Resumo do livro formação Ecônomica de Santa Catarina
Por: Ana Paula Joaquim • 14/9/2017 • Resenha • 455 Palavras (2 Páginas) • 390 Visualizações
Formação econômica de Santa Catarina – Capítulo 1 a 3.
O professor e pesquisador Alcides desenvolveu a presente tese de doutorado analisando tanto outros materiais sobre a história e o desenvolvimento da economia de Santa Catarina (começa falando sobre as três teorias relativas a esse assunto– socioespacial, desenvolvimentista conservadora, schumpteriana), bem como fez suas contribuições valiosas para a construção de um quadro em que pudéssemos facilmente compreender as ações internas e externas que construíram o cenário econômico regional.
Como primeira parte da nossa leitura de aula, verificamos a história da economia regional até meados de 1962 (terceiro capítulo do livro).
Inicialmente, professor Alcides destaca a necessidade de um comando político definindo claramente um projeto nacional, o que não aconteceu no Brasil, gerando, um individualismo federativo em que cada Estado busca o seu desenvolvimento de forma isolada, sem ter em mente que o desenvolvimento econômico pleno só será possível quando for coordenado nacionalmente e articulado regionalmente.
A história de SC é marcada por um capitalismo tardio e desorganizado, tendo como motivo, segundo professor Alcides, justamente a fragmentação da economia nacional, ocasionado pelo enfraquecimento do Estado-Nação como agente formulador de políticas econômicas nacionais regionalizadas.
A origem da formação econômica de SC se dá no pós 1880, com a ocupação da região pelos imigrantes (italianos, poloneses e alemães), e desenvolvimento das atividades carboníferas e a construção da ferrovia. Desse período até 1945 se originou e cresceu os setores que comandariam a economia catarinense até os anos de 1960: têxtil, madeireiro e alimentar (banha, açúcar, erva-mate).
Nesse período a indústria têxtil, caracterizada pela pequena produção mercantil e por isso voltada para o mercado regional, ganhou expansão e se consolidou nacionalmente. Já a indústria alimentícia, como o caso de grandes empresas como a Sadia, Perdigão, Seara e Chapeco, nasceu voltada para o mercado nacional, ou melhor, para o mercado paulista.
Devido à baixa capacidade de acumulação, à desintegração econômica e a falta de aporte financeiro, o período da diversificação e a ampliação da base produtiva de SC inicia-se somente nos anos de 1940. Surgem novos setores como o de papel, papelão, pasta-mecânica, cerâmico, metal-mecânico, materiais elétricos e industrias ligadas ao setor de transporte.
Nesta fase a condução dos negócios começa a ser planejada, mas o livre desenvolvimento das forças produtivas estava sendo barrado pela falta de infraestrutura e de capital financeiro. Somente a partir de 1962 é que as barreiras começam a ser removidas, quando o Estado passa a intervir na economia para facilitar o processo de acumulação (disponibilidade de linhas de créditos especiais – BNDS).
Capítulo 4 e 5.
Em 1962 inaugura uma nova fase no sistema de crédito do Estado de SC – FUNDESC, PROCAPE, PRODEC e BADESC com o objetivo de fomentar e incentivar a indústria e a agroindústria catarinense.
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