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RESENHA CRITICA DOCUMENTÁRIO EX-PAJÉ

Por:   •  24/5/2019  •  Resenha  •  590 Palavras (3 Páginas)  •  604 Visualizações

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JOÃO VITOR MENDES DO SANTOS

RESENHA CRÍTICA

DO DOCUMENTÁRIO EX-PAJÉ

TERESINA-PI

2019

JOÃO VITOR MENDES DOS SANTOS

RESENHA CRÍTICA

DO DOCUMENTÁRIO EX-PAJÉ

Atividade avaliativa apresentada ao Centro de ensino unificado do Piauí, curso de Direito, como pré-requisito para aprovação da primeira regimental na disciplina de Antropologia.

Orientador(a): prof. Igor Linhares de Araujo

TERESINA–PI

2019

RESENHA CRITICA

Ex Pajé. Produção de  Luiz BolognesiLaís BodanzkyCaio GullaneFabiano Gullane. Brasil: Buriti filmes, Gullane filmes, 2018. 1 DVD - ROM de vídeo ( 1h e 21m)

Luiz Roberto Bolognesi formou-se em jornalismo na PUC de São Paulo e atuou como redator do jornal Folha e da TV Globo. Seu primeiro passo no cinema foi em 1996, quando dirigiu e escreveu o curta Pedro e o Senhor. Foi aclamado pela crítica quando escreveu e co-dirigiu o documentário Cine Mambembe: O Cinema Descobre o Brasil (1999).

O longa-metragem “Ex-pajé”, relata a vida em uma tribo indígena chamada Paiter Suruí que fica localizada na Amazônia, mudanças em sua cultura e costumes são o que mais chamam a atenção no decorrer do filme que em várias partes do mesmo atribuem essas mudanças a aproximação do povo indígena com o homem branco. Perpera Suruí é o principal protagonista do filme e também antigo pajé da tribo que abandonou suas funções após a chegada de uma igreja evangélica na localidade.

Algo muito interessante a ressaltar logo no início do filme, é o “ex-pajé” no supermercado pegando uma manteiga na prateleira, isso não é muito de se ver no cotidiano, só que esse ato mostra o quanto aquela tribo estava em um processo de aculturação, deixando na maioria das vezes de usufruir da biodiversidade da floresta para consumir produtos industrializados.

Após a chegada da igreja na tribo indígena muita coisa mudou, o antigo líder ainda era pajé e com isso veio a crítica do pastor dizendo que pajé é “coisa do diabo”. Diante dessa critica pode-se observar o quanto o pastor tinha um olhar preconceituoso, causando a saída de Perpera Suruí da função de pajé e líder espiritual.

Contudo, nota-se também a presença de tecnologias na tribo, índios usando celular, tablet e câmera fotográfica. Existe um certo “tabu” sobre essa questão de índios possuírem tecnologias ou até carros como aparece em algumas cenas, mas isso pode ajudar e muito no desenvolvimento das tribos indígenas, pois os mesmos não estão parados no tempo.

O clímax do documentário é quando uma índia é picada por uma cobra, e isso causa certa comoção na tribo. O ex-pajé desde a chegada da igreja e o abandono de suas funções, sofreu certas críticas da própria aldeia, pois possuía uma função na igreja que era de abrir as portas e fazer a limpeza. Com o agravamento da índia picada, a comunidade indígena passou a fazer rituais, jejum e pedindo que o antigo líder indígena vá ao hospital pedir para que os espíritos ajudem a índia, e foi nesse momento que o antigo pajé volta as suas funções e a índia é curada.

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