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Resenha do livro Os exploradores de Caverna

Por:   •  10/9/2015  •  Resenha  •  1.183 Palavras (5 Páginas)  •  740 Visualizações

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

RAFAEL DE SORDI BARBOSA MARTINS

RESENHA CRÍTICA DO LIVRO

“O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA”

Campinas

2015

RAFAEL DE SORDI BARBOSA MARTINS

RESENHA

FULLER, Jon L. O caso dos exploradores de caverna. Porto Alegre: Sergio Antônio Fabris Editor, 1993.

Resenha apresentada para a disciplina      Introdução ao Estudo de Direito, no curso de   Direito, da Universidade Presbiteriana Mackenzie - CAMPINAS.

Prof. Alessandra

Campinas

2015

RESENHA CRÍTICA

FULLER, Jon L. O caso dos exploradores de caverna. Porto Alegre: Sergio Antônio Fabris Editor, 1993

        A obra “O caso dos exploradores de caverna” publicada nos Estados Unidos em 1949 e no Brasil em 1976, discute o conflito entre a interpretação literal das leis e sua adequação a cada caso concreto. A trama é baseada na sobrevivência de um grupo aprisionados numa caverna durante uma exploração, cuja mostra o embate jurídico entre o Direito positivo e o Direito natural em situações complexas

O autor do livro, Lon Louvois Fuller (1902-1978), foi um jurista renomado dos Estados Unidos que estudou Economia e Direito em Stanford - além de ter sido professor de Teoria de Direito nas faculdades de Direto de Oregon, Illinois e Duke.

        Em 1940 virou professor da mais ilustre faculdade, a Universidade de Harvard, na qual trabalhou até 1972. Baseou- se nos casos de U.S v. Holmes (1842) e Regina v. Dudlye & Stephens (1884) que examinavam os naufrágios em alto mar, cujo continha homicídios praticados para garantir a sobrevivência de pessoas. Difundiu obras de Direito Civil, de Filosofia e de Teoria do Direito.

        O livro inicia-se em maio do ano imaginário de 4299, quando cinco membros da Sociedade Espeleológica tinham uma missão de penetrar o interior de caverna de rocha calcaria, com a intenção de explora-la. Todavia, na ocasião em que estavam longe, ocorreu um desmoronamento de terra, que bloqueou, totalmente, a única saída da caverna. Pelo atrasado de retorno ás casas, as famílias avisaram a equipe, cuja enviou um time de socorro para lá.

        O resgate era extremamente complicado, visto que o acesso era restrito e haviam acontecido mais deslizamentos de terra, no qual matou 10 operários. Os fundos da Sociedade Espeleológica já estavam quase esgotados e foi necessário um subsídio do poder legislativo, além de uma arrecadação financeira para o resgate. Só foi possível resgata-los no trigésimo dia desde o início

        No vigésimo dia, descobriram que os sobreviventes possuíam um rádio transmissor e isso permitiu a comunicação com o acampamento de resgate. Os exploradores perguntavam quanto tempo no mínimo levaria o resgate.  A resposta foi que o tempo necessário efetivo seria de dez dias. Em virtude dessa resposta, os sobreviventes questionaram-lhes se era possível sobreviver sem alimentação ou se poderiam comer carne humana.

        A primeira dúvida foi esclarecida que sim, havia uma chance de sobrevivência, porém, muito pequena. Já a segunda, também garantia a sobrevivência consumindo carne humana. Depois disso, a comunicação foi interrompida e os exploradores decidiram sacrificar um dos cinco – uma forma de sorteio de dados que escolhia um alvo para a sobrevivência dos outros quatro. Roger Whetmore, líder da operação na caverna, foi quem ordenou essa ação.

         Porém, desistiu logo e foi acusado de traidor. Na hora do lançamento de dados, Whetmore acabou sendo escolhido. Foi morto e sua carne serviu como alimento até o dia do resgate.

        Após o resgate dos sobreviventes, os quatro foram acusados de pena de morte pelos juízes de primeira instancia e em segunda instancia foram analisados por quatros juízes: Foster, Tatting, Keen, Handy

        Foster indica a absolvição dos réus por conta de sua perspectiva jus naturalista. Acredita que quando houve o assassinato os culpados não se encontravam em uma vida civil e sim em estado de sobrevivência, ou seja, um estado natural em que a lei não poderia ser justa. Já o Tatting critica alguns pontos de Foster, todavia no final tem uma crise emocional na decisão e fica em cima do muro, pedindo o afastamento do caso; O Keen é totalmente contra, acusa o primeiro por usar furos da legislação para defender os exploradores; E por último, Handy produz uma pesquisa na qual foi feita para saber a opinião pública – 90% das pessoas absolvem os réus. Ele acaba ficando do lado desta parcela.

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