Resenha Crítica do Filme ''O Limite da Traição''
Por: carolina199878 • 12/5/2020 • Resenha • 796 Palavras (4 Páginas) • 1.009 Visualizações
Nome: Carolina Dini S. de Paula
RA: 8237380 Nº Lista: 61 Turma: 003209A04
Análise do filme: O Limite da Traição
Na trama, a advogada Jasmine Bryant, pouco experiente em casos complexos, se torna a encarregada de um caso que está em evidência na mídia, o assassinato do marido de Grace Waters, uma mulher de meia idade, que era participativa na comunidade e se prestava sempre ao trabalho comunitário, a qual foi acusada de tê-lo feito e sumir com o corpo.
A resolução do caso parecia ser bastante simples, pois Grace assume a autoria do crime e aceita que um acordo seja feito para que ela fique encarcerada em um presídio próximo de seu filho e neto. O caso, depois de ter sido alarmado na mídia, vai para as mãos de Jasmine, a qual, no princípio, acreditava que faria um simples acordo e teria o assunto resolvido. No entanto, ao se encontrar na sala de interrogatório com Grace algumas vezes, percebeu que o caso não era tão simples quanto parecia.
Jasmine, contra a ordem de seu chefe (o qual foi bem claro ao dizer que o papel dela era de, unicamente, celebrar um acordo) começou a investigar mais sobre o caso, ouvir pessoas próximas à Grace e estudar sobre todas as provas que estão anexas ao processo. Tal conduta era completamente contrária à ordem de seu chefe para condução do caso, e eis que Jasmine coloca em risco o seu emprego e o seu título de advogada para seguir com a sua intuição de que Grace era realmente inocente.
A advogada contou com a participação de colegas de trabalho (Tilsa e Eddie) para seguir com a investigação do caso, e, de pronto, violou a conduta ética de sigilo profissional entre cliente- advogado, tendo em vista que confidenciou a terceiros toda a história relatada pela acusada nos encontros que tiveram no presídio. Jasmine não somente compartilhou com os colegas de trabalho os fatos contidos no processo, provas, registros e informações confidenciais, mas também contou todos os percalços vividos por Grace até chegar naquele momento. Tal conduta fere totalmente a premissa existente no relacionamento de confiança entre o advogado e o cliente, pois Jasmine era a única patrona da causa, não existindo lógica compartilhar todos os detalhes e confissão dos atos, por parte de Grace. Pois, ainda que os colegas sejam da profissão e acompanharam a amplitude do caso na mídia, não existe fundamento aceitável para que Jasmine tivesse confidenciado os fatos consideravelmente íntimos do processo. Referida conduta importaria em infração disciplinar e estaria sujeita a um processo específico.
Além de ter feito confidências do processo a colegas de equipe, Jasmine também violou o sigilo ao compartilhar com o seu superior hierárquico fatos do processo que eram íntimos e importantíssimos para a tentativa de resolução do caso, uma vez que ainda teve o seu comportamento repudiado por ele. O chefe de Jasmine, além de repudiar a sua conduta por querer resolver de forma justa o caso, ainda determina a forma como ela deveria atuar, a forçou a firmar um acordo ao invés de seguir com o julgamento. Tal conduta não se mostra ética, pois o advogado tem liberdade técnica para atuar no processo da forma como entender prudente, a fim de obter êxito.
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