Resenha reflexões sobre o conceito de política
Por: camposigor • 23/6/2017 • Resenha • 825 Palavras (4 Páginas) • 3.316 Visualizações
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Nome: Igor Campos
Turma: 1B - noturno
Texto: SCHMITTER, Philippe C. “Reflexões sobre o conceito de política.” em: NICHOLSON P.; SCHMITTER, P. Política e Ciência Política - Cadernos da Unb Vol. 2, Brasília: Editora UnB, 1982, pp. 43-51.
Em seu texto, Schmitter inicia distinguindo duas qualidades fundamentais da ciência política. Segundo ele, a primeira delas é a vontade de ser científica, o que traz um teor rigorosamente teórico e metodológico. O autor continua dizendo que é comum dentro de tal ciência, aplicar-se somente à pesquisas empíricas sem considerar a segunda qualidade de uma ciência política, que é a delimitação da disciplina; ao operar sem um conceito adequado de política, seus resultados e suas descobertas são escassos de significado. Se tornam pesquisas altamente teóricas e precisas, porém sem um relacionamento sistemático da política, sem apresentar uma consonância com a realidade ou uma visão global do fenômeno político. ''Por exemplo, estudavam o comportamento eleitoral com grande exatidão e imaginação durante algum tempo sem considerar a significação ou a função dêste dentro do sistema política global.'' (pp. 46).
Por tais motivos, explica Schmitter, a política exige uma delimitação da disciplina (marcada como a segunda qualidade), onde cada ''politista'' tem por analisar qual é o seu conceito, o que nos leva à seguinte pergunta: o que é política? e daí surgiam quatro definições específicas do campo de investigação da política:
''I Instituição: Estado ou Govêrno.
II Recurso: Poder, Influência ou Autoridade.
III Processo: "Decision-making" ou "Policy-iormation" (formulação de decisões sôbre linhas de conduta coletivas) .
IV Função: Resolução não violenta dos conflitos.'' (pp. 47-48)
Tratando do ítem I: Estado ou Governo, é citada uma definição de Marcel Prélot, onde é dito como ''o conhecimento sistemático e ordenado dos fenômenos concernentes ao Estado" (pp. 48), porém, o autor diz que com a descoberta da importancia política de instituições não-constitucionais, tal delimitação se tornava muito restrita. É então que politistas passaram a incluir organizações paralelas que e anexas que intervêm na atividade governamental. Posteriormente, Prolét mesmo afirma: "A politologia que considera, como se acaba de ver, a instituição estatal em sua totalidade, não se limita entretanto a ela. Toma-a como ponto de partida e como referência para o estudo dos fenômenos que se ligam ao Estado na qualidade de pré-estatais, paraestatais, infra-estatais e supraestatais" (pp. 48).
Já no item II: Poder, Influência ou Autoridade, Schmitter afirma que a maioria dos politistas se encontram nesse apontamento, porém sem uma concordância, e também que é possível distinguir em três ''escolas'', sendo a primeira:
A. PODER. Aqui o autor se baseia na afirmação de Weber: "o meio decisivo na política é a violência" (pp. 49) para incluir todos os politistas que põe em destaque a coerção ou monopolização da violência ou da força física. Schmitter utiliza da afirmação de um antropólogo, que se expressou dizendo: "A
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