RESENHA CRÍTICA DO FILME " A ONDA"
Por: K4K2 • 25/3/2017 • Resenha • 3.160 Palavras (13 Páginas) • 1.162 Visualizações
Colocar na introdução: “Hoje a gente não tem contra o que se revoltar. O que precisamos é de um objetivo comum para unir a geração.” Essa é a frase que resume o filme “A onda”, um longa-metragem alemão que discute a possibilidade do nascimento de um novo regime ditatorial, como ele é formado e o que é necessário para transformar um povo unido em apoiadores de um sistema opressor e fascista.
RESENHA
O filme retrata a história na Alemanha de um professor que foi encarregado de lecionar sobre o tema Autocracia para sua turma de ensino médio, num projeto semanal, ainda que contra sua vontade, já que havia tido experiências com o Anarquismo anteriormente. A ideia desse curso era de demonstrar as vantagens da democracia em relação às outras formas de governo.
No primeiro dia, o professor Rainer Wenger, que também é treinador do time de polo aquático da escola, questiona aos alunos sobre a possibilidade de haver outra ditadura na Alemanha, tendo opiniões divergentes sobre o assunto. Ao perceber o interesse dos alunos sobre o tema, ele concede um intervalo, onde ao retornarem à sala são dispostos em lugares de forma mais organizada. É proposto, então, o ensino prático sobre a matéria. O professor Rainer pergunta os requisitos necessários para se ter uma ditadura, onde foi falado da figura de um líder, tendo uma votação para a escolha deste, em que próprio professor fora eleito e denominado, assim, de “Senhor Wenger”. Neste momento, o Sr. Wenger passa a estipular algumas regras, como, por exemplo, a necessidade de se levantarem para falar, impondo-lhes uma disciplina ditatorial, onde “disciplina é poder”. Tim, aluno que se sente excluído da turma, destaca-se pelo interesse sobre a ideologia.
No segundo dia, é proposto aos alunos a ideia de unidade de um grupo, começando a marcharem até que se ouvisse um único som e cada vez mais forte, onde a “união é o poder”. Logo após, discute-se a necessidade de se uniformizarem, com o objetivo de diminuírem as desigualdades e identificarem o grupo, usando calça jeans e camisa branca. Alguns alunos deixaram o grupo da Anarquia para se unirem à Autocracia.
Na quarta-feira, Karo, umas das alunas, decidiu não ir com o uniforme proposto, ficando, de certa forma, excluída do restante da turma e pelo próprio Sr. Wenger. O próximo requisito para uma ditadura é um nome para o grupo, que foi escolhido por votação de “A Onda”, bem como foi proposto um símbolo para identificá-la e propagá-la através de site, adesivos, etc., com a ideia de que “Ação é Poder”. Tim, em dado momento, é importunado por dois alunos de outra classe, que são repreendidos por dois integrantes d’a Onda, onde pela primeira vez ele se sente acolhido e se vê a ideia de unidade na prática.
Durante à noite, os alunos resolveram realizar pichações na cidade com o logotipo, onde Tim arrisca sua vida para fazê-la num topo de um prédio, em nome do grupo.
No quarto dia, os próprios alunos sugerem a ideia de se criar uma saudação para identificar quem pertence ou simpatiza pela “A Onda”, fazendo o movimento de uma onda com o braço, sendo aprovado por todos e pelo Sr. Wenger. Karo observa que a ideologia de ditadura está sendo levada a sério demais, uma forma de fascismo, como o impedimento de entrar em lugares na escola por quem não faça a saudação ou utilize o uniforme, sendo excluído. Ela tenta conversar com o professor Rainer a fim de que ele perceba que a experiência saíra do controle, mas este fica irredutível e pede para que ela mude de sala, caso esteja insatisfeita. A diretora demonstra apoio ao método de ensino utilizado pelo professor, visto que alguns pais o elogiaram dizendo que seus filhos estão mais disciplinados.
Quando alguns alunos estão voltando da escola, entre eles Tim, encontram um grupo chamando-os de “Nazistas d’a Onda” e que eles haviam pinchado o símbolo da Onda sobre o símbolo do grupo deles. É iniciado vias de fato com integrantes dos grupos e Tim resolver sacar um revólver, indo o grupo rival embora. Entretanto, Tim informa que são “balas de festim” e que comprara pela internet, tranquilizando os amigos. Enquanto isso, paralelamente, Karo faz planos junto com sua colega Mona para realizarem um alerta sobre A Onda na escola. Marco, namorado de Karo, a chama para ir à festa à noite com os membros do grupo, entretanto, ela recusa e tenta alertá-lo que o projeto está indo longe demais, mostrando a ele um relato de uma pessoa no site “A Onda”, dizendo que “um cara de camisa branca” disse que ela precisava entrar n’A Onda ou iria ficar sem amigos, pois todos eles estariam entrando. A pessoa disse que iria pensar, mas o rapaz ficou agressivo e que poderia ser tarde demais. Marco não acredita, já que é uma denuncia anônima. Mas Karo diz que seu irmão estava impedindo meninos da 6ª série de entrarem na escola se eles não fizessem a saudação d’a Onda e que ela está sendo rejeitada na escola por não usar uma camisa branca. Marco então diz que o grupo era importante pra ele, pois lhe dava a ideia de uma união.
Tim decide frequentar a casa do professor Rainer com o argumento de que ele precisa de um segurança, pois acha que o Sr. Wenger possa estar em perigo. Ele janta com Rainer e sua esposa, sendo esta também professora na escola, que se incomoda com a atitude do garoto.
Durante à noite ocorre a festa dos membros da “A Onda”, onde simultaneamente Karo distribui panfletos de alerta sobre “Pare a Onda” na escola.
No ultimo dia do projeto, sexta-feira, Rainer acorda e descobre que Tim dormiu em seu quintal. Ele o leva para a escola, mas no caminho, tem seu carro atacado por anarquistas. Os alunos da “A Onda” recolhem todos os panfletos distribuídos por Karo. Na sala, o Sr. Wenger mostra a capa do jornal sobre a pichação realizada na Prefeitura, feita por Tim, brigando com os alunos e percebendo que eles estavam indo longe demais. Ele pede para que os alunos façam um relatório contando a experiência com o projeto, chamando-os também para torcerem pelo time de polo aquático.
Na entrada do jogo, alguns membros da “A Onda” distribuem camisas brancas para os membros e simpatizantes. Karo e Mona são impedidas de entrarem por não usarem a camisa branca. Elas decidem entrar por outra abertura, jogando panfletos com textos contra “A Onda” na arquibancada. Começa assim uma briga dos membros do grupo contra os torcedores do time adversário, bem como na piscina, em que Sinan e outro jogador do time oponente começam uma briga, separados pelo professor Rainer.
Já em casa, a esposa de Rainer, Anke, o critica pelos acontecimentos devido a onda, como as pichações e a briga no jogo, dizendo que ele gosta da forma como os alunos o estavam tratando, obedecendo-lhe, tirando vantagem disso, não pensando nas consequências para os alunos. Ele a acusa de estar com inveja pela conquista diante dos alunos, e a ofende quando diz que ela precisa tomar remédios para enfrentar os alunos dela. Anke vai embora de casa.
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