a Bíblia e aos padres da Igreja, também citou Aristóteles. Las Casas se contrapunha a tese do Sepulveda afirmando que os índios não se enquadram como bárbaros, sendo assim não poderiam ser escravizados segundo a afirmação de Aristóteles no livro.

Las Casas também afirmava que como cristãos não deveriam se basear em alguém que desconhece a fé cristã. Citou também o trecho da bíblia em que Jesus dá o mandamento de que deve-se amar o próximo, o que não ocorre com a escravidão.

Atualmente não se encontra uma guerra como no século XVI com a escravidão dos índios, mas indiretamente ainda ocorre o etnocentrismo, a superioridade, que devem ser lutados contra da mesma forma que Las Casas lutou, sem abrir mão de suas convicções.

REFERENCIAS

https://pt.wikipedia.org/wiki/Juan_Gin%C3%A9s_de_Sep%C3%BAlveda

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bartolom%C3%A9_de_las_Casas

http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/22/imprime87340.asp

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