Resenha - O Processo
Por: rannabtz • 12/5/2019 • Resenha • 377 Palavras (2 Páginas) • 168 Visualizações
A obra de Franz Kafka conta a história de um bancário que é processado sem, ao menos, saber o motivo. O personagem principal chama-se Joseph K., cujo perfil é de um profissional exemplar, que possuía um cargo de grande responsabilidade e prestígio, o que o levou a crescer na empresa.
Numa determinada manhã, "K" é surpreendido em seu quarto com dois detetives decretando sua prisão, sob alegação de que haviam sido subordinados. Porém, todas as acusações não tinham qualquer fundamento. Joseph era inocente. Durante toda a conversa, Joseph exigia explicações para com suas acusações, mas os inspetores o tratavam de forma grosseira e nem sequer esclareciam suas atitudes. E isso se prolonga durante as quase 2 (duas) horas de filme.
Porém, diante de toda a dificuldade, o personagem principal luta todo o tempo para descobrir do que estava sendo acusado, quem o acusou e qual o embasamento para isso, mas tudo era sem sucesso.
Nesse meio tempo, o tio de Joseph aparece tentar ajudar o sobrinho, até mesmo contratando um advogado, mas este permanecia inerte durante todo o processo. "K" até tentava entrar em contato com o poder judiciário, com o Magistrado, mas somente encontrou processos iguais ao dele, e que estavam anos sem solução.
Nesta obra, conseguimos visualizar com clareza a crítica ao sistema judiciário, onde revela a obscuridade, falha e a negligência deste sistema.
O filme mostra a fragilidade do homem perante o desenrolar do processo em que é submetido. Percebe-se durante todo o filme que Joseph não conseguia nem ao menos se defender, mesmo que ainda restasse uma pequena esperança de que houvesse absolvição.
Outro ponto bastante importante nesse filme, é a morosidade da justiça onde é possível mensurar o lapso temporal, em anos, décadas, para que uma causa tivesse sua devida solução perante o judiciário.
O medo do personagem principal é presente em todo o filme, pois ele perde toda a sua autonomia e é demonstrada a sua fragilidade na trama.
O Estado é considerado autoritário e totalmente arbitrário. Demonstra que os direitos e garantias do indivíduo são suprimidos e desrespeitados, quais sejam: o direito de defesa, de ser ouvido perante as autoridades; o direito de saber os motivos pelos quais está sendo acusado ou condenado, mas nesta obra, é visível sua total negativa.
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