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RESENHA CRÍTICA DO TEXTO: OS SETE SABERES NECESSÁRIOS Á EDUCAÇÃO DO FUTURO

Por:   •  3/12/2016  •  Projeto de pesquisa  •  1.308 Palavras (6 Páginas)  •  4.411 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA DO TEXTO: OS SETE SABERES NECESSÁRIOS Á EDUCAÇÃO DO FUTURO

ELIANE CARDOSO DA SILVA

Morin, Edgar, 1921- Os sete saberes necessários à educação do futuro / Edgar Morin ; tradução de  Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya ; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. – 2. ed. – São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : UNESCO, 2000.  

Edgar Morin nasceu  em 8 de julho de 1921, graduou-se em Economia Política, História, Geografia e Direito. Publicou, em 1977, o primeiro livro da série O Método, no qual inicia sua explanação sobre a teoria da complexidade. Em 1999, lançou A Cabeça Bem-Feita (Ed. Bertrand Brasil) e Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro (Ed. Cortez), além de outros três títulos sobre educação.

O livro é constituído de sete capítulos, nos quais o autor aborda quais são no seu ponto de vista os sete saberes indispensáveis á educação do Futuro.

O primeiro aspecto diz respeito ao conhecimento.

Conforme Morin deve-se ensinar o que é conhecimento, pois o maior problema do mesmo é o erro e a ilusão.

Reitera o autor que o conhecimento é uma tradução seguida de uma reconstrução e toda tradução comporta o risco do erro, não os reconhecemos, pois deslizamos neles.

Lista como causa dos erros as diferenças culturais, sociais e de origem, que constituem o caráter subjetivo do indivíduo influenciando-o diretamente em sua tradução – reconstrução. Tais problemas não devem se restringir á filósofos, mas a todos explorando a realidade que existe a possiblidade de erro para dessa forma, ter condições de ver a realidade.

O autor critica a educação ao afirmar que esta desconhece o que é o conhecimento humano e todas as variáveis que o compõem como as propriedades cognitivas, cerebrais, mentais e culturais desse comportamento, que conduzem ao erro e a ilusão. Tais erros podem existir sob o efeito de fatores externos em qualquer transmissão de informação.

Ainda conforme Morin, vários seriam os erros ocasionados no processo de percepção do indivíduo e exterior, que deveriam ser considerados no processo do conhecimento:

Lista o erro de percepção, no qual o conhecimento não seria um retrato exato do mundo externo, visto que, todas as percepções são traduções e reconstruções dos sentidos de cada indivíduo, permitindo assim várias leituras diferentes.

Erro intelectual soma-se ao erro de percepção, pois o conhecimento sob forma de palavra é fruto de uma reconstrução por meio da linguagem e pensamento logo está sujeito ao erro. Será influenciado diretamente pela subjetividade do indivíduo, suas experiências e princípios.

Identifica o autor a necessidade de se pautar a educação e o processo de conhecimento á identificação da origem dos erros, ilusões e cegueiras que podem ocorrer nesse processo.

Afirma o autor a possiblidade de eliminar todo o risco de erro, eliminando toda a afetividade durante o processo de conhecimento, pois essa poderia cegar-nos durante esse aprendizado. Porém, ele conclui que o processo de desenvolvimento do conhecimento é inseparável da afetividade, pois, segundo o mesmo, sentimentos como curiosidade e paixão seriam molas propulsoras ao processo de pesquisa.

Descreve a carga emocional como indispensável ao estabelecimento de comportamentos racionais, visto que, descontrole emocional gera comportamentos irracionais, chegando a afirmar que existe uma estreita relação entre o eixo intelecto e afeto.

O segundo aspecto descrito por Morin seria o fato de não serem ensinados as condições de um conhecimento pertinente, afirmando que não é a quantidade de informações nem a sofisticação da Matemática que podem dar sozinhas um conhecimento pertinente, mais sim a capacidade de colocar o conhecimento em um contexto. Levando em consideração todos os aspectos envolvidos : sentimentos, paixão, medo.

A Identidade Humana é citada pelo autor como o terceiro aspecto ( saber ), faz uma crítica ao sistema de ensino afirmando que nossa compreensão humana é totalmente ignorada no processo de aprendizagem, descrevendo as singularidades do ser humano e sua interação com o meio e espécie a qual pertence, descrevendo ainda as implicações do individualismo e egocentrismo nesse habitat.  

Ainda seguindo a linha da interação entre o indivíduo e o ambiente, descreve como quarto aspecto, a compreensão humana, afirma que nunca se ensina a compreender uns aos outros, com todos os elementos necessários á prática dessa compreensão. Julgando necessário que devemos não somente compreender-nos mutuamente, como também nos auto examinarmos a fim de fugir do flagelo da incompreensão, o qual ele descreve como verdadeiro câncer nas inter-relações.

Afirma o autor que a incerteza é o quinto aspecto a ser considerado, pois julga necessário mostrar o surgimento do inesperado. Demonstra a necessidade de ensinar o que descreve como ‘’ecologia da ação ‘’, explanando-a como a atitude que se toma quando uma ação é desencadeada e escapa ao deseja daquele que a provocou, originando ações que podem resultar até mesmo no oposto ao desejado. Seria possível ensinar a incerteza, pois o imprevisto não é totalmente desconhecido. Sendo necessária  a consciência de que as futuras decisões devem ser tomadas contando com o risco do erro e estabelecer estratégias que possam ser corrigidas no processo da ação.

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