Reciclar é Preciso
Por: Samuelsilveira86 • 26/10/2017 • Artigo • 1.398 Palavras (6 Páginas) • 190 Visualizações
Artigo de Opinião
O problema lixo tem solução? Reciclar é preciso, conscientizar é fundamental.
Para onde vai nosso lixo depois que o jogamos na lixeira? Muito se tem discutido hoje sobre a sustentabilidade ambiental, mas pouco se tem feito pra resolver o problema do lixo no país e principalmente na nossa região. Praticamente tudo que consumimos vira lixo e muitas vezes não é sustentável, não tendo o tratamento adequada sendo apenas uma minoria reciclado.
Na nossa constituição de 1988 está explicito em seu texto no art. 225 a consagração do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, todavia a realidade do nosso país é bem diferente do que está escrito na carta constitucional. Em relação ao meio ambiente, principalmente a questão do lixo, a preocupação dos cidadãos e dos governos, ainda é algo muito teórico, com pouca efetividade na prática.
O Brasil produz cerca de 150 mil toneladas de lixo por dia, sendo que apenas 2% são reciclados, em consequência disso, temos uma enorme quantidade de resíduos que são gerados diariamente e necessitam de um destino. Dentre esses destinos no nosso país os principais são: os lixões, aterros controlados e aterros sanitários.
É preciso que haja um maior investimento em políticas públicas, mas que alcance toda a população, a política Nacional de Resíduos Sólidos, apesar de ter sido um grande avanço, teve sua aplicação bastante restrita. Uma de suas principais determinações seria encerrar todos os lixões até 2014, contudo a meta não foi cumprida em grande parte dos municípios e estados, tendo assim prorrogado o prazo para 2018, e pelo cenário que se vê dificilmente será cumprida novamente.
Há também um projeto no Senado que pretende incluir a educação ambiental como disciplina obrigatória nas escolas, hoje ela é tratada como tema transversal ás demais disciplinas. Segundo o autor do projeto o Senador Cássio Cunha Lima “Assuntos como reciclagem, sustentabilidade, medidas de reuso da água, ecologia, devem ser tratados com a devida importância”. Esse projeto é sem dúvida outro avanço, porém segue em discussão e tramitação e só nos reta saber se sairá ou não do “papel”, como muitos que estão no congresso nacional.
Esses dados nos faz refletir para a seguinte questão: Estará o homem da era moderna, preparado para o desafio de resolver os desequilíbrios ambientais e assegurar uma qualidade mínima de vida? Estará ele capacitado para realizar tarefas aparentemente simples como a de dar destinação adequada ao lixo produzido por todos os cantos do mundo?
A geração de lixo no Brasil aumentou 29% de 2003 a 2014, o equivalente a cinco vezes a taxa de crescimento populacional no período, que foi 6%, de acordo com levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A quantidade de resíduos com destinação adequada, no entanto, não acompanhou o crescimento da geração de lixo.
No ano passado, só 58,4% do total foram direcionados a aterros sanitários. Por dia, o brasileiro gera, em média, 1,062 quilos de lixo. Esses dados mostram que mais de 78 milhões de brasileiros, ou 38,5% da população, não têm acesso a serviços de tratamento e destinação adequada de resíduos sólidos.
Para diminuir essa quantidade de lixo, é importante encontrar alternativas para o tratamento adequado do lixo como serviço e limpeza urbana, acondicionamento, coleta seletiva, transporte e tratamento adequado e principalmente a reciclagem desse lixo. Todavia, a reciclagem ainda caminha em passos lentos, sem contar que a reciclagem no Brasil ainda é vista com muita descriminação.
Ao realizar a reciclagem os seres humanos consequentemente estão contribuindo para o desenvolvimento sustentável do planeta, sendo uma solução econômica e totalmente viável para o fim dos lixões existentes nos grandes centros, o que precisamos, no entanto, é que as pessoas sintam a necessidade e se conscientizem para o problema do lixo urbano.
Além disso, o lixo brasileiro é tido como um dos mais ricos do mundo, porém não está sendo dada a devida importância às questões relativas ao saneamento ambiental, em especial à coleta e destinação adequada dos resíduos. O descarte aleatório dos resíduos poluem os lençóis freáticos, como também, nascentes, córregos, margens de rios e estradas, provocando problemas ambientais graves e poluindo as águas, que muitas vezes são usadas para consumo.
O país perde cerca se R$ 8 bilhões por ano por deixar de reciclar os resíduos que poderia ter outro fim. Somente 17% das cidades brasileiras possuem coleta seletiva de lixo, o sudeste é onde está a maior parte destes municípios, 45% , segundo o sul com 36% , nordeste 10% e norte 2%.
Dados do IBGE indicam que somente 22 milhões dos brasileiros têm acesso aos programas municipais de coleta seletiva, isso não representa mais do que 18% da população. O país precisa de um programa mais forte de reciclagem, para que criem mais coletas e mais cooperativas de catadores.
Assim como na maioria dos municípios do nosso país, Colinas do Tocantins não possui um aterro sanitário conforme a legislação vigente, assim como também não tem uma política ambiental realmente efetiva, muito menos uma educação ambiental e participação da comunidade no processo de sustentabilidade.
Segundo a secretaria de meio ambiente do município de Colinas, há um projeto no município para inserir na educação básica a disciplina de Educação Ambiental, isso pode influenciar de uma maneira mais efetiva em favor da preservação ambiental, pois através dessa disciplina nas escolas poderemos transmitir esses conhecimentos ambientais às novas gerações, além de estimular o senso crítico dessas crianças e adolescentes, tornando-os cidadãos mais comprometidos com o problema.
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