Saude do trabalho

Tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite e outras doenças que atinge o sistema osteomusculares, são consideradas como LER ou DORT, elas começam geralmente nas mãos, nos braços, cotovelos, ombros e no pescoço.

Durante muitos anos acreditou se que o trabalho pesado que exigia muito esforço físico podia trazer muitos danos ao sistema musculoesquelético, hoje nos sabemos que isso é realidade e de fato pode sim trazer muitos danos, mais principalmente na década de 50 surgiram estudos que mostraram que movimentos repetitivos, sem pausa, contínuos, mesmo que fossem leves podiam trazer danos tão importantes quanto os próprios esforço físico, isso porque existe da mesma maneira  uma sobrecarga estática sobre o sistema musculoesquelético, sabemos que os  músculos tem a função de flexão e extencão para produzir movimentos, no entanto eles tem limites como tudo em nosso corpo, portanto esses movimentos me sobre carga estática e dinâmica que ocorre em muitos trabalhos considerados leves, proporciona o esgotamento, fadiga muscular tão importante que vai além do limite do corpo.

Além da repetitividade e do excesso de movimento dos membros superiores, muitos outros fatores contribui para o aparecimento da LER ou DORT, a falta de flexibilidade, com o ritmo intenso, jornadas prolongadas de trabalho, poucos intervalos durante o expediente, a inexistência da participação dos trabalhadores no planejamento das ações da empresa, oque impossibilita a melhor organização do trabalho adequado, pressão constante por mais produtividade, além da mobília e equipamentos inadequados.

Temos que olhar que esse trabalho repetitivo esta atingindo a pessoa como um todo do ponto de vista físico e psíquico, A LER ou DORT evolui progressivamente ate que a pessoa se vê impedida de trabalhar, inicia se com dor e cansaço na região afetada durante o turno de trabalho, o repouso prolongado nos fins de semana, trás uma melhora passageira, o desempenho ao trabalho ainda continua normal, mais numa etapa seguinte as dores ficam  mais intensas, a sensação de cansaço aumenta e os primeiros sinais de incapacidade se manifestam, dor ,fadiga e fraqueza, mesmo depois de um descanso prolongado a pessoa se sente impossibilitada a retornar a atividade que exercia antes.

Muitas das vezes com a possibilidade  do trabalhador perder o emprego suportam os sintomas ate o limite possível, e com a lesão em estagio mais avançado, o tratamento se torna mais difícil, e muitas das vezes o trabalhador se vê obrigado a abandonar suas atividades.

Muitos trabalhadores apesar de ter sintomas tentam achar que é algo normal, que é inerente a profissão, quando começam a perceber que aquele problema é importante tem medo de procurar o medico do trabalho da empresa, medo de ser marginalizado no seu trabalho, julgado como corpo mole, e medo da demissão e de não conseguir um rego para trabalhar novamente.

Geralmente pessoas que apresentam LER ou DORT são trabalhadores de faixa etária dos 30 aos 35 anos, no alge da produtividade, a busca pelo tratamento, afastamento do trabalho abre caminho para a ansiedade e depressão. O trabalho não pode ser fonte de doenças e deve haver medidas preventivas e educativas para melhoria das condições de trabalho.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1. Artigo Cientifico As LER/DORT e os fatores psicossociais, de Moraes, P. W. T., Bastos, A. V. B. publicado  em 20 de junho de 2013 -  disponível no site  < http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/psi-59801 > acesso em 04 de setembro de 2015