RESENHA DA OBRA O POVO BRASILEIRO
Por: Carlos Reginato • 4/6/2018 • Resenha • 5.083 Palavras (21 Páginas) • 469 Visualizações
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
CURSO DE DIREITO
BRUNO STUANI COELHO DA SILVA
RESENHA DA OBRA O POVO BRASILEIRO
DE DARCY RIBEIRO
Campinas
2017
BRUNO STUANI COELHO DA SILVA
RESENHA DA OBRA O POVO BRASILEIRO DE DARCY RIBEIRO
Resenha apresentada ao Curso de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie como requisito para a disciplina de Antropologia Jurídica.
Prof. Ricardo Nunes
Campinas
2017
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................4
A OBRA................................................................4
O AUTOR.............................................................4
RESENHA DOS CAPÍTULOS............................5
CRÍTICA..............................................................11
CONCLUSÃO......................................................12
REFERÊNCIAS...................................................12
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INTRODUÇÃO
Essa resenha foi elaborada com o intuito de apresentar a obra O povo brasileiro do antropólogo Darcy Ribeiro e busca expressar suas ideias de modo a fornecer uma visão geral sobre os diversos temas encontrados no livro, porém ressaltando suas características mais significantes para assim possibilitar uma boa compreensão.
A OBRA
O Povo Brasileiro foi escrito pelo antropólogo Darcy Ribeiro, e foi o seu último livro publicado antes de sua morte sendo lançado em 1995, seu principal objetivo é remontar as origens da população brasileira, tratando de suas matrizes culturais e também étnicas, nela o autor divide o país em cinco “brasis” distintos sendo eles: O Brasil sertanejo, Brasil crioulo, Brasil caboclo, Brasil caipira e Brasil sulino.
Através dessa divisão Darcy Ribeiro busca apresentar ao leitor como o Brasil moldou suas de habitação humana em seu território nacional, e a influencia na miscigenação das três matrizes básicas que formam o brasileiro.
Nela encontram-se diversas opiniões e impressões formadas pela experiência de vida do autor, que possui dificuldades em determinar a origem do povo brasileiro, pois até então a única versão utilizada para tal era aquela com uma visão pró-colonizador devido a isso havia a falta de uma teoria critica que explicasse o mundo ibérico mesclado com índios e negros de onde se origina o brasileiro, Darcy trabalhou incansavelmente e utilizou tanto de fontes bibliográficas quanto de fontes de campo para elaborar esta obra, que tem como objetivo tornar compreensível através uma explanação histórico-antropológica esse gigantesco mosaico de culturas, religiões e etnias que é o Brasil.
O AUTOR
Darcy Ribeiro nasceu em 26 de outubro de 1922 na cidade de Montes Claros, localizada no interior do estado de Minas Gerais, foi antropólogo, escritor e político, ficou conhecido por seus trabalhos relacionados aos índios e a educação no Brasil.
Formou-se em antropologia pela escola de sociologia e política de São Paulo em 1946, seus primeiros trabalhos acadêmicos envolveram o estudo dos índios na região do pantanal, Brasil central e Amazônia.
Foi ministro da educação durante o regime parlamentarista do presidente João Goulart de 1962 a 1963, e também chefe da casa civil de 1963 a 1964, durante a ditadura militar brasileira buscou exílio em diversos países da América do Sul destacando seus trabalhos no Uruguai. Foi idealizador da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e em 1992 foi eleito para ocupar a cadeira de número 11 na Academia Brasileira de Letras. Faleceu em Brasília no dia 17 de fevereiro de 1997, tendo escrito já diversos livros de antropologia que têm como principal temática os povos indígenas brasileiros.
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RESENHA DOS CAPÍTULOS
Capítulo l: O Novo Mundo
No inicio da obra o autor Darcy Ribeiro busca, de forma detalhada descrever as matrizes étnicas do povo brasileiras sendo estas duas: A matriz Tupi indígena e a matriz lusitana portuguesa. Em relação à primeira matriz ele relata primeiramente sobre o modo de vida dos indígenas antes da chegada dos colonizadores portugueses, destacando a agricultura como sua principal atividade de seu sustento, porém também recorriam muito à caça e à pesca para conseguir alimento, portanto sua dieta era bem diversificada, viviam em diversas tribos independentes entre si, estruturando poucas confederações efêmeras para guerrear contra os colonizadores portugueses e também franceses, entretanto estas logo desapareceram. Neste tópico ainda Darcy Ribeiro ressalta uma característica cultural peculiar desses povos, a antropofagia, ou seja, comiam seus prisioneiros de guerra acreditando que iria “absorver” suas características, uma das diversas tribos mencionadas no texto é a dos Guaikuru que era extremamente hostil e apta para arte da guerra devido a sua habilidade de montar, após um tempo, entretanto sucumbiram as doenças trazidas pelo europeu e foi muito enfraquecida. Quanto à matriz lusitana são destacados os seus contrastes em relação á indígena, como o fato de os invasores serem a presença de uma presença local avançada de uma vasta e vetusta civilização urbana e classista, recorriam à metrópole Lisboa e também ao poderoso Conselho Ultramarino que tinha autoridade administrativa sobre as colônias, possuíam apoio também da Igreja Católica. Após o nascimento do Estado nacional português este desejava uma expansão marítima por motivos mercantis, porém também adotou outro pretexto que seria expandir a fé católica para além mar.
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