Resenha - Antígona
Por: Luara Borges • 4/6/2017 • Resenha • 1.053 Palavras (5 Páginas) • 283 Visualizações
ANTÍGONA
SÓFOCLES. Antígona. 1. ed. São Paulo: Martin Claret, 2014.
A obra Antígona retrata o conflito entre o Direito Positivo (as ações são reguladas através das normas e por este motivo devem ser desempenhadas do modo prescrito na norma) e o Direito Natural ou jusnaturalismo (conjunto de ideias ou princípios superiores eternos, permanentes imutáveis), representados, respectivamente por Creonte e Antígona.
Assim como o Oráculo de Delfos adivinhou, Édipo matou seu próprio pai e se casou com a própria mãe, Jocasta, sem saber e dessa união nasceram quatro filhos: Etéocles, Polinice, Antígona e Ismênia. Ao descobrir, Édipo arranca os olhos com as próprias mãos e Jocasta comete suicídio.
Os filhos de Édipo e Jocasta não tinham idade suficiente pra assumirem o trono, e por conta disso, Creonte, irmão de Jocasta, foi quem assumiu o poder até eles completarem idade suficiente. Quando chegou no período de assumirem o trono de Tebas, Etéocles e Polinice fazem um acordo de primeiro um passar um ano no poder, e depois seria vez do outro, e o primeiro foi Etéocles.
Mas Etéocles não cumpre o acordo e não passa a Polinice o trono de Tebas no período acordado, o que leva Polinices a aliar-se à polis de Argos, a fim de submeter assumir o trono por meio da força, mas os dois acabam por matarem um ao outro. Com isso, Creonte retorna ao trono de Tebas e decreta que todos os cidadãos da pólis estão proibidos de prestar as honras fúnebres ao corpo de Polinice, ele o considerava um traidor. Para Etéocles foram concedidos todos os ritos fúnebres.
Antígona, ciente do decreto, tentou convencer a irmã a prestar os ritos fúnebres ao corpo de Polinice, mas Ismênia disse que não iria contra o decreto de Creonte, pois implicaria em alguma punição. Motivada pelo amor que sentia pelo irmão, Antígona resolve prestar os ritos sozinha.
No outro dia, os guardas do rei, encontraram o corpo de Polinice coberto de cinzas e um deles foi avisar a Creonte o que havia acontecido, esse, ficou furioso e jurou o guarda de morte, caso não encontrasse a pessoa que havia desobedecido sua ordem. Por conta disso, os guardas do rei fizeram uma armadilha para pegar o culpado e com isso prenderam Antígona.
Ela foi levada ao rei, confirmou que havia feito aquilo pois não concordava com a ordem dele, nesse momento mostra-se o embate entre o Direito Positivo e o Direito Natural. Creonte pensou que Ismênia tivesse ajudado Antígona e pediu para trazerem ela ao encontro
dele, e a prendeu, juntamente com sua irmã. Algum tempo depois, Hémon, filho de Creonte e noivo de Antígona, chega para falar com ele sobre o acontecido. No primeiro instante, ele diz ao pai que todo filho deve compreender as decisões dos pais e apoia-las, contudo começa a tentar mudar a posição que Creonte tomou, visto que, o povo da pólis apoia a conduta de Antígona, e considera que ela deve ser livrada da morte e que ninguém opina por temê-lo. Mas ele não escuta o filho, e esse sai furioso e diz que o pai não voltará a vê-lo. Creonte condena Antígona e ordena que a levem para um túmulo subterrâneo e a deixem sem alimento, e assim seria a morte dela.
Algum tempo depois, Tirésias chega na sala na qual estava o rei e diz a ele que condena a sua decisão, no início, Creonte não concorda, mas depois de Tirésias dizer que os deuses se vingariam na sua família, o rei decidiu, depois de aconselhado pelo Corifeu, ir ao monte onde jazia o corpo de Polinice e prestou os rituais fúnebres ao corpo. Depois, partiu para a caverna onde Antígona estava e a encontrou enforcada e Hémon, quase desfalecido, chorando a morte da amada e lamentando a crueldade do pai. Ao ver essa cena, Creonte chamou o filho para saírem de lá, mas, esse, se aproximou do pai e puxou
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