Resenha do Livro a Luta Pelo Direito
Por: Mbortoluz • 19/4/2016 • Resenha • 1.224 Palavras (5 Páginas) • 482 Visualizações
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Matheus Bortoluz Rech
Introdução ao direito
Resenha do livro ‘‘A Luta Pelo Direito” de Rudof Von Ihering
No livro ’’A Luta Pelo Direito’’, o autor, logo no inicio, destaca que o direito é feito pelas duas pontas, que é o direito objetivo ou abstrato e o direito subjetivo ou concreto. A finalidade real do direito é a paz, porém ela é imposta por meio de luta, guerra, infinita, visto que o direito é eterno. Revela que somente através do contínuo esforço e da luta os cidadãos alcançarão o seu real direito, pois esta é uma relação de força viva e de normas teóricas que coexistem. Essa luta pela qual o direito é aplicado advém desde os primórdios levando em conta que o direito existe desde quando o ser humano existe. Cito a bíblia com os dez mandamentos, já o autor cita Roma, com um dos mais antigos quando o assunto é aplicação de direito. O livro mostra como é importante manter a ordem jurídica, para não terminar em anarquia. A base do direito, que o Ihering usa, provém do direito privado, em que ele acha mais importante do que o direito público, porque é do privado que sai às experiências, para que se possa fazer o direito público. É o direito público se inspirando no privado, usando as experiências do que é individual para fazer o coletivo. O direito está intimamente ligado a honra, ao respeito, ao trabalho, essa é a ligação forte que tem, a pessoa e o direito, um não vive sem o outro, essa é uma parte do que trata o livro. O autor mostra que temos que continuar usufruindo a nossa cidadania, porque senão acaba tudo o que foi dito sobre honra e outras coisas, destrói toda a razão de ser do direito, temos sempre que praticar a nossa cidadania.
O direito é uma luta incessante que nunca acaba, onde todos na sociedade, sendo ele o governo ou um simples artesão, participam porque é de interesse coletivo. Ihering mostra na página vinte e sete que: “O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta”. Sendo apto á usufruir e ter o direito todos que são aptos a vida, na forma da lei. Sabendo que o direito tem duas extremidades, uma é o objetivo e a outra é o subjetivo. Sobre a teoria, de que é uma constante luta pelo direito, que para se conseguir alguma coisa tem que lutar, a qual trata o livro. Ihering não acredita na ideia de que tudo se renova, se forma, muda de forma tão serena quanto afirmam que seja, para ele as coisas são um pouco mais complexas do que isso, por isso ele demonstra de forma tão veemente nesse livro. Nem toda a lei, tem seus efeitos concretos, assim ficando no lado abstrato, alguns dos motivos para tal, é a falta de uso, falta de realidade para com a sociedade. As leis sofreram muito para serem colocadas em prática, mesmo aquelas mais simples, o autor cita o exemplo da Roma, de que no começo, para aqueles que deviam algo e não conseguissem pagar, tinham que trabalhar de escravos para quitar a dívida e com o passar dos tempos na Roma, essa prática deixou de existir, mas foi uma luta árdua para conseguir.
O direito no campo subjetivo, aonde o litígio, pode tomar proporções desrespeitosa, nenhum direito está completamente certo, sendo que sempre há um risco de lhe ser negado, ou mesmo sendo violado. Isso acontece em todos os campos, tanto no direito privado, quanto no público. No direito privado, o litígio das partes envolvidas, está no valor do seu direito, quanto maior for, maior será a luta por ele. Hoje a luta é só pelo valor, mas antes, na Idade Média, as partes não só lutavam pelo valor em jogo, mas sim com a própria vida, e não tinha como recusar, porque se recusar, você perde o valor e se luta, pode-se perder além do valor à sua vida ou mesmo ganhar a luta. Sempre um tem que perder para o outro ganhar. Rudolf coloca que nos tempos atuais a indagação sobre o que a pessoa deve fazer a pessoa que gostaria de rever o seu direito, ele pode lutar ou mesmo abandonar, isso só a pessoa pode resolver. Caso lute, irá ser uma guerra para conseguir a paz e o direito, caso a pessoa tenha resolvido abandonar, ele jogará o seu direito no lixo, para que ele preserve a paz. A realidade é diferente do que se imagina usando a razão, porque a pessoa está acreditando que vai vencer, pelo motivo de que é seu direito, por isso ele não importará tanto com os gastos, porque parte do motivo de se entrar com à ação é o prazer que terá em ver o seu adversário perder, só depois vem o valor.
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