O Relatório de Paqueta Saúde, Trabalho e Meio ambiente
Por: Magico Vila • 28/10/2019 • Trabalho acadêmico • 3.493 Palavras (14 Páginas) • 268 Visualizações
[pic 1] | Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro Biomédico- Faculdade de Enfermagem Subárea assistencial I – Saúde, Trabalho e Meio ambiente Docentes: Profª Drª Magda Faria e Profª Drª Patrícia Ferraccioli Monitora: Karine | [pic 2] |
ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DO PRIMEIRO PERÍODO
TURMA 2019.2
A Ilha de Paquetá/RJ e o contexto com a CSM Manoel Arthur Villaboim como referência para a Saúde local
RIO DE JANEIRO
2019
Introdução
A Ilha de Paquetá, que atualmente também é reconhecida como bairro, foi descoberta a partir de uma expedição francesa que ocorreu no ano de 1555, liderada pelo Francês André Thevet. A história de sua ocupação deu-se início próximo ao ano de fundação da cidade do Rio de Janeiro. A ilha foi doada na forma de sesmarias com o intuito de ser povoada após a vitória dos portugueses sobre os franceses que até então controlavam a ilha. Após esses acontecimentos, há poucos registros dessa época sobre como foram feitas as divisões territoriais e o povoamento, entretanto, em 1696 foi construída na ilha uma capela para São Roque, também padroeiro da ilha, que resultou no início do desenvolvimento social do local, trazendo mais movimentação a ilha. Antes da criação da igreja, os moradores da ilha precisavam ir até Magé para poder participar de cultos religiosos.
Uma curiosidade acerca da origem do nome da ilha se dá pelo significado não ter uma tradução única. Paquetá é uma palavra de origem indígena que alguns dizem significar “muitas pedras” já outros historiadores dizem significar “muitas pacas”. Devido a configuração do lugar e pela presença no local de muitas pedras e de muitas pacas na época, ambos os significados possuem ligação direta à ambientação da ilha.
Já no século XIX, a ilha de Paquetá começou a ser mais valorizada pelo império já que nessa época se tornou local de hospedagem frequente de Dom João VI. Outra grande personalidade histórica, o político e naturalista José Bonifácio, escolheu a ilha para passar seus últimos dias de vida. Além disso, Paquetá foi cenário do famoso livro de Joaquim Manoel de Macedo, a moreninha. Ocorreu também a regulação das linhas de barca a partir de 1838. Esses fatos proporcionaram um grande impacto cultural na ilha.
Nessa época, a ilha teve também grande importância para a produção de cal para o Brasil colonial por ser um lugar que possui muitas conchas, além disso, seu solo era fértil e possuía matas densas, além do mangue a beira-mar que desenvolvia uma vegetação que era usada para fazer lenha, grande suprimento de combustível na época.
Paquetá chegou a ser considerada parte pertencente ao município de Magé, porém em 1833, ela passa a ser parte pertencente à cidade do Rio de Janeiro. No período em que existia o Estado da Guanabara, entre 1960 e 1975, Paquetá passou a ser administrada de forma conjunta com a Ilha do Governador e a Cidade Universitária. Em 1981, Paquetá se tornou finalmente um bairro autônomo, pelo prefeito Júlio Coutinho. A ilha é o bairro mais distante da zona central da cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, é considerado um local tranquilo e com muitas histórias para contar.
A Estrutura de Paquetá
Paquetá é um arquepelágo de 14 ilhas sendo a mais famosa a Ilha de Paquetá, chama também de "Pérola da Guanabara" ou "Ilha dos Amores", é um dos bairros do Rio de Janeiro, transformado em Área de Preservação do Ambiente Cultural (APAC), localiza-se a 15 km do Centro da Carioca, seu acesso é feito através do sistema de barcas num tempo estimado de 45 a 70 minutos partindo da praça XV. Tem uma população fixa de 4500 habitantes. Com aproximadamente 1,2 km² e 8 km de perímetro, seu tamanho se estende de 2316 metros da Ponta do Lameirão à Ponta da Imbuca à 100 metros na Ladeira do Vicente. E seu formato é parecido com o número 8, tem nove morros, tendo o topo a 69 metros acima do nível do mar e 12 praias, mas apenas 2 são balneáveis. As coordenadas da Ilha (Ladeira do Vicente esquina com Rua Príncipe Regente como referência) são: Longitude -43º06’33″W / Latitude -22º45’30″S. As praias da Ilha são: Praia dos Tamoios, do Catimbau, do Lameirão (das Águas, da Covanca, dos Coqueiros (Pintor Castagneto), de São Roque, da Moreninha (Dr. Aristão), Manuel Luís, dos Frades, da Imbuca - Iracema e Moema, Praia da Mesbla, Praia Grossa e Praia José Bonifácio (Praia da Guarda).[pic 3]
Imagem 1: Cartografia do município Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro. Fonte: Riodejaneiroaqui.com.
Gastão Cruls, no livro Aparência do Rio de Janeiro, publicado em 1949, em tamanho, Paquetá é a segunda Ilha da baía. Não obstante isso cinge-se a uma superfície de pouco mais de 1.000.000 m² distribuídos num sentido longitudinal norte-sul, pois que tem 2.500 metros de comprimento e a sua largura, muito variável, em certos trechos é bastante exígua. Assim, se nos limites extremos dilata-se nas pontas da Imbua, ao sul, e do Lameirão, ao norte, adelgaça-se ao centro na Cintura ou ladeira do Vicente, onde, de mar a mar, não medeiam 100 metros. É também nas zonas terminais que apresenta alguns morrotes, nunca excedentes de 50 metros de altura: dois ao sul, o da Cruz e o da Paineira, em um ao norte, o da Caixa D’água. "
Paquetá era uma ilha conhecida pelo seu meio de transporte, o uso de charretes, porém nos últimos anos, Paquetá sofreu pressão dos ambientalistas quanto a exploração de trabalho dos cavalos, além do decaimento do negócio foi estimulado pelo alto custo com a manutenção das condições mínimas para dar suporte ao cavalo. (CARMO, 2017).
Com a implementação de novas charretes elétricas, acreditava-se que a motivação principal para a vinda dos turistas era o meio de transporte pela ilha, que recordava a cenas da literatura e cinematográficas. No entanto, foi comprovado através de pesquisas que o motivo de maior parte da visita são as paisagens naturais, a possibilidade de conhecer a ilha e o fato de ser um passeio cultural. (CARMO, 2017).
A Ilha de Paquetá, no entanto, necessita de ajustes na sua infraestrutura em razão de seu abandono. Além de conter pouca diversidade de restaurantes, e ter apenas uma agência bancária, o que resulta é a avaliação negativa dos seus visitantes e consumidores. Ainda é perceptível os seus atrativos naturais e a riqueza de sua beleza, o modelo de arquitetura, suas cores e ambientação podem despertar satisfação, tranquilidade e superação das expectativas durante a visita. (CARMO, 2017).
A Ilha tem diversos pontos turísticos, além das praias como a praça Pintor Pedro Bruno, que é vista longo quando se sai da barca, com um paisagismo encantador e um bebedouro de pedra que é bem famoso na região. A igreja São Jesus do Monte , que apesar de sua simplicidade, encanta com sua estrutura. A árvore Maria gorda, um dos pontos mais requisitados pelos visitantes, tem existido no local há centenas de anos. Há diversos pontos turísticos no local como o Parque dos Tamoios, Preventório Rainha Dona Amélia, Chácara dos Coqueiros, entre outros que são de grande peso histórico para a região.
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