Resumo Sobre Coesão

1. Uma forma composicional narrativa, ou seja, uma sequência de ideias organizadas em torno do tempo e em torno da pessoa que fala (1a pessoa do singular = eu).

2. São quatro segmentos. (1°) O primeiro momento, 2007, quando pensa em trocar de profissão e voltar a estudar; (2°) O segundo momento, quando cursa diversos cursos técnicos para voltar a aprender a escrever; (3°) O terceiro momento, 2013, quando granha o Prêmio Off-Flip; e (4°) Atualmente, em que escreve roteiros.

3. A importância do pronome "me" é de dar coerência e coesão nos depoimentos, flexionando todos os verbos em primeira pessoa do singular. O autor usa a terceira pessoa no fim do relato para fazer uma frase opinativa e passar o sujeito da oração a ser o "ensino técnico".

4. Em torno dos tempos verbais.

5. O autor reserva um tempo verbal para falar de suas ações em 2007 - pensei, decidi, voltei - e outro tempo verbal para tratar de ações que ocorreram antes de 2007 - tinha, trabalhava.

O autor também reserva um tempo verbal para relatar suas ações em 2013 - venci, publiquei - e outro tempo verbal para tratar de ações que estão ocorrendo hoje - escrevo, estou.

6. A conexão entre orações se dá por meio de conectivos. Ex.: Por que não?, pensei em 2007, quando decidi trocar o terno de executivo para me aventurar na literatura.

Já a conexão entre palavras se dá por meio de preposições. Ex.: Estou na busca por uma nova editora.

7. No âmbito jurídico, uma declaração da testemunha ou da parte sobre determinado fato, do qual tem conhecimento ou que se relacione com seus interesses e que figura no processo como prova testemunhal.

8. É possível perceber que o depoimento apresenta caráter argumentativo porque os dados da vida de Flavio servem para corroborar a tese "a importância do ensino técnico na vida de uma pessoa". O depoimento convence e sensibiliza, pois transmite a ideia de que se deu certo para Flavio, pode também dar certo ao leitor.

9. O gênero impõe o predomínio de uma forma composicional. No caso do relato, a forma exigida é a narrativa, ou sequência narrativa, cujo eixo organizador é o tempo.

Além disso, o depoimento exige organização em torno da pessoa que fala (1a pessoa do singular). Daí os diversos tempos verbais do passado ao presente estarem sempre flexionados na primeira pessoa.

10. Pelo trajeto de vida exposto, o leitor fica sabendo que o autor domina os meandros da linguagem, sendo ganhador inclusive de um prêmio da literatura.

11. A apresentação de ideias concatinadas pelo raciocínio lógico.

12. Como a dissertação aspira a convencer o leitor de uma "verdade"  os verbos foram flexionados predominantemente no presente e na terceira pessoa do singular (ele) criando a sensação de que não é um pensamento particular da jornalista, mas universal.

13. A mudança verbal obedece a uma lógica, ou seja, quando abordar algum aspecto histórico, a autora adotará o tempo verbal que indica passado. Desta forma, o segundo parágrafo que trata de razões históricas apresentará o predomínio do passado e não do presente, como os demais.