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Teoria da Constituição. Plano Real

Por:   •  12/3/2018  •  Artigo  •  412 Palavras (2 Páginas)  •  149 Visualizações

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Plano Real

Em DEZEMBRO de 1993, Fernando Henrique Cardoso, ministro da fazenda, propôs um novo programa de estabilização que deveria evitar algumas das fraquezas dos planos anteriores. Ao contrário desses, o novo programa foi primeiramente apresentado como uma "proposta" a ser amplamente discutida pelo Congresso e implementada gradualmente e possuía dois pontos fortes: primeiro, um ajuste fiscal e, segundo, um novo sistema de indexação que levaria progressivamente a uma nova moeda.

Em meados de 1994, à medida que uma crescente parcela de preços era cotada em URVs, o governo decidiu introduzir a nova moeda cuja unidade era igual à URV, o que ocorreu em 1º de julho com a introdução do "Real", igual a uma URV, ou US$ 1 igual a CR$ 2.500,00, vigentes. Na época de conversão dos preços da velha moedas para o Real houve uma onda de aumentos em muitos supermercados e lojas, pois muitas empresas tiraram vantagens da confusão inicial do público em relação aos preços relativos na nova moeda. Além disso, muitos empresários também esperaram a introdução de um congelamento de preços, o que havia sido habitual em tentativas anteriores de estabilização. O governo, contudo, absteve-se de quaisquer diminuísse suas compras a fim de forçar uma redução nos preços. Como o público agora estava de posse de uma moeda que se supunha iria manter seu poder aquisitivo, estava em posição de "negociar", isto é, de esperar e não pagar pelos produtos com os preços recentemente aumentados. Na verdade, os preços logo começaram a declinar e os primeiros resultados foram sentidos pela queda das taxas semanais de inflação.

Juntamente com a introdução da nova moeda, o governo adotou uma política monetária restritiva que consistiu em um limite de curto prazo sobre empréstimos para  financiar exportações, a exigência de um depósito compulsório de 100% sobre novas captações e um limite sobre a expansão da base monetária de R$ 9,5 bilhões até o final de março de 1995. Para o trimestre julho-setembro de 1994, a  expansão havia sido limitada a R$ 7,5 bilhões. Em agosto, porém, o governo foi obrigado a revisar essas cifras, permitindo um aumento de R$ 9 bilhões em setembro. Esse fato exerceu algum impacto sobre as expectativas inflacionárias, apesar de a maior parte do excesso em relação à expansão planejadas poder ser atribuída a um aumento na demanda por moeda.

As autoridades monetárias também mantiveram as taxas de juros elevadas a fim de controlar um possível aumento de consumo e desencorajar estocagem especulativa. Como medida complementar para desestimular

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